Documento Conjunto dos Partidos Comunistas e de Trabalhadores dos Países da União Européia

A estratégia da UE para sair da crise é baseada na imposição de mudanças no sistema de seguridade social, no aumento da idade de aposentadoria e no drástico corte de salários, pensões e benefícios sociais num todo. Esse ataque carrega a estampa das forças liberais e sociais democratas que sustentaram a estratégia do capital em cooperação com a União Européia.

O déficit público e a supervisão das economias em alguns Estados Membros incluindo Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e outros países são usados para intimidar, ideologicamente, o povo trabalhador da Europa.

As companhias transnacionais e os bancos tiveram lucros imensos através da exploração dos trabalhadores e dos subsídios do Estado, ambos antes e durante a crise. Agora eles competem pela partilha do novo empréstimo. Novamente eles jogam a culpa nos trabalhadores, os pobres e as famílias dos pequenos camponeses e nos trabalhadores autônomos através da persuasão e da intimidação.

O espírito de resistência é intensificado entre os trabalhadores europeus que não estão prontos para compartilharem o custo da crise a qual eles não devem suportar pois não são os culpados. Na Grécia, Portugal e outros países, trabalhadores e pequenos e médios agricultores estão protaganizando demonstrações públicas e indo às greves contra as medidas austeras tomadas. Os Partidos Comunistas e de Trabalhadores signatários estão desempenhando um papel protagonista neste movimento, estando na linha de frente da luta de classes.

Os Partidos Comunistas e de Trabalhadores chamam a classe trabalhadora e os povos de cada país a organizarem seus contra-ataques e condenarem os partidos que apóiam a ofensiva anti-popular da UE; para reforçar as fileiras do movimento operário; rejeitarem as alianças que promovem políticas anti-populares e darem uma forte resposta à agressão contra a população exigindo, ao invés disso: emprego pleno e estável com todos os direitos garantidos para todos, aumento substancial de salários, abolição das leis que vão contra o bem estar e o trabalho, redução na idade para aposentadoria e, principalmente, educação, saúde e segurança gratuitas. Trabalhadores podem viver melhor sem os capitalistas; eles produzem o bem estar e, por isso, devem aproveitar isso.

Os Partidos

1. Partido dos Trabalhadores da Bélgica

2. Partido Comunista Britânico

3. Novo Partido Comunista da Inglaterra

4. Partido Comunista da Bulgária

5. Partido dos Comunistas Búlgaros

6. AKEL, Chipre

7. Partido Comunista na Dinamarca

8. Partido Comunista da Estônia

9. Partido Comunista da Finlândia

10. Partido Comunista da Grécia

11. Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros

12. Partido Comunista da Irlanda

13. Partido dos Trabalhadores da Irlanda

14. Partido dos Italianos Comunistas

15. Partido Socialista da Letônia

16. Partido Socialista da Lituânia

17. Partido Comunista de Luxemburgo

18. Partido Comunista de Malta

19. Novo Partido Comunista da Holanda

20. Partido Comunista da Polônia

21. Partido Comunista da Romênia

22. Partido Comunista da Eslováquia

23. Partido Comunista dos Povos da Espanha

24. Partido Comunista da Suécia

Como a Noruega é um membro associado da UE, o Partido Comunista da Noruega também assina o documento.

Outros Partidos

Polo de Renascimento Comunista da França