Pelo fim do criminoso bloqueio a Cuba!
ADELANTE! – jornal do Partido Comunista Paraguaio
EUA e Israel isolados: 184 países votam pelo fim do bloqueio a Cuba
Por aplastante maioria dos países membros da Organização das Nações Unidas, foi aprovada, neste dia 23, a Resolução A74/I97: “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba“. Cento e oitenta e quatro países votaram pela aprovação da resolução, deixando em absoluto isolamento o governo dos EUA e o sionismo de Israel, os únicos dos países que votaram contra. Colômbia, Ucrânia e Brasil, vergonhosamente, se abstiveram de votar.
Durante as quase três horas de debate, o Chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, destacou a intensificação das medidas de bloqueio durante o último período da gestão de Donald Trump, e sua manutenção pelo atual governo de Joe Biden. “Os EUA intensificaram deliberada e oportunisticamente o bloqueio e causaram ao país prejuízos da ordem de 5 bilhões de dólares. O governo Donald Trump estabeleceu 243 medidas coercitivas unilaterais para prejudicar terceiros mercados turísticos, adotou medidas próprias de tempos de guerra para nos privar de combustível, prejudicou os serviços de saúde, aumentou o assédio às transações comerciais em outros mercados, também impediu o fluxo regular de remessas para famílias cubanas e assestou duros golpes ao setor autônomo”, disse o ministro cubano durante seu discurso na Assembleia Geral.
De igual modo, assinalou que “todas essas medidas continuam em vigor até hoje, em plena aplicação e, paradoxalmente, estão moldando a conduta do atual governo, justamente nos meses em que registramos o maior número de óbitos e infectados por COVID-19″.
O povo dos EUA contra o bloqueio
Durante seu discurso na Assembleia Geral, o Chanceler de Cuba lembrou que “o Partido Democrata dos Estados Unidos prometeu aos eleitores reverter as medidas de Trump, em particular a eliminação das restrições às viagens a Cuba, remessas e outras medidas. Está provado que uma grande maioria dos americanos apoia a suspensão do bloqueio e que os cubanos que vivem nos Estados Unidos desejam relações normais”.
O impacto do bloqueio
“Os danos humanos do bloqueio são incalculáveis, ninguém pode afirmar honestamente que não tem impacto na população. Na saúde, persiste a impossibilidade de adquirir todo tipo de material médico e remédios. Cuba tem procurado proteger a todos contra o vírus. Ativou o seu sistema de saúde gratuito e universal, mobilizou o potencial científico nacional e contou com o apoio da população, principalmente dos jovens e estudantes voluntários. Por isso pudemos desenvolver rapidamente protocolos nacionais de atendimento aos infectados e suspeitos de terem contraído a doença, criar capacidade de internação de todos os infectados, serviços de terapia intensiva e acesso gratuito a PCR ou testes de antígenos, bem como a implantação de laboratórios de biologia molecular em todo o país. Quando o bloqueio impediu a compra de ventiladores de pulmão, Cuba desenvolveu os seus. Graças a tudo isso, mantivemos um baixo número de infectados e mortos”, disse Rodríguez.
“O bloqueio é uma violação maciça, flagrante e sistemática dos Direitos Humanos de todo o povo cubano”.
Bruno Rodríguez, Ministro das Relações Exteriores de Cuba.
Uma ilha bloqueada na linha de frente contra a COVID
“É notável que uma pequena ilha bloqueada tenha desenvolvido 5 vacinas candidatas e aplicado três delas em mais de 2 milhões de cubanos, pretende vacinar 70% de sua população neste verão e o total antes do final do ano, apesar de o bloqueio impedir a sua produção em grande escala. Cuba enviou brigadas médicas a 40 países. As autoridades norte-americanas têm tentado cinicamente semear a ideia do fracasso do sistema, de que as medidas coercitivas não afetam as pessoas, mas vejamos os dados: de abril de 2019 a dezembro de 2020, o bloqueio produziu prejuízos de 9.157 milhões dólares a preços correntes, 436 milhões de dólares por mês em média. Os danos acumulados em seis décadas chegam a 147.800.000.000 de dólares. É uma guerra econômica de caráter extraterritorial contra um pequeno país, fato que nos privou de receitas essenciais durante a pandemia”, destacou o chanceler cubano.
“Não é legal nem ético para o governo de uma potência sujeitar uma pequena nação, por décadas, a uma guerra econômica incessante. É inaceitável privar todo um povo ao direito à paz e ao desenvolvimento. Não é possível, é inaceitável que o governo dos Estados Unidos ignore por 38 anos as sucessivas resoluções da Assembleia Geral da ONU. A alegação de Cuba é que nos deixem em paz, que acabe com o bloqueio, a manipulação e a discriminação e que cessem os obstáculos aos laços dos cubanos que vivem nos Estados Unidos com seus familiares em Cuba”, disse Bruno Rodríguez.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Fonte:
EEUU e Israel aislados: 184 países votaron por el fin del bloqueo a Cuba