Começou a represssão aberta contra a esquerda ucraniana

por Sergueï Kiritchouk [*]

. Pouco se fala, mas entre os ucranianos que se opõem a Kiev e ao movimento do Maidan há, ao lado das populações pró russas do Leste do país, muitos militantes de esquerda originários de todas as regiões. Os socialistas ucranianos denunciam os todo-poderosos oligarcas que Kiev recentemente nomeou governadores e testemunham as perseguições organizadas contra eles. Em Odessa, os activistas de esquerda estavam igualmente presentes nos movimentos de protesto anti-Maidan, cujos membros foram vítimas do incêndio assassino de 2 de Maio. A revista on line Svobodnaïa Pressa entrevistou Serguei Kiritchouk, líder do movimento socialista ucraniano Borotba , sobre a situação na Ucrânia de hoje.

Svobodnaïa Pressa: Neste Inverno, as cadeias de TV do mundo inteiro mostraram os milhares de participantes nas manifestações de Kiev. Era muito inspirador. Por que Borotba não aderiu ao movimento de protesto naquele momento?

Sergueï Kiritchouk: Desde o princípio não tivemos qualquer ilusão sobre o carácter político deste movimento. Ainda que milhares de pessoas tenham descido à rua, Borotba nunca esqueceu que as manifestações massa também podem reunir-se sob bandeiras reaccionárias. Já explicámos amplamente naquela altura, nomeadamente aos camaradas europeus, que os neonazis constituíam uma parte importante deste movimento. Muitas pessoas diziam que não se tratava de um problema muito grave, porque os nazis não eram tão numerosos, que constituíam apenas uma minoria. Mas era uma minoria activa e organizada. Uma minoria que impôs sua ordem do dia ao conjunto do movimento.

E aqueles militantes de esquerda que tentaram participar neste movimento sofreram imediatamente, desde o primeiro dia, ataques e agressões no Maidan. Quando os membros da organização trotsquista Oposição de esquerda desceram à rua com exigências sociais (não socialistas, sociais), eles foram imediatamente atacados. Foram insultados, acusados de serem pelo Gulag, pelo totalitarismo, etc.

O Maidan, enquanto movimento, nunca formulou exigências sociais. Ele jamais reclamou a redistribuição das riquezas nacionais em proveito da classe média e das camadas mais pobres.

Alguns dos nossos camaradas tentaram entretanto participar no Maidan. Os irmãos Levine, por exemplo, foram a uma rua vizinha da praça Maidan, a rua Krechtchatik, para distribuir panfletos sindicais e apelar ao desenvolvimento da classe trabalhadora. Sem ostentar a menor bandeira vermelha nem a sombra de uma tentativa de propaganda socialista. No fim, Anatoly Levine teve o quadril partido e Denis foi aspergido com gás. O que para nós fez com que a natureza deste movimento ficasse clara desde o princípio.

Svobodnaïa Pressa: Diga-me, qual é a tua língua materna? Tu és originário de qual parte do país, oriental ou ocidental?

S.K.: Toda a gente sabe: venho do Oeste do país, meus pais são de Volhynie, minha língua materna é o ucraniano. E posso dizer com certeza que numerosos ucranianos, mesmo no Ocidente do país, simpatizam com o combate do Sudeste. No Oeste também há muitos descontentes com o regime de Kiev, mas ali reina uma tal atmosfera de terror que as pessoas simplesmente têm medo de exprimir sua opinião, elas se calam. Ao mesmo tempo, olham com esperança o que se passa no Sudeste, este combate. E no Sudeste, os cidadãos de língua ucraniana também têm participado no movimento de protesto. Seria perfeitamente errado reduzir o movimento a um factor étnico, cultural ou nacional.

S.P.: E o que pensas do antigo presidente Ianoukovitch? É vosso aliado?

S.K.: Toda a gente sabe que éramos extremamente críticos em relação a Ianoukovitch e que sempre combatemos o seu regime. Mas evidentemente nós o combatíamos a partir de posições totalmente diferentes daquelas que hoje formula o Maidan. Éramos por uma viragem socialista na Ucrânia, contra o regime monstruoso da oligarquia que Ianoukovitch havia construído.

