Cuba comemora 70 anos da República Popular da China
Presentes no ato o general-de-exército Raúl Castro Ruz, primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, e Miguel Díaz-Canel Bermúdez, presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros do país
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Em um ato realizado em Havana, com a presença das mais altas autoridades do país, Cuba comemorou o 70º aniversário da fundação da irmã República Popular da China.
Do lado cubano, o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e Ministros, Salvador Valdés Mesa, falou em nome do povo de Cuba. Em seu discurso, ele se referiu à história da China, seu progresso, desenvolvimento e trajetória até o presente.
Valdés Mesa destacou a importância do Partido Comunista para o triunfo do desenvolvimento na gigante nação asiática, bem como as realizações em alimentos, educação e outros campos.
«A história moderna da humanidade teria sido diferente sem o triunfo da Revolução Chinesa».
Cuba saúda e aprecia muito a ascensão de uma China socialista e próspera.
Apreciamos muito que os laços da China com a Rússia, a América Latina e o Caribe tenham sido fortalecidos e expandidos como nunca antes.
A China de 2019 é muito diferente da de 1949, não é mais o país pobre e atrasado que era há 70 anos. Sua economia, com crescimento sustentado, consolidou notoriamente o poder e o prestígio dessa nação. Hoje, possui uma sólida base econômica, após quase 41 anos de reforma e abertura, com políticas sólidas, uma memória histórica preservada e experiências acumuladas no processo de construção do socialismo.
Possui um povo laborioso e unido, um enorme mercado interno, uma cultura antiga e um Partido que persistiu no caminho socialista e conseguiu colocar o desenvolvimento integral, a institucionalidade, a legalidade e o povo no centro de suas preocupações.
Tornou-se a segunda maior economia do mundo. Em 70 anos, alcançou um crescimento médio anual do Produto Interno Bruto de mais de 8% e removeu mais de 800 milhões de pessoas da pobreza, o que é uma conquista sem precedentes na história da humanidade.
Na difícil situação internacional de hoje, seu desenvolvimento constitui um fator de estabilidade, equilíbrio e oportunidade para todo o planeta e, em particular, para os países em desenvolvimento e a região da América Latina e Caribe.
Essa imigração contribuiu para forjar a nacionalidade cubana e reduzir a distância geográfica que nos separa. E herdeiros dessas tradições, em nossas lutas mais recentes, três descendentes diretos de chineses alcançaram a patente de general das gloriosas Forças Armadas Revolucionárias.
Ambos os povos conheceram, através de nossas experiências históricas semelhantes, a tragédia e a indignação que representa para um país ser invadido, ocupado por tropas estrangeiras e submetido a tratados desiguais ou emendas onerosas.
Da mesma forma, tivemos que enfrentar bloqueios, ataques de todos os tipos, tentativas de isolamento, subversão e difamação patológica da mídia.
No século XX, revoluções nativas surgiram no século XX, nascidas das árduas lutas pela independência e libertação nacional contra forças superiores e apoiadas pelos Estados Unidos. Nos dois processos, ocorreram importantes feitos militares, que contribuíram de maneira confiável para demonstrar que o poder do império e seus lacaios tem limites.
O presidente Mao Zedong, em 7 de maio de 1960, apreciou muito o fato de um país pequeno como Cuba se atrever a fazer uma revolução perto dos Estados Unidos; considerando que era muito necessário investigar sua experiência, dada a importância da Revolução Cubana em todo o mundo.
Reiteramos nosso apoio firme e irrestrito ao princípio da «única China», bem como a condenação de interferências em seus assuntos internos e tentativas de prejudicar sua integridade e soberania territorial.
Cuba, como a China, rejeita o hegemonismo, o unilateralismo, os bloqueios, o protecionismo, as políticas de força, os padrões duplos na luta contra o terrorismo e a imposição de um modelo único no mundo; enquanto defende os princípios do Direito Internacional e o papel das Nações Unidas.
Após quase 60 anos de relações diplomáticas ininterruptas, os elos entre nossos dois países tornaram-se um exemplo dos elos entre nações socialistas, a cooperação Sul-Sul e as relações entre um país grande e um pequeno país com base na igualdade e no respeito mútuo, diz Salvador Valdés.
