Grécia: Informação sobre a greve de Sexta-Feira, 05 de Março
A mobilização imediata das forças classistas foi uma forte resposta ao anúncio das novas medidas reacionárias que impuseram cortes severos e atacam os rendimentos da população.
As forças classistas revelaram o esforço coordenado pelo governo social democrata junto com os liberais do ND, os nacionalistas do LAOS, os oportunistas do SYN/ SYRIZA, os líderes do GSEE e ADEDY que procuram ocultar o fato de que as novas medidas constituem um resultado da estratégia do capital, que eles permanentes e afetam todos os trabalhadores.
Dez milhões de manifestantes lotaram o centro de Atenas e mais dez outras cidades protestando os cortes nos salários e pensões, os 30% nos cortes dos bônus de Natal-Páscoa e nos subsídios de férias, o drástico aumento de taxas em todas as categorias de produtos e serviços e, especialmente, em produtos de consumo público.
Desde o anúncio dessas medidas as federações de classe e os sindicatos filiados a PAME chamaram para uma greve na sexta-feira, dia 05 de Março. Ao mesmo tempo, sob pressão da resposta imediata da PAME que chamou para uma greve de 24 horas, os líderes comprometidos da GSEE e ADEDY chamaram paralisações de trabalhos de 3 horas e 4 horas. Dessa maneira eles provaram, na prática, que eles buscam a extinção do espírito militante do povo trabalhador. Nós deveríamos mencionar, somente, que o líder amarelo da ADEDY havia, inicialmente, chamado para uma greve no dia 16 de Março, mesmo o voto das medidas antipopulares tendo sido na sexta-feira, 05 de Março.
A chamada da PAME para uma greve de 24 horas teve um grande impacto. As federações de classe, os Centros de Trabalho e os sindicatos primários desempenharam um papel importante na organização da greve. É notável que o líder dos sindicatos do empregados nos transportes públicos de Atenas, que tradicionalmente segue a linha e a forma de luta da GSEE e ADEDY, foi forçado a chamar uma greve de 24 horas que paralisou o transporte público na capital. O mesmo aconteceu com alguns sindicatos primários que não fazem parte da PAME. O sindicalismo amarelo foi, novamente, isolado. Em momentos críticos a massa de trabalhadores acredita na PAME para organização da luta..
Desde sexta-feira, no amanhecer, as forças organizaram piquetes nos guetos e locais de trabalho possibilitando, aos trabalhadores, a adesão da greve, desafiando a intimidação dos empregadores e participando, ativamente, na greve.
O governo social democrata, apoiado pelo partido de extrema direita LAOS, comunicou as medidas enquanto dez milhões de grevistas dos palanques da PAME circundavam o prédio do Parlamento.
O grupo parlamentar do KKE abandonou o procedimento de discussão no parlamento por considerar que nenhum lugar para discutir tais contas hostis para a classe trabalhadora.
O Secretário Geral do KKE, Aleka Papariga, saudou a greve e explicou a postura do KKE sublinhando que: “Exatamente agora não vale a pena discutir um projeto de lei que está claramente em detrimento dos interesses dos trabalhadores e constitui o prelúdio de novas medidas. (…) Nessa fase, tudo discutido no parlamento é trágico para o povo trabalhador e, por isso, lutamos antes que o projeto em discussão seja definido. Quando discutido no parlamento há uma maioria que votará por isso. (…) Deste modo, hoje não é suficiente votar ‘não” para um projeto de lei, porque isso pode ser relativamente fácil e acontecer quando o descontentamento das pessoas aumenta, sendo fácil manipulá-las. O que importa é o que o “sim” significa, o que você procura e como você afirma isso. Isso é o que, atualmente, importa. (…) Há um slogan que estará sempre válido: Pessoas, trabalhadores, empregadores, classe proletária, eles devem sempre carregar o caso em suas mãos; seja agora como oposição, ou amanhã com a classe no poder”.
Outra resposta militante será dada imediatamente, na segunda-feira, através da organização da massa organizada pela PAME e a Federação Grega de Mulheres para o Dia Internacional da Mulher. Depois do recente desenvolvimento dessas manifestações, elas atingiram um novo patamar. Ao mesmo tempo a PAME organiza uma nova greve nacional para quinta-feira, 11 de Março (tradução do próprio texto).
Traduzido por Mariângela Marques.