Os agentes da tragédia brasileira na pandemia
Leonardo Samuel Ricioli*
Com mais de 300 mil mortos pela pandemia de coronavírus, cada nova pessoa morta pesa menos na consciência coletiva. Agora essas mortes não representam mais uma tragédia: foram incorporadas como uma consequência fatalista de viver nesse período. Aceitamos que nada pode ser feito, e que todos podemos a qualquer momento morrer, em uma dinâmica parecida com uma roleta russa a cada exposição ao vírus. A mídia burguesa fez com primazia seu papel em não noticiar as experiências de real sucesso de combate ao vírus no mundo, ao ponto de pensarmos que o “normal” é ter mais de 300 mil mortos (e esse número cresce assustadoramente). No meio disso tudo, nossa arma mais poderosa, e talvez a única eficaz contra a pandemia são as diversas vacinas disponíveis. No cenário internacional, farmacêuticas protegem suas patentes e vendem vacinas para quem paga mais. Se algo fica claro na pandemia, é que definitivamente não “estamos no mesmo barco”. Os barcos do terceiro mundo continuam tão à deriva quanto no começo da pandemia, sem expectativa de receber vacinas. Como tudo no mundo, a pandemia tem um caráter classista forte que precisa ser compreendido.
Junto com a vacinação (que caminha a passos de tartaruga no Brasil), o isolamento social ainda é uma medida necessária, sendo amplamente difundido no começo da pandemia, mas com baixa adesão no Brasil. A China fez um lockdown (isolamento social compulsório) rigoroso, e conseguiu controlar em grande medida a pandemia do coronavírus. As pessoas deveriam nesse momento trabalhar de casa, mas essa dinâmica de trabalho não é possível nem de longe para a maior parte da população brasileira (1). Trabalhadores com ensino superior representam a maior parcela de quem conseguiu trabalhar de casa e manter uma renda constante durante a Pandemia(2). Mas a maior parte da classe trabalhadora sofreu na pele a perda de renda e segurança durante a pandemia, e uma grande parcela viu-se dependente do auxílio emergencial – resultado da luta da oposição ao governo genocida de Bolsonaro-Mourão – para sobreviver. Trabalhadores dos ditos “serviços essenciais” continuam comparecendo a seus respectivos locais de trabalho expondo-se diariamente ao risco de contaminação, e entregadores continuam obrigados a exporem-se a esses riscos diariamente também. Nesse momento, ficou claro que a classe trabalhadora é quem faz o mundo funcionar. Mesmo assim, esses trabalhadores essenciais não viram nenhum aumento salarial relativo ao tempo de trabalho, pelo contrário, tiveram seus direitos trabalhistas tomados pelo pretexto da crise.
Durante nosso tímido lockdown, em que lojas oscilavam entre estarem fechadas ou abertas por algumas horas, os pequenos comerciantes também sofreram. Diversas empresas fecharam as portas, deixando milhões de desempregados(3). E é importante ressaltar nesse ponto que a pandemia não foi o único motivo das falências em massa de pequenos comércios – o desmonte dos direitos trabalhistas que aconteceu antes da pandemia, desemprego e reformas da previdência destruíram a renda dos trabalhadores, o que consequentemente diminui o poder de compra da classe trabalhadora. Nesse sentido, a pandemia nada mais foi do que um agente agravante dessa destruição prévia. As reformas trabalhistas, o desmonte dos direitos dos trabalhadores e o aumento da dita “uberização” também tornaram inviável para os trabalhadores manterem-se em casa. Caso motoristas de aplicativo ou motoboys do ifood escolhessem não correr o risco de morrer e fazer a quarentena da forma correta – como os trabalhadores com ensino superior que geralmente tem a possibilidade de home office e a classe burguesa conseguiram fazer – simplesmente morreriam de fome.
