Venezuela: unidade na luta dos trabalhadores!
CUTV e FNLCT se pronunciam sobre a Assembleia Nacional de Trabalhadores em Luta
Tribuna Popular – Partido Comunista da Venezuela
Uma representação da Frente Nacional de Luta da Classe Trabalhadora (FNLCT) e da Central Unitária dos Trabalhadores da Venezuela (CUTV), integrada por Pedro Eusse, Lenin Linarez, Angel Castillo, Adelmo Becerra, Arturo Morgado, Yonathan Rodríguez (Carabobo) e Freddy Santaella (Aragua), participou no sábado , dia 18 de março, da Assembleia Nacional de Trabalhadores em Luta (ANTL), realizada na sede da APUCV.
A esta atividade compareceram diversas expressões organizadas do movimento da classe trabalhadora venezuelana, com a finalidade de unir todas as lutas de trabalhadores e trabalhadoras, ativos e aposentados, dos setores público e privado, em busca de salários dignos e da restituição de direitos retirados pelo governo e pela patronal em geral, bem como visando a derrocada das políticas neoliberais que estão precarizando a vida do povo trabalhador enquanto concedem vantagens e privilégios aos grandes capitalistas e às máfias da burguesia parasitária.
Os temas centrais do debate foram: o conteúdo de uma Pauta de Reivindicações da classe trabalhadora, elementos de um Plano de Lutas Unitário e a integração de uma instância de Coordenação Nacional das Lutas, sendo precisamente os temas da unidade e da relação do movimento das e dos trabalhadores com a política, os mais candentes na discussão.
A esse respeito, a FNLCT e a CUTV, através das intervenções de Lenin Linarez, Angel Castillo e Pedro Eusse, expuseram a necessidade de construir uma ampla unidade de ação e abandonar as pretensões de enclausurar os esforços unitários em uma «unidade orgânica» que não corresponda às características plurais do movimento de trabalhadores venezuelano e não atende às prementes necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras. A unidade viável é a unidade de ação, que tem conquistado tímidos mas significativos resultados, tais como o pagamento integral dos abonos de férias e recreativos para o pessoal da educação, com as combativas mobilizações de agosto do ano passado. Também é uma unidade na diversidade: atualmente tem sido possível que dezenas de milhares de docentes da educação básica e do ensino médio se mantenham em mobilização permanente desde o dia 9 de janeiro.
A unidade de ação deve nos permitir juntar a todos e todas sem distinção alguma. Não pode ser a unidade tão somente dos que se supõem opositores, mas de toda a classe trabalhadora que luta pelo respeito à Constituição em seus artigos 89 e 91, para que se restituam os direitos destruídos pelo memorando-circular 2792 e a Instrução da ONAPRE, para que se estabeleça a indexação dos salários e pensões à cesta básica.
De igual modo, os porta-vozes da CUTV e da FNLCT fixaram posição categórica em prol da absoluta independência e autonomia do movimento dos trabalhadores e das instâncias unitárias que saem da assembleia nacional e das assembleias regionais que se realizam. Isto é fundamental: a independência e autonomia frente ao governo e ao patronato privado e público, assim como frente aos partidos políticos, em particular os partidos que estão a serviço das burguesias estrangeiras e nacionais.
Nossos pontos de vista coincidem com as posições expressas por representantes de outras organizações que se reivindicam classistas. De maneira contundente se rechaçou qualquer intenção de utilizar as necessidades dos e das trabalhadoras e este esforço unitário para favorecer os objetivos particulares de uma ou outra organização política.
São momentos em que a classe trabalhadora precisa levantar sua moral e ganhar confiança em sua própria força para se defender e passar à ofensiva em busca de seus próprios interesses. Não está mais disposta a deixar-se usar nem pelo governo nem por determinados setores da direita opositora, que também têm compromissos com as classes exploradoras. Ampla unidade de ação com independência de classe: esta é a fórmula que nos permitirá – aos trabalhadores e trabalhadoras – avançar e vencer.
Governe quem governe os direitos se defendem!
Organizemos os Comitês de Luta por Salários Dignos!
Os trabalhadores unidos jamais serão vencidos!
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)