O fôlego esgotado?

imagemFoto: Centro Histórico de Porto Alegre vazio ao entardecer. H. Suricatto (12/10/2021)

H. Suricato

Em política, tardar é falhar.

Análises de conjuntura são como cartas de navegação. Precisam ser constantemente atualizadas para que não possam ficar datadas o suficiente para não guiar a rotas equivocadas. Da mesma forma que, no plano cartorial, mapas precisam ser atualizados à medida que novas vias são criadas, edifícios são erguidos, bairros criados e as rotas de antigas vias são alteradas [1], diante de novos elementos conjunturais, a aproximação de um evento marcado e as intervenções dos agentes políticos são atualizados, deve-se reinterpretar os fatos e, sem prejuízo, rever antigas posições.

Para contribuir com um breve balanço dos atos Fora Bolsonaro, é necessário usar como parâmetro não o que se conquistou até aqui, mas qual era o objetivo de fato proclamado [2]. Vale mais uma verdade incômoda que uma mentira cômoda. O próprio nome da frente diz muito sobre o objetivo principal das mobilizações [3]. Devemos ser francos e honestos com esta análise de conjuntura; procurar termos suaves para manipular a interpretação da realidade e torná-la mais aceitável pela consciência média das vanguardas de esquerda é puro oportunismo e estaríamos reproduzindo os eufemismos típicos dos parlamentares burgueses em campanha eleitoral. Em suma, reproduzindo entre nós mesmos o que mais condenamos em nossos adversários.

Os atos são uma frente de batalha, e como toda frente de batalha, tem as suas campanhas, desde as batalhas em si (os atos) aos conflitos de menor intensidade empregados em outros locais de ação de base, seja no Congresso e nas casas legislativas estaduais e municipais, seja em fatores conjunturais pontuais, mas que configuram como conflitos operacionais a sustentar a tática, como os trabalhos de base. Quem de fato acabou conduzindo a campanha é quem acaba por avaliar de fato quais são seus resultados, e é aí que tanto as forças democrático-populares lideradas por petistas [4] quanto os apologistas da 3ª via entram em cena [5]. E por mais que de início a iniciativa e o protagonismo estivessem com os comunistas, a esquerda revolucionária ao longo da campanha entrou em ostracismo, por mais que essa possa celebrar as vitórias pontuais, os ganhos de posição, importantes, mas muito aquém do próprio potencial que esta veio a demonstrar nos atos e mais aquém ainda do principal objetivo.

A greve geral que nunca sairia

Uma importante constatação precisa ser feita: não se brinca de Greve Geral! Não se pode vulgarizar as palavras de ordem, dar o nome de qualquer paralisação parcial e sem vergonha de greve geral [6]. Propagar uma palavra de ordem sem medir de fato a perspectiva que ela impõe e a expectativa que gera é rebaixar a consciência e a capacidade de organização da classe. Esses dias de paralisação e de lutas típicos de calendários dos sindicalistas burocratas e pelegos serviram bem para jogar a energia de mobilização em datas especificadas onde estes sindicalistas pudessem aparecer, fazer suas intervenções de retórica combativa e posar para fotografias, enquanto a regra é a ausência real de qualquer mobilização direta nos locais de trabalho para fazer o mínimo: barrar os ataques gerais e pontuais que as mais variadas categorias de trabalhadores estão sofrendo com a atual carestia da população brasileira, através da organização direta e permanente de nossa classe [7].