A conta de não termos nenhum canal de comunicação público de grande alcance também chegou. Isso porque a pandemia foi noticiada na mídia da mesma forma que todas as outras pautas são tratadas – como um grande espetáculo, onde a última opinião ouvida era de fato a opinião técnica e científica. No começo da pandemia, quando esta ainda estava restrita à Wuhan, a mídia fez uma grande campanha denunciando o “autoritarismo” do governo Chinês por conta das rígidas medidas de lockdown(4,5,6). Quando a pandemia chegou e em massa a população não aderiu à quarentena, a mesma mídia burguesa reprovava com um certo cinismo e elitismo as aglomerações, como se esses canais não tivessem sua parcela grande de culpa também. Essa mesma mídia que olha de cima para baixo para a classe trabalhadora e trata como uma “massa idiota”, denunciava o lockdown chinês como um exercício de autoritarismo, construindo parte da confusão entre liberdade de viver e liberdade para morrer. É importante ressaltar nesse ponto que de forma mais ou menos velada, alguns canais de TV auxiliaram a conspiração de que o vírus era uma “arma biológica”, chamando o coronavírus de “Vírus Chinês”. Essa tática não apresenta de forma clara a ideia a ser passada, mas age no subconsciente coletivo colocando a culpa das mortes nas costas de um país, e um país apenas. É apenas mais um capítulo na grande cruzada da mídia contra qualquer país governado por um partido comunista. A mídia burguesa também fez seu papel de omitir sistematicamente os números de mortos do coronavírus em países socialistas, ou de inferir de forma velada ou aberta que provavelmente os números oficiais foram alterados(7).
Dessa forma, a população informada pelas mídias privadas de massas não tem informação o suficiente para ligar os pontos e responsabilizar quem realmente deve ser responsabilizado pela nossa contagem enorme de mortos – a coligação do estado e da burguesia assassina. Isso porque, segundo esses conglomerados de mídia, os únicos países que não tem seus números de mortos oficiais questionados são aqueles politicamente alinhados com o liberalismo econômico, como o governo Trump nos Estados Unidos (atual governo Biden) ou o governo liberal de Modi na Índia, que tem números tão exorbitantes de mortos quanto os nossos, ou até piores. Como diria Mark Fisher, a mídia trabalhou ativamente pela instauração de uma visão fatalista e, de acordo com o realismo capitalista, onde exemplos de sucesso contra a pandemia ou eram frutos do “autoritarismo” ou simplesmente distorções dos dados, mesmo que as mesmas agências internacionais (OMS) fizessem a contagem de mortos em todos os países. A classe trabalhadora então fica sem um norte, sem saber que é possível priorizar a vida antes dos lucros. Não cabe a ninguém julgar essa classe trabalhadora no campo moral, mas entender as dinâmicas complexas que fazem a construção do senso comum e lutar para a emancipação dessa parcela da população.
O desenvolvimento científico também se viu em situações extremamente delicadas. No seu funcionamento ideal, a ciência é uma instituição humana e que funciona com base na análise fria da realidade para sua tomada de decisões. Durante a pandemia, a direita liberal e conservadora se colocou do lado dos lucros adotando primeiramente uma opinião do negacionismo da existência do vírus, do lado contrário ao das previsões científicas(8, 9,10). Modelos e previsões dos números de mortos foram vistos como grandes piadas e como provas de que a ciência como um todo era parte de uma grande conspiração por não se concretizarem (até o momento). Mas a ciência é apenas uma instituição humana – a que mais está aberta à autocríticas e reanálises, que conta com a participação de inúmeros pesquisadores e pesquisadoras independentes entre si – mas ainda humana. As primeiras previsões estiveram em vários momentos erradas, porque ainda estão em constante re-análise e reconstrução. Por mais que esteja sujeita a erros de análise, nenhuma outra forma de análise tem capacidade de contrapor seus pontos. Enquanto pesquisadores falavam da importância do lockdown, a política liberal burguesa falava que a economia iria ruir e que não deveríamos fazer lockdown ou quarentena. A diferença é que a ciência faz uma constante análise da realidade biológica do vírus, e o governo brasileiro fazia seu contraponto baseado nos interesses dos grupos econômicos ligados à base de apoio do governo.
