Palestina: marcha de um milhão em Gaza no Dia da Terra

imagemResumen Oriente Médio

Foram reportadas inúmeras pessoas feridas e, até agora, um morto, dentre os milhares de palestinos que marcharam até as fronteiras orientais da Faixa de Gaza sitiada, neste sábado, dia 30 de março, em comemoração ao Dia da Terra e como protesto e recordação ao primeiro aniversário da “Grande Marcha do Retorno”. A imponente manifestação foi convocada pelo Comitê Nacional para Romper o Bloqueio.

“A Grande Marcha de Retorno” teve início em 30 de março de 2018, por milhares de habitantes de Gaza, que exigiram o direito de retorno como refugiados à sua pátria original, agora na atual Israel.

Desde o início da manhã, as barracas de comida, as cadeiras sob as tendas e os vendedores de rua tentaram retomar a atmosfera festiva com a qual começaram há um ano esses protestos, que se repetem semanalmente diante da cerca de separação, para exigir o retorno dos refugiados e o fim do bloqueio israelense, imposto à Faixa desde 2007, quando o Hamas assumiu o poder.

No entanto, a repressão brutal do invasor sionista não demorou, e dois palestinos ficaram gravemente feridos no leste da Cidade de Gaza, quando as forças israelenses lançaram bombas de fogo e bombas de gás lacrimogêneo para reprimir os manifestantes.

O Ministério da Saúde palestino em Gaza informou que um palestino de 13 anos de idade foi ferido na cabeça com uma bala de aço revestida de borracha em Khan Younis. Um palestino foi morto na manhã de sábado por tiros israelenses quando estava se manifestando na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, horas antes de os protestos em massa começarem.

Mohamed Saad, de 20 anos, foi morto em decorrência dos ferimentos de bala na cabeça a leste da Cidade de Gaza, informou em comunicado o Ministério da Saúde do Hamas, o movimento islâmico que ocupa o poder na Faixa de Gaza. Segundo os manifestantes na área, quando foi atingido, ele estava a mais de 100 metros da cerca que separa a Faixa de Gaza de Israel, durante uma manifestação noturna. Sua morte aconteceu pouco depois.

Na manhã do dia 30, dezenas de ambulâncias foram mobilizadas e transferidas para hospitais de campanha instalados próximos aos cinco pontos de protesto, nos quais uma participação massiva era esperada após a oração do meio-dia.

Hospitais e organizações internacionais que apoiam o sistema de saúde têm esvaziado os centros de pacientes regulares para atender a um possível influxo de pessoas feridas.

Milhares de palestinos chegaram às fronteiras do leste duas horas antes do horário previsto para os protestos, acenando bandeiras palestinas e cantando slogans. O Comitê Nacional para Romper o Bloqueio enviou centenas de voluntários para ajudar a manter a segurança dos manifestantes.

O Ministério afirmou que todos os departamentos de emergência da Faixa de Gaza estavam preparados para os protestos.

Além disso, uma greve geral foi realizada em todas as cidades e campos de refugiados da Faixa de Gaza a pedido do Comitê. As tendas e lojas comerciais fecharam suas portas, enquanto escolas e universidades tiveram as aulas suspensas.

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

Fonte:

http://www.resumenlatinoamericano.org/2019/03/30/palestina-marchan-un-millon-de-personas-en-gaza-en-el-dia-de-la-tierra/