Argentina: movimentos populares agitam o país

imagemDavid Pike, Resumen Latinoamericano

Os humildes não podem esperar por Outubro

Os movimentos populares se mobilizam para exigir uma reforma social que contemple a situação de emergência que sofrem os setores populares, como resultado da crise econômica que disparou os níveis inflacionários e aprofundou a pobreza.

As organizações CTEP, Bairros de Pé, CCC, Frente Popular Darío Santillán e FOL realizaram paralisações em todo o país e, na Cidade de Buenos Aires, se concentraram na Avenida 9 de Julho, em frente ao Ministério de Desenvolvimento Social, onde realizaram um ato público. Participaram da mobilização os setores sindicais da CTA Autônoma, a Corrente Federal e o ex magistrado Juan Carlos Schmid.

Na chamada para a manifestação, o Secretário Geral da CTEP disse, em coletiva de imprensa, que “o governo nacional tomou a decisão de aprofundar um processo de ajuste e de corte de 470 bilhões de pesos, que vão pesar sobre as costas dos trabalhadores e trabalhadoras de toda a Argentina. Queremos voltar a discutir a lei de Emergência Alimentar, que é o ponto mais problemático; temos milhares e milhares de companheiras salvando a vida de milhões de crianças no país”.

Este ano os movimentos populares insistirão com a aprovação das leis apresentadas no Congresso Nacional que ainda não estão tramitando, tais como: Emergência Alimentar, Agricultura Familiar, Infraestrutura Social e Combate aos Vícios; ao mesmo tempo, pedirão a designação do orçamento para a lei de Urbanização dos Bairros Populares, que foi aprovada em 2018, mas não foi implementada; também se pedirá que seja colocada na agenda legislativa a Lei de Combate à Violência de Gênero. Os humildes trabalhadores da economia popular realizaram uma massiva primeira demonstração de força do ano com manifestações em todo o país, nos marcos de um ano eleitoral que pretende absorver toda a agenda política, que é questionada pelos movimentos populares. É visível a emergência de soluções a respeito das condições de vida nos bairros populares, onde as pessoas lutam pelo pão de de cada dia, situação esta que não pode esperar até outubro.

Vídeos e Fotos das manifestações disponíveis em:

Argentina. Los Movimientos Populares se movilizaron en todo el país contra Macri y su política neoliberal
Resumen Latinoamericano (Martín Santos y Sebastían Polischuk)

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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