PCB-RN: Nota de Esclarecimento Público

Sobre o Desligamento da Direção da UJC/RN

Dirigimo-nos ao público em geral, especialmente aos nossos amigos/as, simpatizantes e parceiros de luta.

No último domingo, dia 01.10, o Partido Comunista Brasileiro no Rio Grande do Norte comunicou o desligamento da direção da UJC no Rio Grande do Norte.

Tomamos esta medida de desligamento após a ex-direção da UJC/RN concretizar o início do processo de construção de uma nova organização política, sem vínculo com o PCB. O fato que subsidiou este acontecimento foi a realização de uma “Plenária” (que não é uma prática organizativa nossa), e que foi convocada publicamente (por meios estranhos à nossa prática) “à revelia do CR e do CC” (segundo a sua convocatória). De forma direta, trata-se de uma posição independente e de afrontamento às instâncias organizativas do PCB. Ressaltamos que a realização dessa “Plenária” (30.09) ocorreu mesmo após conhecimento da sua condição de ilegitimidade e que, ao ser realizada, se configuraria como a construção de uma nova organização política.

Este episódio protagonizado pela ex-direção da UJC/RN faz parte de uma dinâmica sistemática, que está sendo planejada e efetivada, em âmbito nacional e regional, contra o PCB. O modelo de ação implementado por integrantes desta nova organização envolve práticas variadas e que, em determinados casos, se valem de desinformação, manipulação, desonestidade e até apropriações indébitas. Mas, ainda que o horizonte de construção desta nova organização seja o mesmo, as táticas adotadas variam a depender das conjunturas estaduais. Em alguns estados, tem-se uma explicitação maior do movimento de ruptura, enquanto que, em outros, ocorre uma mistificação dessa posição. Em geral, estas variações dependem da capacidade de aderência desta nova organização e com vistas a desestabilizar as direções estaduais do PCB.

Logo que os primeiros documentos da ex-direção da UJC/RN sobre esse movimento começaram a ser publicados, a direção estadual do Partido buscou explicações acerca do teor e do posicionamento contido nestes materiais. A posição da ex-direção deste coletivo publicizada nestes diálogos foi que, mesmo apresentando críticas e discordâncias ao Partido, não se configurava como um movimento fracionista que almejava construir uma nova organização. Tal posição, contudo, ao ser confrontada com as práticas e condutas da ex-direção deste coletivo, se manifestou, cada vez mais, de forma contraditória.
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Mesmo assim, como forma de tentar resguardar a unidade partidária, a direção do PCB/RN buscou esforço para manter o diálogo, seja por meio de conversas e reuniões ou através de construção de amplos espaços de debate e reflexões (neste espaço de tempo foram realizados três ativos partidários para esse fim). A impossibilidade de manutenção deste encaminhamento se tornou mais iminente quando a direção da UJC/RN apresentou a convocatória para a realização da referida plenária e se ausentou da participação no último ativo partidário, convocado pela direção do PCB/RN.
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Informes que chegam de outros estados demonstram a replicação de condutas semelhantes à praticada pela UJC/RN. Como dito, trata-se de um movimento nacional que apresenta incidências em vários estados brasileiros. Algumas práticas reproduzidas por integrantes deste movimento representam uma afronta à história da luta revolucionária comunista, pois se valem, dentre outras coisas, de desvirtuamento de informações, de construção de narrativas mentirosas, de omissões de informações e, até mesmo, de furtos de materiais do Partido. Já ficou constatado que a direção da UJC/RN estava realizando triagens e represamentos de informações repassadas pelas direções nacional e estadual do partido, evitando que esses documentos chegassem à base da militância.

Além disso, destaca-se a apropriação de materiais do Partido (bandeiras, faixas, livros, instrumentos musicais, etc), com vistas tanto a tentar diminuir a capacidade de mobilização do PCB, como a produzir desvirtuamento histórico desta organização. Lamentamos que uma organização que se coloca no campo da esquerda inicie sua fundação realizando práticas condenadas historicamente por comunistas. Seria importante que, ao menos, a direção desta nova organização (que já se encontra definida a partir da sua plenária) explicitasse que se trata, de fato, de uma nova organização, sem ter, portanto, ligações com o PCB e com os seus Coletivos. Entretanto, o que tem se verificado em outros estados é que, mesmo criando seu próprio canal de comunicação (que é caso aqui no RN), a nova organização busca se passar pelo nosso Partido e nossos Coletivos.
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Faremos a luta política em defesa do nosso Partido e dos nossos Coletivos e, caso se torne necessário, também a luta jurídica. De imediato, aprofundaremos o diálogo com nossos parceiros de luta para esclarecê-los de toda a situação, de modo que não sejam confundidos pela nova organização.
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Também iremos operacionalizar a reorganização da UJC no RN. Nesse sentido, pedimos às/aos militantes desse nosso Coletivo que não aderiram à nova organização, mas também aquelas pessoas que tem vontade de contribuir com o momento e organizarem-se na nossa juventude comunista, que entrem em contato conosco. Uma vez que não podemos contar com o nosso Instagram da UJC (pois está na posse indevida da ex-direção deste Coletivo), pedimos que entrem em contato por mensagens via DM do Instagram do PCB/RN (@pcbrn), ou pelo nosso email (pcb.rn@protonmail.com).

O PCB vive e viverá!
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O fracionismo não prosperará!
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Em defesa do Partido Comunista Brasileiro!
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Viva o Partidão!
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Fomos, somos e seremos comunistas!
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Comitê Regional do PCB/RN
(01.10.2023)