Há que recordar também que Ianoukovitch era um político muito pró ocidental. Ele tentava agradar ao ocidente em tudo. Seu único “erro”, do ponto de vista do ocidente, foi pedir um adiamento de seis meses para a assinatura da zona de livre intercâmbio com a UE. E foi imediatamente depois disso que começou o movimento de protesto conhecido com o nome de Maidan.

S.P.: O que se passa com o poder actual em Kiev? Por que não tenta estabelecer diálogo com eles?

S.K.: Acontece que o governo auto-proclamado não está absolutamente nada pronto para o diálogo. O único argumento que eles utilizam é a força das armas. E hoje pode-se ver que o movimento no Sudeste repetiu o caminho do Maidan do começo ao fim. Ele começou, à partida, por pequenas manifestações, depois estas manifestações cresceram, tornaram-se maciças. Mas o poder permaneceu surdo às exigências do Sudeste. No entanto estas exigências eram simples e compreensíveis para qualquer uma. Tratava-se de uma grande autonomia para a região, do reconhecimento dos seus direitos sociais, línguísticos, culturais. Tratava-se da retirada da oligarquia do poder. Mas Kiev nomeou os homens mais ricos do país como governadores das regiões do Sudeste. Então as pessoas do Sudeste, exactamente do mesmo modo como no Maidan, começaram a ocupar edifícios administrativos para exprimir o seu protesto. E quando se começou a lançar contra eles os batalhões das forças especiais, eles entraram pouco a pouco na clandestinidade – e foi precisamente assim que começou esta guerra de guerrilhas.

S.P.: Qual deve ser a reacção da Europa democrática, da sociedade civil, dos partidos democráticos face ao que se passa na Ucrânia?

SK: Eu disse há dois dias no Bundestag que deviam fazer pressão sobre seus governos para levar Kiev à razão. É preciso por fim a este terror sanguinário, a esta “operação anti-terrorista”. Porque eles estão muito simplesmente em vias de atirar sobre pessoas sem armas. Nossos colegas ocidentais dos partidos de esquerda não podem fazer pressão sobre os media mas, pelo menos, estão em condições de informar a sociedade sobre o que na realidade se passa hoje na Ucrânia, de fornecer uma análise independente dos acontecimentos e de exigir o respeito dos direitos e liberdades humanas elementares na Ucrânia.

S.P.: A maioria dos media ocidentais descrevem os protestos no Sudeste do país como um movimento inspirado e apoiado pela Rússia. Em que medida isto corresponde à realidade?

S.K.: Esta histeria raivosa evidentemente não corresponde à realidade. As pessoas aqui, no Sudeste, levantam-se pelos seus direitos sociais e económicos. Há uma componente anti-oligárquica, anti-capitalista muito forte nestes protestos. Todas as actividades de oposição, todos os protestos são descritos pelos media de Kiev como devendo-se a agentes de Putin. Se fossemos acreditar nisso, absolutamente todo o mundo é um agente de Putin. Se tu criticas o poder de Kiev, tu és um agente de Putin. Se tu participas em manifestações de massa pelos direitos sócio-económicos, tu és um agente de Putin. Se um político qualquer no parlamento europeu ou num dos parlamentos nacionais da Europa se permite observações críticas contra o novo poder de Kiev, ele é imediatamente acusado de ser um agente de Putin. Além disso, mesmo se neo-nazis, em Kiev, fazem um assalto armado ou atacam civis, eles são também designados como sendo agentes de Putin, procurando criar imagens negativas para a televisão russa. Assim, seja o que for que possa acontecer de negativo ou de aborrecido para o governo de Kiev, são sempre os “agentes de Putin” os culpados. Porque para Kiev, Putin controla absolutamente tudo e todos – e na Ucrânia, na Europa, por toda a parte.

S.P.: Há um financiamento proveniente de Moscovo?

