Hermann Baeta:
Até hoje acompanho, dentro do possível, a trajetória do partido (PCB), embora minhas atividades profissionais e políticas institucionais me impeçam de dar uma contribuição efetiva.
“Quando cheguei em Maceió, conheci Jaime Miranda, Renalvo Siqueira e Dirceu Lindoso que faziam parte do PCB. Através do contato pessoal com eles e da leitura do jornal “Voz do Povo” me identifiquei com os ideais e resolvi ingressar no partido.
Nessa época já tinha lido o livro “Anti-During”, de Frederic Engels. Livro este que foi decisivo para meu ingresso, pois a crítica do autor à sociedade em que vivia me estimulou muito.
O jornal “Voz do Povo”, editado semanalmente pelo PCB, inspirava a minha ação entre os estudantes à época e a amizade com as pessoas citadas também contribuiu muito para meu ingresso.
Havia na época dois jornais de grande circulação de mensagens comunistas: o que se dizia nacionalista, intitulado “Semanário”, e o outro denominado “Novos Rumos”, que era o órgão oficial do partido. Esses dois periódicos de divulgação diária também contribuíram para minha nova posição.
Aliei-me aos estudantes de esquerda de Maceió e assimilei os ideais marxistas/leninistas.
Durante minha estada no partido, participei de reuniões e conferências com líderes mais destacados, o que me ajudava a interpretar os fatos sociais que ocorriam na capital de Alagoas e no resto do país.
De forma que até hoje acompanho, dentro do possível, a trajetória do partido, embora minhas atividades profissionais e políticas institucionais me impeçam de dar uma contribuição efetiva.
Hermann Baeta (advogado)