Apesar do desenvolvimento científico ter sido o grande responsável pelo combate ao coronavírus, alguns pesquisadores influenciados pelos valores e aparelhos da burguesia aderiram a posturas anticientíficas. Tivemos diversos casos de imposturas científicas, de indivíduos que buscavam alguma forma de ascensão social através do coronavírus e de pesquisadores que acreditaram que precisavam fazer uma “média” com a opinião econômica. Alguns poucos pesquisadores e médicos defenderam de forma veemente o uso da hidroxicloroquina, por exemplo, mesmo com essa medicação tendo sido eficaz apenas em testes in vitro, que não é nem de longe um teste clínico válido(11, 12). Também tivemos no Brasil situações em que o pesquisador e divulgador científico brasileiro Atila Iamarino, que acabou se tornando uma grande figura de influência durante a pandemia, se posicionou contra um lockdown total e chegou a caracterizar o lockdown chinês como uma “atitude autoritária”, mesmo sabendo que o lockdown era no momento a única alternativa. Em suma, a pandemia deixou claro que nenhum pesquisador existe separado da realidade econômica e política do país.
O governo colocou a população contra a ciência com base em sua própria lógica genocida – “Se ficarem em casa, vão morrer de fome” – E a população se rebelou contra a fome, em uma estranha profecia autorrealizável do governo. E realmente, a fome veio por conta da falta de vontade política do governo que liberou 1,2 trilhões de reais para bancos(13) e deixou a classe trabalhadora e os pequenos comerciantes definharem com o miserável auxílio emergencial de 600 reais. Diante disso, algumas revistas de economia comemoraram a maior taxa de abertura de empresas desde 2010 – com mais de 2,3 milhões de novos CNPJs abertos em 2020, de forma basicamente acrítica. Esses números não representam uma economia em florescimento, com inovação e empresas de alto valor sendo abertas. São as cicatrizes das agressões sofridas pela classe trabalhadora e consequência do desemprego. A classe trabalhadora existe, e precisa procurar continuamente condições para continuar existindo, mesmo que seja abrindo pequenas empresas com base em empréstimos, que tiveram altas também (14, 15).
É importante ressaltar também que nessa lógica de milhões de MEIs sendo abertas com base em empréstimos, quem invariavelmente vai lucrar são os bancos. Dessas milhões de empresas abertas em 2020, 30% fecharam (16, 17) (mas algo que invariavelmente vai acontecer é o pagamento que essas pessoas farão dos seus empréstimos com juros para os grandes bancos, principais saqueadores da economia nacional). Longe de toda a romantização neoliberal do estado caquético da nossa economia nacional, não são milhões de novos empreendedores no sentido virtuoso da palavra – São milhões de pessoas com sonhos e ambições de estudo e ascensão social que passaram a vender bolos de pote, abriram barbearias e outros pequenos comércios. Além disso, o dado a que ninguém tem acesso e que essas matérias escolhem deliberadamente ignorar é a quantidade de trabalhadores que passou para o sistema “PJ” de contratação: abrem um CNPJ de microempresa, e para a lei funcionam como uma empresa. Na realidade são trabalhadores de empresas que têm seus direitos básicos à férias, décimo terceiro e direitos trabalhistas negados por serem para a lei pequenas empresas. É novamente o resultado do saque à classe trabalhadora.
