Toda solidariedade à Cuba Socialista
Em que pesem todas as nossas divergências, não podemos deixar de registrar que o Presidente Lula – que se encontrava em Havana no dia da morte do preso comum – não se rendeu à intensa pressão do imperialismo, que lhe cobrava a condenação de Cuba.
Todos sabem que em Cuba não há tortura nem desaparecimentos políticos e a participação popular, através da democracia direta, é um dos instrumentos que tem garantido o regime socialista, mesmo depois da queda da URSS e dos países do Leste Europeu e da intensificação da propaganda anticomunista em todo o continente.
No entanto, essa campanha visa não apenas atingir Cuba, mas também, todos os processos de mudanças que estão ocorrendo na América Latina, especialmente na Venezuela e na Bolívia. Eles temem que o exemplo cubano se espalhe pelo continente e desviam a atenção da opinião pública do fato de que a crise econômica capitalista jogou centenas de milhares de trabalhadores, em todo o mundo, no desemprego e na miséria.
Os meios de comunicação que hoje atacam Cuba são os mesmos que silenciam diante das atrocidades (torturas e assassinatos) cometidas pelos Estados Unidos contra supostos “terroristas”, em bases e prisões espalhadas pelo mundo. A manipulação é tão cínica que a mais cruel e conhecida dessas prisões fica justamente em Guantánamo, parte do território cubano ocupada pelos EUA antes da revolução socialista e nunca devolvida. São os mesmos meios de comunicação que calam diante do genocídio do povo palestino e do massacre da população do Iraque e do Afeganistão.
Na verdade, o que desperta o ódio desses meios de comunicação a serviço do capital é o fato de que, apesar do desumano bloqueio de mais de 50 anos, o que por si só é uma terrível violação dos direitos de um povo, Cuba resiste bravamente ao imperialismo e se transformou num exemplo de dignidade para todos os povos do mundo.
Muitos não sabem que estes pretensos dissidentes possuem ligações com organizações de cubanos exilados em Miami desde 1959 e são financiados pela CIA, pela USAID e outras organizações imperialistas.
Este não é o primeiro e, provavelmente, não será o último ato de uma peça teatral que se arrasta há mais de 50 anos, operada pelos meios de comunicação contra a dignidade de um povo que soube suportar tentativas de invasões militares, embargos criminosos, boicotes e pressões políticas de todas as formas, e permanece dando ao mundo um exemplo de firmeza ideológica e convicção do seu papel histórico para o proletariado mundial.
O Partido Comunista Brasileiro, coerente com sua política internacionalista, manifesta sua irrestrita solidariedade ao povo, ao governo e ao Partido Comunista de Cuba e reafirma sua decisão de lutar, no Brasil, por uma pátria socialista.
Rio de Janeiro, março de 2009
Comissão Política Nacional
Partido Comunista Brasileiro (PCB)