Lembrou também das palavras do Comandante-em-chefe, Fidel Castro Ruz, que disse que a China deveria ser levada em consideração, quando se falasse de desenvolvimento.
A amizade entre Cuba e China começou há 172 anos com a recepção dos primeiros migrantes chineses na Ilha, que também fizeram parte de nossas ações de independência, e a quem um monumento foi dedicado, disse.
Além disso, explicou a semelhança da história de ambas as nações, que sofreram invasões estrangeiras, cercos econômicos e saíram vitoriosas graças ao povo e à luta pelo socialismo.
Também evocou o momento em que Cuba reconheceu a nova China que nenhuma organização internacional queria reconhecer e, desde então, o apoio tem sido incondicional bilateralmente.
Cuba, como a China, rejeita o unilateralismo, o bloqueio, os padrões duplos e a imposição de um modelo único no mundo. Ele também aprecia soberanamente o valor da independência e da liberdade, disse.
O primeiro vice-presidente agradeceu em nome do povo cubano, do Partido e do governo o prêmio que a China concedeu ao general-de-exército, Raúl Castro Ruz.
É uma honra para Cuba essa decoração máxima, disse. Viva a inabalável amizade entre Cuba e China!, concluiu Valdés Mesa.
CHINA SE OPÕE AO BLOQUEIO A CUBA, DIZ EMBAIXADOR ASIÁTICO
Sua Excelência o sr. Chen Xi, embaixador da China em Cuba, inaugurou com suas palavras o ato solene, onde se referiu à satisfação que seus colegas e ele próprio sentem pela celebração em Cuba do 70º aniversário da fundação da República.
Em nome do Partido, o governo e o povo chinês, o funcionário agradeceu a Cuba por sua solidariedade e apreço.
Também mencionou as mensagens enviadas pelo Partido Comunista chinês em resposta às cartas de felicitações enviadas pelo general-de-exército Cubano, Raúl Castro Ruz, e pelo presidente Díaz-Canel. Na mensagem, a organização política asiática expressou sua gratidão pelo gesto e reafirma a intenção de seu governo de continuar cooperando com Cuba.
As mensagens reiteram a apreciação entre China e Cuba e o interesse em ratificar a colaboração e o trabalho conjunto.
O embaixador chinês também se referiu ao discurso proferido pelo presidente da nação Xi Jinping.
Nele explica o processo que a China está passando para a construção do socialismo, bem como as conquistas acumuladas por 70 anos em seu país.
Hoje, a China é conhecida como propulsora do desenvolvimento e trabalhadora da paz mundial, coisas que não foram fáceis de alcançar por causa do trabalho e do compromisso que representam, disse.
Chen Xi se referiu às seis décadas que Cuba dedicou à luta pela igualdade não apenas em suas fronteiras, mas em todo o mundo, bem como no esforço para melhorar a sociedade e o modelo econômico do país.
A China se opõe fortemente ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto unilateralmente pelos Estados Unidos a Cuba, o que impede o desenvolvimento do país, enfatizou.
Destacou o prêmio da Medalha da Amizade concedida por Xi Jinping, dias atrás, ao primeiro secretário, Raúl Castro Ruz.
Até a vitória sempre, venceremos! culminou
CUBA RINDE HOMENAGEIA A IRMÃ REPÚBLICA DA CHINA
O ato começou com a apresentação de um audiovisual que evoca os laços bilaterais que uniram as duas nações ao longo da história.
Estavam presentes:
O primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, general-de-exército Raúl Castro Ruz;
O presidente dos Conselhos de Estado e Ministros, Miguel Díaz-Canel;
O segundo secretário do Comitê Central do PCC, José Ramón Machado Ventura;
O primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e Ministros, Salvador Valdés Mesa;
O presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo Hernández;
O embaixador da República Popular da China em Cuba, Chen Xi e outros membros do Bureau Político do PCC e do Estado Cubano.
Foto: Ismael Batista
Como parte das apresentações culturais, a Escola Wushu de Cuba faz uma apresentação dedicada especialmente à comemoração da data. A China critica os esforços dos EUA para distorcer os laços com a América Latina.
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