PCB recebe visita de camaradas portugueses

Segundo ele, o PCP é uma exceção a este quadro, por ter mantido uma linha política claramente comunista e por ter fincado fortes raízes no seio do povo português. “Hoje, o Secretário Geral do PCP entra em qualquer lugar, até nas igrejas”, afirmou em tom descontraído.

O dirigente informou aos camaradas brasileiros que a União Européia se converteu em um bloco com claras pretensões imperialistas, o que vem coadunar com as recentes avaliações do PCB sobre a conjuntura internacional.

Outro ponto de proximidade entre os dois partidos e as realidades brasileira e portuguesa ficou claro quando Jerônimo afirmou que o governo português, sob controle do Partido Socialista, aplica uma política claramente neoliberal. Segundo ele, isso cria problemas até para direita: “Eles não sabem o que fazer, por onde criticar, seu espaço foi tomado…”.

Os dirigentes portugueses aproveitaram a ocasião para convidar o PCB para dois importantes eventos, a Festa do Avante e o XVIII Congresso do PCP, que serão realizados respectivamente em setembro e novembro deste ano. Convite aceito, o dirigente português fez questão de reafirmar os laços de solidariedade entre PCP e PCB. “Mesmo com todas as dificuldades, principalmente a financeira, nossos laços sempre se mantiveram. Nunca duvidamos disso”, afirmou Jerônimo.

Os camaradas portugueses ouviram de Ivan Pinheiro, Secretário Geral do PCB, um resumo da história do Partido e uma análise da conjuntura nacional, na qual se destacaram a oposição independente ao governo Lula, a campanha pela reestatização da Petrobrás e pelo fim da Agência Nacional de Petróleo, a constituição do Fórum de Unidade dos Comunistas e da Intersindical nacional.

Sobre a conjuntura internacional, as delegações dos dois partidos irmãos colocaram em evidência a necessidade do reforço da unidade dos comunistas, em âmbito mundial, com base no princípio do internacionalismo proletário.