EM CURITIBA, OCUPAÇÃO COMPROMETE VEREADORES A APROVAR LEI DO PASSE LIVRE PARA ESTUDANTES, DESEMPREGADOS
(Comitê Regional do Paraná)
Após 24 horas de ocupação da Câmara dos Vereadores de Curitiba, a FRENTE DE LUTA PELO TRANSPORTE deixou o prédio e arrancou dos vereadores o compromisso destes de colocar em votação em regime de urgência o projeto de lei do passe livre para estudantes, desempregados.
Na última terça feira, após uma audiência da CPI DO TRANSPORTE COLETIVO, A FRENTE DE LUTA PELO TRANSPORTE decidiu ocupar a Câmara do Vereadores com o objetivo de forçar a casa a votar o projeto de lei do passe livre e também conseguir uma reunião com o prefeito Gustavo Fruet que vem se omitindo frente aos escândalos divulgados pelo relatório do TCE/PR e da própria CPI TRANSPORTE COLETIVO.
Formação de cartel, direcionamento da licitação, preço da tarifa abusivo (segundo o TCE/PR deveria ser 2,25; hoje é cobrado 2,70) são algumas das 40 irregularidades divulgadas pelo relatório do TCE/PR.
O prefeito Gustavo Fruet, que teve como uma de suas promessas na campanha eleitoral a abertura da caixa preta da URBS e inclusive em seu discurso de posse fez questão de lembrar mais uma vez seu compromisso com essa causa, hoje se omite diante de tantos escândalos divulgados pelo relatório do TCE e pela CPI do Transporte.
Não sabemos se a omissão de Fruet é causada por ignorância, ou seja, por ignorar o clamor das ruas e as denúncias de irregularidades, se por conivência com os fatos, ou por sua covardia, pois ele sabe e teme que ao se opor aos interesses dos empresários do transporte ganhará um inimigo político grande e poderoso.
Não sabemos se por ignorância, conivência ou covardia, o fato é que na qualidade de chefe do executivo, Gustavo Fruet, deveria primar pelo interesse público.
Ao se omitir e não enfrentar o cartel que se apoderou do sistema de transporte publico de Curitiba e região, Fruet se torna conivente com a manutenção do atual sistema e por consequência assume os interesses dos empresários em oposição ao interesse popular.
A contradição que move este problema do transporte público em Curitiba é o antagonismo de interesses que estão em jogo.
De um lado o interesse popular, representado pelos trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, desempregados, movimentos sociais, e demais usuários do transporte coletivo.
E do outro lado, o interesse dos empresários do transporte coletivo, que há décadas são um dos principais grupos econômicos e políticos da cidade que ano após ano financiam a campanha de políticos em troca de privilégios econômicos e proteção política.
Por enquanto, a vitória ainda é parcial, pois o movimento precisa vigiar pelo cumprimento do acordo com os vereadores e continuar a luta até a conquista de todas as reivindicações.
Não há conciliação de interesses possível
Exigimos do Prefeito Gustavo Fruet
CANCELAMENTO IMEDIATO DO CONTRATO DA PREFEITURA COM AS EMPRESAS DE TRANSPORTE
REDUÇÃO IMEDIATA DA TARIFA PARA R$ 2,25 CONFORME SUGESTÃO DO TCE/PR
MUNICIPALIZAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO
CRIMINALIZAÇÃO E PUNICIÇÃO EXEMPLAR PELSO RESPONSÁVEIS PELO CARTEL DO TRANSPORTE
RESSARCIMENTO AOS COFRES PÚBLICOS DOS VALORES COBRADOS IRREGULARMENTE DOS USUÁRIOS
PASSE LIVRE PARA ESTUDANTES E DESEMPREGADOS