Israel bombardeia Faixa de Gaza novamente
Aeronaves israelenses bombardearam várias localidades dentro da Faixa de Gaza sem que, por enquanto, se informem vítimas pelo ataque.
Fontes locais asseguram que os aviões da Força Aérea de Israel realizaram 10 incursões nas primeiras horas do dia 19/02 em áreas vizinhas à cidade de Rafah no sul da Faixa.
De outro lado, e conforme relato de um porta-voz do Exército, o ataque efetuou-se em resposta ao disparo de um foguete a partir de Gaza para uma área do conselho regional de Sha’ar Hanegev, no sul de Israel, no domingo pela noite, o que não provocou nem feridos nem danos materiais.
Segundo o porta-voz, os aviões de combate atacaram uma ‘infraestrutura subterrânea em Gaza’, sem acrescentar detalhes da ação.
Na madrugada do domingo, o Exército israelense revelou ter atacado 18 objetivos do movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza, a segunda ação desse tipo em Israel em menos de 24 horas.
Por sua vez, Hamas culpou Tel Aviv pela escalada de violência na região.
Seu porta-voz, Fawzi Barhoum, assegurou que “a ocupação israelense é completamente responsável pelas consequências de sua contínua escalada contra nosso povo”.
O Centro Palestino para os Direitos Humanos (PCHR) qualificou como novo crime de guerra o assassinato de dois jovens de Gaza por parte de soldados israelenses.
Nas horas da noite de sábado, forças israelenses estacionadas ao longo da fronteira que separa a Faixa de Israel, a leste da cidade de Rafah, dispararam 10 dispositivos de artilharia e abriram fogo de armas automáticas contra quatro menores de idade.
Como consequência, Salem Mohammed Soliman Sabbah, de 17 anos, e Abdullah Ayman Salim Irmeilat, de 15, sangraram até morrer, sem que pudessem ser socorridos. Outros dois jovens foram feridos e internados no hospital Abu Yousif Annajar, em Rafah.
Para o PCHR, o ataque viola o princípio de distinção e necessidade do uso da força militar, dado que os menores assassinados e os feridos eram civis desarmados que não realizavam ato algum que pudesse pôr em perigo a vida dos soldados de Tel Aviv.
O Centro recorda que a deterioração da situação humanitária e econômica na Faixa de Gaza, bloqueada por Israel desde 2007, tem frustrado cada vez mais os jovens, lhes fazendo pensar em procurar trabalho em território israelense.
Finalmente, o PCHR reiterou seu chamado à comunidade internacional para que atue imediatamente para deter os crimes israelenses.
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