Uma greve geral que nunca sai e tão cedo não vai sair se o estado atual de mobilizações persistir, a sabotagem proposital das direções sindicais hegemônicas em prol da candidatura petista e das candidaturas da 3ª via. Enquanto não for confrontada de forma qualificada e sistemática em suas bases, irá sempre impor sua agenda de desarticulação e inércia a envergonhar as vanguardas e frustrar a radicalidade dos trabalhadores. Ao resgatar a experiência da Greve Geral de Abril de 2017, a verdadeira greve geral que nossa geração testemunhou e construiu, recorda-se que foi necessário um intenso trabalho geral de convencimento e organização da classe nos mais variados espaços, promovidos por quase todas as forças ditas de esquerda. Pois uma greve em qualquer lugar, uma greve séria, é a escola do proletariado em luta, é onde seus chefes legitimados precisam conduzi-la tal como se estivessem num conflito armado e as greves gerais são verdadeiros ensaios da insurreição popular. Portanto, maior responsabilidade com as palavras de ordem, com as expectativas e compromissos que elas geram.

Interesses eleitorais alheios

Sabemos muito bem que as centrais sindicais hegemônicas estão comprometidas tanto no retorno de Lula à presidência, quanto de uma emergência de um candidato da 3ª via a possibilitar a saída de Bolsonaro da presidência [8]. Nunca colocaram peso real na luta contra o impeachment, se tomarmos como parâmetro de mobilização de luta o ano de 2017, e hoje, as condições materiais da classe dão muito mais legitimidade para mobilizar. Responsabilizar única e exclusivamente a própria classe, inserida num contexto de carestia geral, fome, inflação, desemprego, violência urbana, rural e doméstica e informalidade por não estar armada da subjetividade necessária para ser colocada em luta é o cúmulo da preguiça e da desonestidade. A maior responsabilidade está em nós enquanto vanguarda, que permitiu que as forças hegemônicas da classe continue sendo dos petistas, continuem sendo suas posições recuadas, continuem sendo suas perspectivas de organização meramente eleitoral e abrindo mão cada vez mais até de uma militância propriamente dita [9], e só cegos não veem isso. Somem-se a isso os sindicalistas amarelos de plantão, que não chegam a ser uma força homogênea e unificada como a petista CUT, mas que juntas, se comportam perante a central sindical hegemônica, como o Centrão se comporta frente ao governo de ocasião na esfera institucional [10].

Falando de maneira mais fácil: nunca houve uma defesa séria do impeachment ou de qualquer mobilização para derrubar Bolsonaro de fato por parte deles. Ao esgotar o método único dos atos, através de sua própria inércia proposital, colocaram sua massa organizada nas ruas e ditaram o atual estado de mobilização de 2021 [11]. Esse é o “socialismo nos dias de festa” que a nossa geração está conhecendo [12].

Dentro desta rabeira de mobilizações, forças estranhas ao movimento popular começaram a se colocar nas ruas novamente, abusando da memória do povo. A intentona de 12 de Setembro da 3ª via, protagonizada pelo MBL, Vem Pra Rua e por alguns partidos centristas e da esquerda foi um exercício curioso de uma suposta frente ampla contra Bolsonaro [13]. Se elas tinham capacidade de arrastar multidões às ruas tal como a esquerda revolucionária de início conseguiram fazer? Havia sim esta grande possibilidade, de sequestro da mobilização em si. Felizmente, estava errado. O caráter da 3ª via parecia àquela altura muito anacrônico de uma conjuntura não tão distante, mas que envelheceu rápido e mal [14]. Era sua atmosfera lavajatista, de valores morais, dos setores da pequena burguesia arrependidos com o governo Bolsonaro e estavam desesperados para ter um líder a chamar de seu que não seja Lula, embora a maioria possa sim, votar no petista caso o provável 2º turno de 2022 seja entre Bolsonaro e Lula (e como tanto um quanto o outro querem este segundo turno). O que se viu, para além da fraca mobilização, foi um bolsonarismo sem Bolsonaro e sem a sua repressão e retórica vulgar, isto é, sua agenda econômica e social, aquela que fez a burguesia fazer a sua “escolha difícil” [15], precisa ser tocada por mãos mais competentes, mais estadistas, que não inventem de dar um auto golpe como no 7 de Setembro, onde o fôlego máximo do que restou do bolsonarismo foi demonstrado mais fraco do que se imagina, mas forte o suficiente para se impor e marcar posição [16]. As forças da 3ª via, a imprensa e tudo o mais, na altura do meio do ano, estavam de fato a bancar um impeachment, fizeram pesquisa de opinião e tudo o mais, havia sim atmosfera geral para levar adiante a derrubada do governo, mesmo pela via institucional [17]. Mas tal comprometimento com a agenda econômica amarra as forças de direita opositoras ao governo ao cinismo descarado.

