Unificar as lutas contra a austeridade, o desemprego e o aumento do custo de vida
Nota do Comitê Central do PCB
O PCB vem a público manifestar sua solidariedade à greve dos caminhoneiros. Diferentemente das manifestações em 2015, hegemonizadas por interesses patronais, as reivindicações dos caminhoneiros são justas e em sintonia com os interesses da classe trabalhadora. Embora existam interesses patronais e midiáticos que tentam se aproveitar do movimento através de pautas para diminuir seus custos como a retirada do PIS Cofins, um importante imposto que financia a seguridade social, no essencial a pauta dos caminhoneiros se baseia no protesto contra a alta dos preços que atinge diretamente a população como um todo.
A brusca elevação nos preços da gasolina e do diesel impacta diretamente a vida da população brasileira. Ao aumentar os gastos com insumos e combustíveis, os empresários repassam os custos para os consumidores finais, ou seja, a maioria da população, elevando, por exemplo, a cesta básica. A política de preços da Petrobras adotada pelo governo usurpador é um desastre para os interesses populares e beneficia exclusivamente os interesses de grandes petrolíferas estrangeiras, em especial estadunidenses. A nova política, adotada em 2016, tem como eixo a paridade com os preços internacionais.
Essa política está associada à intensificação do processo de desmonte, privatização da Petrobras e à abertura desregulada do mercado nacional à importação. Recentemente, o governo Temer anunciou a privatização de diversas refinarias. A importação de gasolina e diesel subiram cerca de 82% e 67%, respectivamente.
A política econômica do governo Temer é um desastre para os trabalhadores e as massas populares. As informações recentemente divulgadas pelo IBGE sobre os 27 milhões de desempregados e subempregados, assim como dados sobre o crescimento da inadimplência, do aumento do número de imóveis (residenciais e comerciais) desocupados, apenas confirmam a gravidade da situação em que vive a maioria do povo trabalhador.
A austeridade fiscal, já iniciada no governo Dilma (PT), o desmonte de empresas estatais estratégicas como a Eletrobras e a Petrobras fazem parte do processo de intensificação da subordinação da economia brasileira aos grandes centros imperialistas. O Partido Comunista Brasileiro defende a imediata revisão da política de preços da Petrobras, a regulação nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha, o monopólio estatal na exploração do pré sal, a construção de novas refinarias estatais, compatíveis com o tipo de petróleo bruto do pré-sal e a estatização plena de empresas nacionais estratégicas como a Petrobras.
Os recentes casos de corrupção envolvendo a empresa não podem servir como trampolim político para o entreguismo, mas sim, para fortalecer o elo da empresa com interesses populares e aprofundar mecanismos de controle social e responsabilidade ambiental da mesma. Os comunistas brasileiros, através de sua corrente sindical Unidade Classista, defendem a mais ampla unidade contra a austeridade, o desemprego e o encarecimento do custo de vida, resultantes dos ataques de um governo golpista a serviço da burguesia e do imperialismo.
Unificar as lutas contra os ataques da burguesia e do imperialismo!
Pelo Poder Popular, no rumo do Socialismo!