Barricadas bloqueiam ruas no Chile em dia de protesto estudantil
Santiago do Chile, (Prensa Latina) Diversos setores de Santiago e Valparaíso amanheceram nesta quarta (26) loqueados por barricadas, começando um dia de manifestações a favor de uma reforma educacional e a poucos dias das eleições primárias.
Grupos de jovens “encapuchados” (com o rosto coberto) montaram fogueiras e penduraram faixas e cartazes com a reivindicação de educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
Forças especiais da Polícia de Carabineros lançaram gás lacrimogêneo e água contra os manifestantes, que responderam com pedras, paus e outros objetos.
Nesta capital, a Unidade Operativa do Controle do Trânsito reportou barricadas em cerca de dez cruzamentos, obstruindo o tráfico de veículos.
O presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Andrés Fielbaum, declarou ao canal público 24 Horas que o amanhecer de barricadas “responde a um descontentamento muito profundo em muitos setores da sociedade”.
Para hoje está convocada uma jornada nacional de mobilização, com marchas e concentrações em várias cidades do país, para pedir uma reforma educacional que permita o acesso ao ensino para todos os cidadãos de maneira gratuita.
As manifestações estão convocadas pelas principais organizações estudantis, e receberam o apoio de sindicatos como o Colégio de Professores, a Central de Trabalhadores do Cobre e os operários portuários, entre outros grupos.
A jornada de protestos acontece faltando quatro dias para as eleições primárias, nas quais um pacto de partidos opositores e a aliança governamental elegerão seus candidatos presidenciais para as eleições gerais de novembro.
Ao redor de trinta colégios previstos pelas autoridades como centros de votação para as eleições de domingo permanecem ocupados por estudantes.
O presidente Sebastián Piñera advertiu que, se os jovens não desistirem da ocupação dos colégios, serão desalojados.