Vide Dória Jr, atual governador do Estado de São Paulo, cuja agenda econômica não se diferencia em quase nada de Bolsonaro. Representante perfeito do PSDB atual, este partido social liberal histórico, cuja campanha antipetista em si em lugar de um programa político (sim, partidos burgueses também precisam de “princípios e programas”) permitiu que seu eleitorado e grandes parcelas de seus quadros migrassem para o bolsonarismo, sem precisar sair da sigla [18]. Nossos tucanos, os queridos da grande imprensa, vão se encontrar representados de fato em 2022 não em Dória, mas em Moro, caso este venha a ser candidato a presidente. O PSDB está falido [19].

A filiação de Sérgio Moro ao Podemos, mais um medíocre partido fisiológico gerido pelo cacique paranaense Álvaro Dias – que não fazia outra coisa em 2018 em sua campanha eleitoral do que pedir para “abrir o olho” e pra “justiça, Sérgio Moro!” – causou furor entre os entusiastas da dita 3ª via [20]. Parece que finalmente acharam o homem que pode retirar votos de Bolsonaro e ir ao segundo turno contra Lula. Veja que fissuras foram abertas nas alianças eleitorais, o partido fardado encontrou a oportunidade de lavar as mãos, podendo permanecer caso venha a ser governo [21]. Os economistas são mais cautelosos, mas ao olhar bem a conjuntura de 2013 até 2018 e pensar no tipo de político que desejavam ser o substituto de Temer, Moro, investido de toda a moral de justiça e combate à corrupção, seria o sujeito ideal [22]. Mas as forças invocadas do antipetismo tinham Bolsonaro como seu representante mais autêntico e, se existe coerência entre os apoiadores mais fanáticos de Bolsonaro em algo lógico, o antipetismo é esse elemento, não na capacidade do líder em si, mas contra quem ele se posiciona [23]. Assumiram o filho, Bolsonaro é o bastardo enquanto Moro é o primogênito, e o resto da 3ª que lute daqui em diante [24].

Enfim, o que temos então?

A tarefa de retirar o Bolsonaro do poder encontrou interesses estranhos aos da nossa classe. A sua derrubada imediata foi postergada pelos seus apoiadores de plantão no Congresso em troca de verbas parlamentares, a moeda de troca dos políticos fisiológicos para sustentar os governos da situação [25]. Tais políticos apenas se movimentam contra seus interesses e jogam o governo da situação à própria sorte se há uma pressão externa forte o suficiente para o tirar o mais rápido possível dali. Os impeachments de Collor e Dilma foram assim. No caso, a burguesia estava receosa de tirar Bolsonaro do poder por conta do risco de ver condenada, junto com ele, a agenda econômica de austeridade fiscal aplicada por Paulo Guedes e outros administradores do estado burguês menos vulgares. Este mesmo projeto estava ameaçado nas mãos do próprio Bolsonaro em nome de seus arroubos golpistas, contidos até aqui depois do 7 de Setembro e da pressão interna do STF [26] e de quem manda de fato [27]. Agora, com uma 3ª via promissora, capaz de lhe arrancar o segundo turno, e com a aproximação do ano eleitoral, qualquer perspectiva de promover a pauta do impeachment por parte da intelligentsia burguesa supostamente crítica ao governo está fora de cogitação.

