Toda solidariedade aos ativistas do Acampamento Marisa Letícia!
Fascistas não Passarão!
Nota Política do PCB
O PCB presta total solidariedade aos manifestantes do Acampamento Marisa Letícia, instalado nos arredores da carceragem da PF em Curitiba, onde se encontra preso o ex-presidente Lula. Na madrugada de sábado, dia 28 de abril, ativistas do MST e do PT foram alvejados com disparos vindos de automóveis em alta velocidade. Este atentado terrorista vitimou duas pessoas, deixando uma delas em estado grave, atingida com um tiro no pescoço.
Segundo relatos, foram mais de 20 disparos, e os agressores proferiram gritos de insulto aos ativistas e de apoio ao candidato da extrema-direita às eleições presidenciais desse ano.
A escalada de atentados e provocações da ultra direita no Brasil revela o extremismo da intolerância e o aumento considerável da violência contra partidos, organizações e militantes da esquerda e do campo de oposição socialista.
A crise política e econômica e a instabilidade social agravadas pelas contrarreformas do governo Temer têm aumentado as tensões sociais e exposto, por um lado, as limitações que as políticas de conciliação de classes estabeleceram, ao não procurar barrar o avanço voraz do capital em nosso país. Por outro lado, têm demonstrado as falácias e contradições das reformas neoliberais, que já estão aumentando o fosso da desigualdade, da miséria e da violência em todos os níveis.
Ataques constantes de grupamentos protofascistas vêm ocorrendo em todo o país, muitas vezes com a cumplicidade das autoridades locais, estimulando o ódio e o preconceito de classe, com o objetivo de destruir as limitadas liberdades democráticas existentes e criminalizar movimentos e lutadores sociais. As ações vão desde manipulações e disseminação de preconceitos, insultos e infâmias às organizações e ativistas que lutam contra as condições impostas pelo capitalismo e seus agentes, chegando ao extremo dos ataques covardes e violentos às organizações e aos ativistas dos movimentos sociais.
O PCB denuncia o recrudescimento acelerado da agressividade investida por esses grupamentos de extrema direita, que assumem, a cada dia que passa, posturas típicas de bandos fascistas, com o patrocínio e apoio das forças reacionárias, as quais vêm desfechando golpes atrás de golpes contra a classe trabalhadora.
Essas provocações não irão arrefecer nosso ímpeto de lutar contra as mazelas e contradições do sistema, seus agentes e as classes dominantes nesse país. Ao contrário, só reforçam a necessidade imperiosa de burcarmos construir uma unidade política com todas as organizações do campo operário e popular, para resistir aos ataques e preparar a necessária contraofensiva à onda reacionária, neoliberal e antidemocrática em curso no Brasil.
28 de abril de 2018
Comitê Central do PCB