Nesse momento, temos diversas vacinas disponíveis no mercado. E o problema é exatamente esse, as vacinas estão aí para compra e venda como se fossem qualquer outra mercadoria. O diretor geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus alertou para o fato de que as vacinas estão sendo acumuladas e vendidas preferencialmente para países ricos. A OMS gere uma coligação de 165 países chamada COVAX, feita para evitar que as vacinas ficassem acumuladas nas mãos de poucos países mais desenvolvidos. Essa coalizão seria responsável pela distribuição igualitária de vacinas, mas as farmacêuticas majoritariamente preferem vender para quem paga mais e simplesmente burlar a coalizão. Essa dinâmica gerou a bizarrice de 49 países desenvolvidos terem administrado 39 milhões, e o resto dos países terem apenas 30 milhões de doses(18, 19, 20). A lógica do capitalismo aplicada à pandemia se mostra essencialmente catastrófica, porque o combate à pandemia precisa ser necessariamente internacionalista. As diversas vacinas disponíveis tem seus graus de efetividade diferentes para diferentes cepas do vírus, e quanto mais pessoas forem infectadas, maiores são as possibilidades de uma nova cepa ser desenvolvida, potencialmente com as vacinas já desenvolvidas se tornando obsoletas contra variantes do vírus(21). Logo, até mesmo para os países beneficiados, “furar a fila” é um tiro no pé. Mas não podemos ficar surpresos quando o capitalismo funciona da forma como deveria: afinal de contas, a OMS pode no máximo negociar e sugerir formas de combater a pandemia. No fim do dia, os movimentos do capital vão obedecer apenas às leis do próprio mercado e sua visão de curto prazo, priorizando a extração máxima de valor das vacinas produzidas pelos trabalhadores da ciência e dos complexos industriais farmacêuticos. No meio do desastre sanitário que vivemos, o capitalismo ainda impõe goela abaixo do povo suas formalidades de patentes e outras regras econômicas que permitem a extração de valor novamente ao custo de milhões de vidas.
O combate à pandemia deve necessariamente ter uma divisão igualitária das vacinas internacionalmente – imunizando primeiro profissionais da linha de frente do combate à pandemia em todos os países, e respectivamente seus grupos de risco até que todos sejam vacinados. Práticas de extorsão sobre a venda da vacina não podem ser toleradas, pois elas podem somente arrastar e aumentar mais a já penosa crise sanitária que vivemos.
Essa crise escancarou a luta irreconciliável de classes que vivemos, e deu origem a movimentos legítimos da classe trabalhadora ao redor do globo. Tivemos protestos desde os EUA no começo de 2020, a greve geral e protestos contra o governo liberal antipovo de Narendra Modi na Índia, até protestos no Brasil contra o governo assassino e liberal de Bolsonaro-Mourão (22, 23, 24, 25). A movimentação popular é a nossa única chance contra a retórica liberal que já está em curso, mas certamente irá se intensificar com a retomada plena das atividades econômicas, de que a austeridade fiscal é o caminho para recuperar a economia. Vão seguir tentativas sucessivas de privatização de empresas nacionais e a sucateação das condições de trabalho mais do que estão agora, sob a alcunha de “pagar” o auxílio emergencial, para acalmar a casta burguesa que sustenta e manda no governo. Devemos nos lembrar, e devemos propagar amplamente, quem são os reais patrões do governo e pra quem serve a tal solução. E levando em conta que, como diz Marx, as contradições entre a burguesia e a classe trabalhadora são irreconciliáveis, a solução é exatamente a oposta.
Para amenizar o sofrimento da classe trabalhadora e emancipá-la política e economicamente, devemos focar em um programa de pleno emprego para retomada econômica, e um processo de industrialização que nos dê capacidade de empregar as massas e ao mesmo tempo nos dar independência dos insumos industriais estrangeiros. Precisamos de uma via de emancipação econômica, e não simplesmente lotear e vender os pedaços do Brasil para a burguesia estrangeira. Precisamos de um programa de amplo investimento na ciência nacional, desfazendo os cortes que acontecem sucessivamente desde o governo Dilma, se intensificando nos governos Temer e Bolsonaro, com salários dignos e oportunidades o suficiente para empregar os pesquisadores do Brasil. Se o governo diz que não pode gastar com o povo, tenha certeza que ele vai gastar com a classe burguesa. Em outras palavras, nesse momento histórico não temos como simplesmente tentar voltar ao ponto em que as contradições de classe estavam antes da pandemia: ou avançamos as demandas da classe trabalhadora através de amplas mobilizações de massa, ou a classe dominante vai passar suas demandas goela abaixo do povo. Não há volta à “normalidade”.
