Basta de bloqueio! Em defesa de Cuba Socialista

imagemA Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou, nesta quarta-feira, 23 de junho, uma resolução que denuncia o bloqueio imposto a Cuba pelos Estados Unidos e pede o seu fim. A resolução aprovada intitula-se “A necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba”. Resoluções semelhantes já foram aprovadas, muitas vezes, na ONU.

Foi uma derrota acachapante do imperialismo estadunidense: 184 votos a favor de Cuba, pelo fim do bloqueio e 3 abstenções (Colômbia, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos). Apenas os Estados Unidos e Israel votaram contra. O Brasil não votou.

O bloqueio a Cuba foi imposto pelos Estados Unidos no início dos anos 1960, como uma tentativa de inviabilizar a consolidação da Revolução Cubana, vitoriosa em 1959. Os EUA tentariam, em 1961, promover a derrubada do novo regime cubano, liderado por Fidel Castro, por meio de uma invasão armada operada por mercenários organizados e treinados pela CIA, no episódio de Playa Girón. A vitória cubana levou à decretação do caráter socialista da Revolução Cubana.

O bloqueio é uma ação unilateral e criminosa, que fere as leis internacionais. Os Estados Unidos impõem a adesão de outros países, que passam a sofrer retaliações dos EUA caso mantenham relações comerciais com Cuba. Os Estados Unidos mantiveram o bloqueio e seguiram tentando sabotar a economia e o governo cubano e minar a resistência e o apoio popular ao regime. Nos anos 1990, após a queda da União Soviética, realizaram inúmeras ações – incluindo-se as ações armadas – para tentar inviabilizar setores como o do turismo, que era incentivado como alternativa para manter e desenvolver a economia. No governo Trump, o bloqueio foi estendido a níveis genocidas, pela tentativa de impedir o fornecimento a Cuba de medicamentos e equipamentos para o enfrentamento à pandemia do coronavírus.

Cuba resistiu a tudo e hoje, mesmo com todas as dificuldades que ainda enfrenta, prova ao mundo que o Socialismo é viável e que é exatamente por ser socialista que conseguiu não apenas sobreviver, mas também desenvolver-se, como comprovam as suas realizações na seguridade social e na área da saúde pública em particular, com a vitória sobre a pandemia, a produção de vacinas e medicamentos para a prevenção e o tratamento da Covid-19, o envio de equipes médicas para prestar solidariedade aos povos no mundo, comprovando ter alcançado um sistema de saúde de altíssima qualidade. Cuba mobiliza a sua população, que, organizada e consciente, defende o socialismo. Cuba se renova, com novas diretrizes políticas e econômicas que defendem e desenvolvem o poder popular e o socialismo.

A vitória cubana na ONU, mesmo que não signifique que a resolução será efetivada, demonstra, mais uma vez e de forma contundente, o desgaste, o esgotamento, a excrescência da política estadunidense em relação a Cuba. É uma política que não é apoiada nem pelos aliados mais próximos dos Estados Unidos. O não voto do Brasil, por sua vez, reflete a decadente e reacionária política externa do governo Bolsonaro/Mourão, que praticou o alinhamento automático ao governo Trump e a Israel na oposição ao multilateralismo e na luta ideológica contra o socialismo, o comunismo ou mesmo alguma postura progressista ou mais favorável às demandas populares adotada por qualquer governo do planeta.

A vitória cubana é fruto, também, do movimento de solidariedade internacional a Cuba, da luta pelo direito de autodeterminação dos povos, pela soberania das nações, pela justiça social em todo o mundo. A tarefa de todos os que compartilham desses valores, de todos os que defendem os ideais socialistas e comunistas, é seguir em frente nessa luta pelo levantamento do bloqueio, isolando cada vez mais os seus inimigos.

Abaixo o bloqueio criminoso e genocida!
Toda solidariedade a Cuba!
Viva o Socialismo!

Partido Comunista Brasileiro – Comissão Política Nacional

24 de junho de 2021