PCB-SE em defesa dos/as trabalhadores/as da saúde!
Em defesa dos/as trabalhadores/as da Saúde e da saúde da população aracajuana
PCB de Sergipe
O Partido Comunista Brasileiro em Sergipe vem a público, por meio do seu comitê regional, repudiar com veemência a postura do Prefeito Edivaldo Nogueira (PDT), juntamente com a base do seu governo, de avançar na privatização da saúde pública na cidade de Aracaju por meio de Parceria-Público Privada (PPP) na Atenção Primária à Saúde (APS).
Ao longo dos 3 anos da maior crise sanitária que o país viveu nos últimos tempos, muitos foram os ataques que os/as trabalhadores/as e o serviço público da saúde sofreram pelas gestões em todo território nacional. Não foi só o negacionismo o grande responsável pelas altas taxas de contaminação e de mortalidade, mas, sobretudo, as políticas liberais de subfinanciamento e desmonte do serviço público e a precarização das condições de trabalho que dificultaram a resposta no enfrentamento à pandemia e fez com que a contaminação se desse de forma acelerada.
Por isso, todos que defendem medidas como a EC 95 (conhecida como a EC da morte por tirar investimentos da saúde e educação), reforma trabalhista (que deixa o trabalhador mais vulnerável às piores condições de trabalho e, por isso, mais susceptível à contaminação) e reforma da previdência (que manteve pessoas com mais de 60 anos, o principal grupo de risco, no mercado de trabalho e fora de casa) foram e são, também, responsáveis pelo elevado número de transmissão e mortalidade.
Mesmo com todas as dificuldades, foram as redes de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), compreendendo os três níveis de atenção, que deram a mais ampla contribuição para o combate da pandemia e dos agravos resultantes na população. Assim, possibilitando a queda no número de internados e casos ativos, além dos casos recuperados.
Justamente nesse momento em que ainda lidamos com casos ativos de COVID-19 e as consequências diretas da pandemia, somado com a demanda reprimida de outros agravos, a gestão de Edivaldo dá o mais duro golpe nos profissionais da atenção básica de saúde e no conjunto da população que é por ela assistida.
Além das incertezas geradas nos trabalhadores alocados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na população assistida já vinculada às equipes, as PPP contribuem para a precarização das condições de trabalho e colocam o lucro acima da saúde da população. Desse modo, as experiências com as PPP na saúde resultaram em desfalques nos cofres públicos, calotes contra funcionários e intensa precarização nas condições de atendimento aos usuários. Por isso, solicitamos a suspensão imediata do processo de PPP da Atenção Primária à Saúde, em Aracaju.
Atenção básica não é atenção mínima!
Saúde não é mercadoria!
O SUS é nosso! Ninguém tira da gente direito garantido, pois não se compra e não se vende!
Com o SUS para além do SUS!
Pelo poder popular!