Nota de Repúdio à Violência na Uerj!

UJC do Rio de Janeiro
Comitê Regional do PCB RJ

Na última quinta-feira, dia 19 de setembro de 2024, um pedido de reintegração de posse, solicitado pela reitoria de Gulnar Azevedo e Bruno Deusdará, foi executado através da liminar concedida pela justiça burguesa e que começou a valer a partir das 13h. Após parte dos estudantes terem desocupado a UERJ, seguranças patrimoniais, seguranças terceirizados e seguranças terceirizados não uniformizados da empresa Conquista e contratados por fora, protagonizaram imagens de terror com repressões e agressões a estudantes da universidade, tendo também ajuda da Polícia Militar do lado de fora do prédio do Campus Maracanã.

Em represália aos que ainda permaneciam na Ocupação da UERJ, a reitoria fechou as entradas ao campus da universidade, para que os estudantes ficassem sem o acesso a mantimentos e medicamentos, após terem tido cortados a água e o gás, além do fechamento do bandejão.

No dia seguinte, 20 de setembro, novas cenas de terror ocorreram na UERJ através do uso da força policial do Batalhão de Choque, onde estudantes foram reprimidos com violência, bombas, gás de pimenta e gás lacrimogêneo, havendo a condução até a delegacia de três estudantes e do deputado Glauber Braga, que procurava fazer uma mediação entre os estudantes e a reitoria.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a União da Juventude Comunista (UJC) repudiam a ação truculenta do aparato de segurança pública, que é reflexo das violências já vividas todos os dias pela população mais vulnerável do nosso país e do Estado do Rio de Janeiro.

O Governo Cláudio Castro prioriza o orçamento do Estado para efetuar chacinas nas favelas e executar a população preta e pobre, ao invés de priorizar a educação que, assim como em outros setores públicos básicos de atendimento à população, sofre com o Regime de Recuperação Fiscal. Essa população que vivencia a violência do Estado em seus locais de moradia, também é a população afetada pelo corte nos auxílios da UERJ. Sabemos como é difícil passar pelo filtro social que é o vestibular, quando todo acesso é negado pelo aprofundamento das desigualdades impostas pelo capitalismo.

É fundamental não só entrar na universidade, mas garantir que os estudantes consigam permanecer, produzir ciência para a população e se formar. A luta por assistência estudantil é justa e a tática de criminalização racista da atual reitoria da UERJ deve ser veementemente repudiada.

_PELO FIM DO REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL!_
_PELA REVOGAÇÃO DAS AEDAS DA FOME!_
_PELO FIM DA POLICIA MILITAR!_
_FORA CLÁUDIO CASTRO!_