Há apenas uma verdade histórica: aquela escrita pelos povos!

Condenamos a feroz campanha anticomunista que está em andamento por toda a Europa. Algumas organizações imperialistas, tais como a União Européia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), bem como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o Conselho da Europa e quase todos os governos europeus burgueses, lançam e encaminham uma campanha de mentiras e calúnias, cujo objetivo estratégico é contaminar os trabalhadores e a consciência popular com este flagrante anticomunismo. Visam é apagar a contribuição sem precedentes do socialismo no século XX e confirmam a permanência do sistema capitalista. Nos momentos de crise capitalista, o anticomunismo é a ponta de lança para a promoção de ofensivas mais graves contra os trabalhadores. Esta ofensiva levada à frente pela União Européia, a classe burguesa e os governos que lhes dão suporte (governos liberais e social-democratas), visa assegurar a máxima rentabilidade para o capital. Além disso, promovem anticomunismo no que diz respeito a todos os eventos históricos, distorcendo o socialismo e até mesmo as revoluções nacional-democráticas, a luta de classes e a evolução histórica. Esta campanha destina-se especialmente aos jovens para que os mesmos não possam aprender a verdade histórica e adotem a propaganda anti-socialista.

A falsificação da história – e especialmente da história da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) – tem mais uma finalidade: impedir os trabalhadores e o povo europeu de conceber a possibilidade e a necessidade de derrubar o cruel sistema capitalista, substituindo-o pelo socialismo.

Um dos objetivos centrais deste atentado ideológico e político é a distorção da história da Segunda Guerra Mundial. É uma tentativa de relacionar abertamente o socialismo e o comunismo com o fascismo sem qualquer base histórica. Prova disso é a evidência de que o nazifascismo baseia-se em uma ideologia de ódio e xenofobia, enquanto o comunismo e o socialismo baseiam-se em uma ideologia de solidariedade e justiça social. Os dois são ideologicamente distintos e opostos.

São feitos esforços especiais para distorcer os motivos que levaram à Segunda Guerra Mundial, declarando 23 de agosto o dia da Recordação Anticomunista. Trata-se de uma contínua tentativa de violar a verdade histórica através da depreciação consciente do papel indispensável da União Soviética na grande vitória anti-fascista e no desenvolvimento da Europa pós-guerra. A propaganda anti-socialista e os recentes acontecimentos na ocasião do 20° Aniversário da Queda do Muro de Berlim seguem a linha da direção reacionária de falsificação da verdade histórica.

A verdade histórica não pode ser apagada. A contribuição do socialismo para a derrota do fascismo, na luta pelos direitos do povo, na construção da confiança para o futuro e nas realizações populares nos países socialistas é incontestável. Devemos sublinhar também o impacto destas conquistas a favor da classe trabalhadora nos países capitalistas, forçando-os a fazerem concessões em relação a luta dos povos. Independente de suas deficiências e problemas, as realizações do socialismo são hoje um sonho para aqueles que vivem no sistema capitalista, tendo em vista que este não resolve e não irá resolver os problemas que afligem os povos.

Apoiaremos com toda a nossa força a luta para defender e realçar a verdade histórica e científica nas escolas, instituições e universidades. Exigimos a erradicação do anticomunismo de livros escolares e universitários. É necessário que as jovens gerações sejam ensinadas e aprendam a verdade histórica sobre a Segunda Guerra Mundial, as leis da natureza e da sociedade humana. Em particular, devem aprender a teoria da evolução de Darwin e a teoria marxista da estrutura de classe, a luta de classe e da análise do capitalismo como um sistema econômico.

O papel dos comunistas e dos partidos de trabalhadores, assim como das organizações juvenis comunistas, é vital no trabalho de massas, dando atenção principal aos estudantes e jovens trabalhadores. A este esforço podem contribuir o trabalho dos cientistas, educadores, acadêmicos e personalidades sociais. A classe trabalhadora e as camadas populares têm o direito de lutar por uma sociedade sem exploração – o socialismo.

Condenamos fortemente a perseguição e a proibição dos partidos comunistas e das organizações de juventudes comunistas. Manifestamos a nossa total solidariedade com todas as vítimas do anticomunismo. As caças às bruxas e os ataques promovidos por essa campanha torna evidente que a “democracia” da União Européia está atrelada ao capital e aos meios de multinacionais. É uma “democracia” para poucos e exploração e opressão para os muitos.

1.Partido dos Trabalhadores da Bélgica

2.Partido Comunista da Grã-Bretanha

3.Novo Partido Comunista da Grã-Bretanha

4.Partido dos Comunistas do Bulgária

5.Partido Socialista dos Trabalhadores da Croácia

6.Chipre-AKEL

7.Partido Comunista da Boêmia Morávia

8.Partido Comunista na Dinamarca

9.Partido Comunista da Dinamarca

10.Partido Comunista da Estónia

11.Partido Comunista Alemão (DKP)

12.Partido Comunista da Grécia

13.Partido dos Trabalhadores da Irlanda

14.Partido Socialista da Letônia

15.Partido Socialista da Lituânia

16.Partido Comunista de Luxemburgo

17.Partido Comunista de Malta

18.Novo Partido Comunista dos Países Baixos

19.Partido Comunista da Polônia

20.Partido Comunista Português

21.Partido Comunista da Federação da Rússia

22.Partido Comunista Operário da Rússia – Partido Comunista Revolucionário

23.Partido Comunista da Eslováquia

24.União dos Comunistas da Ucrânia

Como convidado: Pólo de Renascimento Comunista Francês

Tradução: Maria Fernanda Magalhães Scelza