Ante as ações genocidas de Israel, a ONU nada faz. A ONU não serve para nada

As Nações Desunidas, debilmente agrupadas na ONU, são burladas cada vez que se comete um crime de lesa humanidade por parte dos países que se creem os donos mundo, mesmo quando tantas humilhações são dirigidas à dignidade humana; a ONU ri descaradamente do mundo inteiro, dos direitos humanos, e todas as disposições do direito internacional.

O governo israelense tem um comportamento de Estado Pária ao cometer um crime hediondo contra a humanidade, contra uma flotilha de ajuda humanitária ao povo de Gaza.

A Organização das Nações Unidas, como de costume, adota uma atitude passiva e provavelmente vai acabar com uma simples declaração por escrito de repúdio, com o voto contra de alguns membros imperialistas, e a abstenção de outros lacaios do império, como com aconteceu com os casos de ocupação militar, invasão e bombardeio dos territórios palestinos ocupados ilegalmente por Israel. Mesma atitude que sempre levou a ONU em muitos outros casos de violação flagrante do direito internacional, como no ataque criminoso por parte do Governo da Colômbia no território do Equador, ou a quebra do fio constitucional em Honduras, ou ante do golpe de Estado em abril de 2002 contra o presidente Chávez.

Não se entende então para que existe um corpo tão enorme que consome diariamente um enorme e bilionário orçamento diário, com tantas sedes e missões, com dezenas de milhares de funcionários em todos os países, e que até agora nada fez contra os crimes horrendos cometidos por alguns PAÍSES PÁRIAS que aplicam uma política repetitiva e indiscriminada de terrorismo de Estado, que agem como donos do mundo com o olhar complacente da alegada Nações Unidas, não tomando qualquer ação real.

Nesta análise da realidade, é imperativo que o chamado Grupo dos 77 – que hoje junta mais de 130 países ao redor do mundo, que também representa 68% do total de 192 membros que integram a ONU, sendo eles próprios a maioria absoluta no corpo (mais de dois terços) – exija a intervenção imediata da ONU sobre o envio de tropas para deter o genocídio diário do povo palestino pelo exército israelense.

E por não agir imediatamente, materializando essas ações por parte da ONU, se esse grupo de agora 130, o então conhecido G77, criado para sustentar e apoiar-se mutuamente nas deliberações das Nações Unidas, se mantém com algum mínimo de decência , deve renunciar em bloco dessa agência internacional cúmplices de tantos crimes contra a humanidade, uma agência que foi violada inúmeras vezes, como as convenções do direito internacional e as declarações sobre Direitos Humanos.

Parafraseando o escritor uruguaio Mario Benedetti… “e na rua lado, somos mais de dois …’’, somos 130 países que estão lado a lado muito mais do que o resto dos 62. Os 130 estão muito mais unidos do que todas as Nações Unidas, como um todo, então porque não fazer uma renúncia em bloco da Organização das Nações, indignados com a dominação imperialista de poucos, retirando todo o apoio e financiamento, e proceder à criação de uma nova Organização Mundial, um Conselho Mundial dos Povos, com base na plena realização da democracia por todos os seus membros de forma igual e justa, e com respeito absoluto pela autodeterminação e soberania dos povos.

(*) Secretário do Departamento de Política Internacional do Partido Comunista da Venezuela (PCV)