Jerusalém: Milhares marcharam em apoio ao Estado Palestino
Milhares de ativistas de esquerda marcharam nesta sexta-feira, em Jerusalém, em uma grande manifestação de apoio ao Estado Independente Palestino.
Com o cartaz “Independência para a Palestina”, a marcha, que foi organizada pelo Movimento de Solidariedade Sheikh Jarrah, reuniu milhares de manifestantes, dentre eles ativistas de todo o país, do Hadash e do Partido Comunista de Israel.
A marcha começou no Portão de Jaffa e terminou no protesto semanal que acontece em Sheikh Jarrah, uma inversão direta da marcha de direita do Dia de Jerusalém, quando surgiram tensões, em Jerusalém Oriental, entre manifestantes de direita e residentes Árabes. Os organizadores da marcha disseram que a rota foi escolhida porque ali também foi a fronteira de Jerusalém Ocidental e Oriental antes da ocupação de 1967.
Diversos dirigentes participaram da marcha, incluindo Dov Khenin (Hadash) e Zehava Galon (Meretz). Outras figuras públicas se apresentaram, tais como o Orador do Knesset, Abraham Burg (Trabalhador), o ex-dirigente Tamar Gozansky (Hadash) e o ex-Procurador Geral, Michael Bin.
Bandeiras da Palestina, vermelhas e de Israel tremulavam ao vento enquanto ativistas, jovens e velhos, carregavam estandartes que diziam “Somente pessoas livres podem negociar” e “67”, o que significava um retorno às fronteiras de 1967.
Khenin disse: “a luta pela independência Palestina é para o futuro desse país. O governo de Israel continua dando passos unilaterais, construindo assentamentos e recusando congelar a construção. Os Palestinos perceberam que eles não podem ficar parados enquanto isso vem acontecendo.
O Movimento de Solidariedade Sheikh Jarrah disse, em um documento, que a mensagem da marcha era para mudar a percepção do país de que uma declaração da ONU sobre o estado Palestino é um “desastre natural como um tsunami político” para “uma ação de pessoas sedentas por liberdade”.
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Traduzido por Mariângela Marques