Mas, apesar de tudo isso, há a pressão popular das ruas, esta que não respeita calendários, que não respeita acordos de cúpula ou agenda eleitoral de nenhum candidato quando explode a revolta. Quando em Maio, botamos centenas de milhares nas ruas, fomos justos com o espírito do momento e dentro de nossos limites, levamos a pauta máxima até onde nossos braços e pernas se estendem [28]. Mas isso é insuficiente, está aquém do que o período exige, por isso convocamos as demais forças revolucionárias para se somar na luta. Mas sabemos que a hegemonia da direção das forças populares no Brasil ainda está sob a hegemonia dos petistas. Seus interesses de fato se revelam na sua prática, seu interesse é a vitória eleitoral de Lula em 2022, é a reprodução da mesma estratégia do seu primeiro governo, com novas conciliações e nenhum ataque para reverter [29]. A inércia é a arma, não mobilize os sindicatos de fato, nada disso, não precisam, e assim são visíveis a arrogância e prepotência de seus quadros, de boa parte de seus militantes e de sua imprensa. Para aqueles belos socialistas como Valério Arcary e os roxos da resistência do PSOL, acompanhados de alguns vulgares dentro do PSOL, não veem a realidade na sua frente, simples assim [30]. As especulações nada ocultas sobre a aproximação de Lula com Alckmin [31] e a insistência da tese de uma frente de esquerda com Lula, nos diz muito sobre quanta ingenuidade existe dentro da esquerda dita revolucionária, embora, é difícil acreditar que em política exista ingenuidade de fato.

O “Fora Bolsonaro” vira “Ele Não” [32], ou melhor, já se tornaram “Bolsonaro Nunca Mais!” [33]. Daqui em diante, as marchas ganham caráter abertamente eleitorais. Como lidar com isso precisa ser melhor analisado, mas não esquecer de absolutamente nada de relevante que ocorreu nestes últimos 4 anos é bem importante, pois o esquecimento é a doutrina dos oportunistas. Parece que muitos trabalhadores que levam suas famílias para caçar alimentos estragados nas lixeiras, aproveitar os restos de comida das feiras, pedir esmolas bem vestidos para manter o que restou da dignidade e aqueles que pelo menos encontraram empregos, aceitar qualquer condição que lhe impõem estão muito preocupados com as eleições, parecem que não foram encorajados a lutar contra o governo pois estavam presos na sua realidade imediata de conseguir obter o mínimo para comer no dia seguinte.

Não foram convencidos o suficiente para lutar contra Bolsonaro e o derrubar aqui e agora pois muita gente de luta diz que deve esperar as eleições, que não se organizem, que não aprendam formas de lutar de acordo com a sua realidade imediata e saiam da passividade, que deixem com o nosso salvador da pátria. Aprender com a frustração, de ver todo aquele fôlego de luta represado pela pandemia ser solto, porque nós demos esta oportunidade a milhões de brasileiros, ser esgotado pelos mais variados interesses e imposições totalmente estranhas às suas reais necessidades. O faminto, o pobre e o trabalhador, sabe lá no fundo que este governo e este estado é que o faz passar por esta situação, que o humilha diante dos patrões para ter salários de fome, mas não vê como consequentes aqueles que dizem que lutam, mas se importam mais em se auto convencer de que estão de fato lutando por alguém, andando e pregando apenas para os convertidos das vanguardas políticas. Vocês não se sentem constrangidos em nenhum momento, de verem a nossa classe não mais ir aos atos conosco, por mais que as reivindicações lhes dizem respeito? Como comunistas, sim.

Conclusão não definitiva

Os comunistas devem olhar para tal conjuntura e tirar as lições necessárias para aprender com os erros, medir até onde vai a nossa parcela de responsabilidade e até onde ela compete às demais forças políticas. E realizar a crítica mais honesta, franca e impiedosa aos nossos adversários dentro de nosso movimento, sem nunca perder a referência no verdadeiro inimigo, à custa de cair num sectarismo propagandista típico dos esquerdistas.

