Novo Holocausto em Gaza

Imagem: Prensa Latina

Nota Política do Partido Comunista Brasileiro (PCB)

O governo de Israel está anunciando, para os próximos dias, um ataque à Região de Rafah, em Gaza, onde mais de 1,5 milhão de palestinos refugiados estão sitiados, o que representa o aumento da carnificina que já matou mais de 30 mil palestinos, a grande maioria mulheres, idosos e crianças. A decisão de atacar Rafah é um ato abominável, marca a continuação do gernocídio contra a população palestina e revela a crueldade sistêmica da escalada de violações aos direitos humanos – com descumprimento inclusive das convenções de guerra – que Israel vem promovendo contra a população da Faixa de Gaza. Apesar das advertências da ONU e até mesmo de aliados históricos como os EUA e a França, o governo sionista e neofascista de Netanyahu articula mais um atentado genocida contra a população cicil palestina, visando a limpeza étnica, o objetivo principal dos sionistas.

Neste 18 de fevereiro, o presidente Lula, em pronunciamento na Conferência da União Africana na Etiópia, comparou o genocídio vivido pelo povo palestino em Gaza, ao trágico Holocausto sofrido pelos Judeus e promovido por Adolf Hitler, uma das maiores aberrações da história da humanidade. O pronunciamento de Lula está correto nessa comparação, pois o que ocorre na Palestina é uma carnificina e uma limpeza étnica. Lamentavelmente, Israel reproduz diversos crimes genocidas que no passado vitimaram o próprio povo judeu. Uma triste história na qual a opressão do passado é convertida em seu contrário, por uma agenda da extrema-direita sionista, promovida pelo Governo Netanyahu e seus aliados, com apoio de muitas organizações sionistas em todo o mundo, inclusive no Brasil, cujas ações procuram dificultar a ajuda humanitária à população palestina, atacando os órgãos da ONU.

Essas mesmas organizações possuem laços com a direita fascista brasileira que há um ano orquestraram uma tentativa de golpe de estado e perseguem aqueles que vêm denunciando o genocídio sofrido pelo população de Gaza e o colonialismo que há mais de 75 anos oprime o povo palestino, negando-lhe o direito à vida e a um Estado soberano.

É fundamental que um chefe de Estado, em especial de um país com a importância do Brasil, venha denunciar e criticar essa situação devastadora que a população palestina está sofrendo, mas entendemos que, mais do que comparar o genocídio palestino ao holocausto judeu promovido por Hitler, o governo brasileiro deveria manter coerência com suas críticas e cortar as relações diplomáticas, suspendendo todos os acordos institucionais firmados entre Brasil e Israel, como forma de aumentar a pressão internacional para que cesse essa carnificina promovida contra a população em Gaza.

É importante também que todos(as) aqueles(as) entusiasmados(as) com o pronunciamento de Lula compreendam que, mais do que palavras, são necessárias atitudes institucionais que reforcem o boicote internacional ao Estado terrorista de Israel e seu governo. Por estas razões o PCB e seus coletivos continuam defendendo a ruptura diplomática e de todos os acordos do Brasil com Israel.

Ademais é necessário entender que, nesse contexto de acirramentos, sem sombra de dúvidas, a unidade de ação entre as entidades sionistas no Brasil e os neofascistas que tramaram o golpe em janeiro de 2023 estará ainda mais evidente na tentativa de constranger e combater todos(as) aqueles(as) que neste momento lutam contra o massacre do povo palestino e denunciam os crimes do governo de Israel.

Assim, é fundamental que se fortaleçam as ações dos Comitês de Solidariedade à Palestina em todo o Brasil, construindo ações unitárias e as mais amplas possíveis, em torno da defesa do fim do genocídio e da libertação da Palestina, do rio ao mar.

FORA NETANYAHU E SEU GOVERNO SIONISTA!
PELO FIM DO MASSACRE DA POPULAÇÃO PALESTINA!

Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro – PCB