E quando esse momento passar não podemos nos esquecer das diversas atrocidades cometidas pelo algoz Bolsonaro a mando dos seus patrões burgueses. Não é nenhuma forma de exagero chamar Bolsonaro de GENOCIDA. Todas as medidas tomadas por ele foram para benefício da classe dominante. Desde empregar laboratórios do exército para a produção de hidroxicloroquina, medicamento sem comprovação científica nenhuma, até todo o esforço que o governo do fascista tropical fez contra o distanciamento social e contra as quarentenas dos governos estaduais. Precisamos nos lembrar de cada agente da tragédia brasileira, e precisamos cobrar.
Referências:
1 – https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0747563220301771?casa_token=d-p0mh8_sZcAAAAA:6hL3tY7d1q7LKXwIY69L6M94Dq7PklR8MJ2V_f2i9bR1xpBXy8kcEXH7z4PNYA-MjShXC1Vn
2 – https://link.springer.com/article/10.1007/s00148-020-00800-7
3 – https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/12/23/desemprego-diante-da-pandemia-atinge-142percent-em-novembro-e-bate-novo-recorde.ghtml
4 – https://olhardigital.com.br/2020/03/03/coronavirus/com-medidas-autoritarias-china-pode-ter-controlado-coronavirus/
5 – https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/02/07/china-adota-medidas-extremas-para-conter-novo-coronavirus.ghtml
6 – https://epoca.globo.com/larry-rohter/a-pandemia-tem-um-culpado-china-1-24315628
7 – https://www.bbc.com/portuguese/internacional-53280673
8 – https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/03/24/empresarios-coronavirus-o-que-dizem-criticas.htm
9 – https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/02/28/contra-lockdown-empresarios-fazem-manifestacao-na-rua-do-governador-do-df.htm
10 – https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/03/16/pacheco-e-lira-sao-contra-lockdown-no-pais.ghtml
11 – https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/conselho-federal-de-medicina-diz-que-nao-mudara-parecer-sobre-o-tratamento-precoce/
12 – https://www.focus.jor.br/conselho-federal-de-medicina-aprova-uso-da-cloroquina-para-enfrentamento-da-covid-19/
13 – https://www.infomoney.com.br/economia/com-crise-banco-central-ja-anunciou-r-12-trilhao-em-recursos-para-bancos/
14 – https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/bb-emprestara-r-37-bi-pequenas-empresas-afetadas-por-pandemia
15 – https://www.tomatico.com.br/blog/credito/aumenta-demanda-emprestimo-pandemia/
16 – https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/01/13/pedidos-de-falencia-de-empresas-aumentam-12-7-em-2020-diz-boa-vista
17 – https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/04/09/mais-de-600-mil-pequenas-empresas-fecharam-as-portas-com-coronavirus
18 – https://oglobo.globo.com/sociedade/vacina/oms-alerta-para-falha-moral-catastrofica-com-distribuicao-desigual-de-vacinas-contra-covid-19-1-24843712
19 – https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2021/01/19/oms-adverte-que-mundo-esta-a-beira-de-falha-moral-catastrofica.htm
20 – https://www.amnesty.org/en/latest/news/2021/03/covid-19-pharmaceutical-companies-and-rich-states-put-lives-at-risk-as-vaccine-inequality-soars/
21 – https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56255766
22 – https://oglobo.globo.com/mundo/protestos-contra-trump-em-todo-mundo-1-20861374
23 – https://www.jacobinmag.com/2020/12/general-strike-india-modi-bjp-cpm-bihar
24 – https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/02/21/carreatas-em-protestos-contra-bolsonaro-ocorrem-12-estados-e-df.htm
25 – https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2020/06/07/manifestantes-fazem-protesto-contra-bolsonaro-em-brasilia.ghtml
* Militante da célula Dirce Machado, São Carlos, SP