A partir disso, com base em nosso próprio tamanho, com base na nossa real inserção e dentro da variável de expansão política e organizativa, possibilitada pela conjuntura e competência de nossa militância até aqui, devemos avançar por onde dentro desta campanha foi possível conquistar posições, foi possível ganhar mais aliados, abrir mais canais de comunicação, receber e inserir mais trabalhos de base e dar conta de toda esta demanda é consolidar tudo isso. Quando a nova oportunidade surgir, saber identificá-la e usar toda a nossa força disponível, sem auto proclamação, e usar as posições consolidadas. Nós fomos consequentes com o real objetivo dos atos, lutamos de fato para derrubar Bolsonaro aqui e agora, mas foi justamente por perceber que isso não é a verdadeira perspectiva da maioria das forças dirigentes de nossa classe, é que tomamos consciência das grandes tarefas diante de nós frente aos petistas, de superá-los, de estarmos mais inseridos que eles, de organizar a classe melhor que eles, de estar muito mais apto a levar a luta para verdadeiras vitórias sem recuar em nenhum instante de nossos princípios leninistas, não da boca pra fora, mas em atos.

Mas, da mesma forma que a nossa classe não respeita calendários de luta e agendas eleitorais, a toupeira [34], que botou o nariz para fora mas logo se recolheu, pode se insurgir do chão e ser bem mais competente que todos os partidos de esquerda em derrubar Bolsonaro caso a tensão permaneça, e todos os eventos objetivos dão a entender que sim [35]. A pergunta que devemos fazer é: diante deste cenário, como devemos estar em 2022? Talvez o ano se decida bem antes das eleições. A Rosa e sua apologia ao espontaneísmo* não está de todo errada como muitos fazem crer. A questão em si é o que se faz não depois, mas durante a explosão, quando a toupeira emerge, quem vai guiá-la? Que levemos em consideração tais fatos para agora e para 2022. Os elementos estão dados.

[1] – https://revistaopera.com.br/2021/10/30/mapas-guerra-e-poder/

[2] – https://pcb.org.br/portal2/27467/manter-a-ofensiva-fora-bolsonaro-e-mourao/ (27.6.2021)

[3] – https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/30/veja-a-lista-de-quem-assinou-o-superpedido-de-impeachment-de-bolsonaro.ghtml

[4] – https://brasil.elpais.com/brasil/2021-10-03/frente-contra-bolsonaro-se-fortalece-no-discurso-mas-esbarra-em-rusgas-e-nao-se-amplia-na-pratica.html

[5] – https://www.gazetadopovo.com.br/republica/ato-fora-bolsonaro-12-setembro-manha/

[6] – https://www.cut.org.br/noticias/cut-convoca-para-o-dia-de-luta-em-18-de-agosto-em-defesa-do-servico-publico-f942

[7] – https://pcb.org.br/portal2/27943/o-caminho-das-pedras-2/

[8] – https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/centrais-sindicais-dizem-a-alckmin-que-o-apoiam-como-vice-de-lula

[9] -https://pcb.org.br/portal2/28064/deixar-bolsonaro-sangrar-e-sangrar-em-dobro-a-classe-trabalhadora/

[10] – https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2021/04/lula-pede-ajuda-a-forca-sindical-para-se-aproximar-de-politicos-de-centro.shtml

[11] – https://pt.org.br/na-avenida-paulista-a-certeza-de-que-bolsonaro-deve-sair-ja/

[12] – O programa de Transição – L. Trotski

[13] – https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/09/fracasso-previsivel-de-atos-contra-bolsonaro-escancara-impasse-brasileiro.shtml

[14] – https://www.cartacapital.com.br/opiniao/esquerdas-erraram-ao-nao-se-antecipar-ao-ato-de-12-de-setembro-e-devem-corrigir-o-erro/

[15] – Esse célebre editorial merece sempre ser recordado https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,uma-escolha-muito-dificil,70002538118 (2º turno de 2018)

[16] – https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/09/o-que-foi-o-7-de-setembro-bolsonarista-cientistas-politicos-apontam-intencoes-do-ato-e-suas-consequencias.shtml

[17] – https://istoe.com.br/datafolha-para-76-bolsonaro-deve-sofrer-impeachment-se-desobedecer-justica/ (julho de 2021)

[18] – https://www.cnnbrasil.com.br/politica/waack-fiasco-das-previas-do-psdb-nao-e-tecnico-mas-politico/

[19] – https://oglobo.globo.com/politica/analise-pane-nas-previas-nao-foi-so-do-aplicativo-foi-do-proprio-psdb-1-25286315

[20] – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/11/4966561-moro-desponta-como-nome-mais-competitivo-da-terceira-via.html

[21] – https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,grupo-de-whatsapp-simboliza-apoio-de-cupula-militar-a-moro,70003910889

[22] – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/11/4962274-moro-e-o-candidato-da-centro-direita-frustrada-com-bolsonaro.html

[23] – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/11/4966561-moro-desponta-como-nome-mais-competitivo-da-terceira-via.html

[24] – https://pcb.org.br/portal2/28098/sobre-a-irresponsabilidade/

[25] – https://theintercept.com/2021/09/12/um-presidente-fraco-centrao-arthur-lira/

[26] – https://www.poder360.com.br/justica/apos-recuo-de-bolsonaro-ministro-da-justica-encontra-moraes-em-sao-paulo/

[27] – Um exemplo didático, André Esteves, da BTG Pactual, mostra como influencia diversas instancias do estado brasileiro. Como ele, sabemos que tem muitos. https://www.brasil247.com/economia/exclusivo-vaza-audio-do-banqueiro-andre-esteves-que-revela-como-ele-influi-na-camara-e-no-banco-central-assista

[28] – https://pcb.org.br/portal2/27367/nunca-saimos-das-ruas/ (Maio de 2021)

[29] – https://lavrapalavra.com/2021/09/29/o-lula-mistico/

[30] – https://jacobin.com.br/2021/04/por-uma-frente-unica-com-um-programa-anticapitalista/ (nunca Lenin e Trotski foram tão citados fora de contexto em um artigo neste 2021, não deve em nada para delírios nada sérios de militantes bêbados nas mesas de bar da Santa Cecilia ou da Lapa!)

[31] – https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/11/30/eleicoes-2022-quero-construir-uma-chapa-para-ganhar-as-eleicoes-diz-lula-sobre-alckmin.ghtml

[32] – https://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-estadao/fora-bolsonaro-pode-dar-espaco-ao-ele-nao-em-protestos-de-rua-em-2022/

[33] – Em Porto Alegre, onde moro atualmente, o ato de 4 de Dezembro já é chamado desta forma.

[34] – “A Europa saltará do seu assento e exclamará: Belo buraco, velha toupeira!” – K. Marx pesca essa citação de shakespeare

[35] – https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2021/10/4959482-cenario-economico-para-2022-deve-ser-ainda-pior-e-analistas-alertam-para-riscos.htm

*Levantes populares nem sempre dão avisos prévios, como Junho de 2013 nos demonstrou muito bem, mas estar preparado para uma quando as condições estão bem mais dadas e os elementos subjetivos começam a ser desenhados, é a forma correta de se apropriar da teoria luxemburguista do protagonismo das massas, sem cair no desvio dogmático da revolução iminente que muitos acham que é igual a Revolução Permanente. O Partido Comunista que se pretende e coloca para si a tarefa de protagonizar e dirigir uma luta de tal envergadura deve calcular estas variáveis numa análise dialética do movimento como um todo, sem ocultar ou relativizar nenhum fato importante. Coisa óbvia de ser dita: levantes não são insurreições.

Categoria
Tag