S.K.: Não. O movimento no Sudeste, em termos de equipamento, de apoio técnico e financeiro, é incomparável a Maidan. Victoria Nuland disse que os EUA haviam consagrado 5 mil milhões de dólares à promoção da democracia na Ucrânia. Mas no Leste da Ucrânia, é visível que o movimento de protesto não dispõe de apoio financeiro. Pelos menos nas cidades onde temos estado activos – em Kharkov e Odessa – não vi nenhum financiamento da parte da Rússia ou da administração de Putin.

S.P.: Muitas vezes vos qualificam de separatistas ou de “activistas pró russos”. O que pensa da ideia de uma reagregação das regiões do Sudeste do país à Rússia?

S.K.: O movimento Borotba sempre se pronunciou pela integridade territorial da Ucrânia. Mas por uma integridade territorial implicando o respeito dos direitos do povo do Sudeste. Falamos de autonomia orçamental, social, cultural. Mas infelizmente o poder de Kiev faz tudo para dividir o país. Eles tomam permanentemente decisões escandalosas e acusam todos os que não estão de acordo com eles de serem separatistas. Para nós, o verdadeiro separatista é o governo de Kiev. Ele desencadeou uma luta contra o povo.

Sempre sem reconhecer a ideia da federalização do país, os oligarcas, por exemplo, criam exércitos privados. Deste modo, eles tomam a via feudal, quando cada suserano possuía seu próprio destacamento. Eles criam estas formações armadas com fontes de financiamento obscuras e sem o menor controle cidadão. Ou seja, ao posicionarem-se contra a federalização eles posicionam-se pela feudalização do país.

Se a Rússia não estivesse sob um regime dirigido pelos oligarcas, se fossem efectuadas reformas na Rússia, mesmo não socialistas, mas sociais, que fossem do interesse de camadas amplas de trabalhadores, então muitas pessoas na Ucrânia estariam interessadas numa alianças estreita com a Rússia. E mesmo assim, numerosos cidadãos ucranianos hoje olham com esperança para a Rússia. Mas não se trata aqui de “tendências pró russas” – simplesmente de proteger a sua vida, a estabilidade, a paz sobre o território das regiões Sudeste.

S.P.: O que é que pensam do presidente Vladimir Putin? Consideram-no como um aliado? O que pensa da oposição russa?

S.K.: Sempre fomos opositores a Putin. Sabe que temos laços estreitos com a organização russa Frente de esquerda, que se acha na oposição radical ao presidente Putin. E sempre apoiámos nossos camaradas quando sofriam repressões. Fizemos piquete diante da embaixada da Rússia e organizámos outras acções de solidariedade. Apoiámos os prisioneiros do caso Bolotnaia, ajudámos activistas russos a se esconderem na Ucrânia para fugir às repressões políticas. Ninguém nos pode acusar de sermos aliados de Putin.

S.P.: Pode nos dizer a que se parece, do interior, o movimento de protesto de massa no Sudeste? O que o aproxima do Maidan e o que o distingue?

S.K.: As acções de massa já são do passado. O governo de Kiev criou uma tal atmosfera de medo e terror que muitos já não se decidem a vir à rua. Mas quando o faziam, podia-se observar dois grandes componentes. O primeiro, são cidadãos que queriam uma colaboração e uma união máximas com a Rússia. O segundo, era um movimento de tendência anti-capitalista, anti-oligárquica. Pessoas revoltadas pelo facto de o governo de Kiev não ter a menor intenção de efectuar reformas no interesse do povo.

Mas mesmo entre o que se chama o componente “pró russo”, havia pessoas muito diversas. Havia quem insistisse sobre nossa comunidade histórica e cultural com o povo da Rússia. Mas havia outros que defendiam uma visão mais pragmática. São jovens trabalhadores, engenheiros, que querem trabalhar nas empresas de ponta, hoje orientadas para o mercado russo. Pessoas que não querem tornar-se “trabalhadores migrantes”, constrangidos a percorrer o mundo em busca de infelizes ganhos.

S.P.: No princípio de Maio, o mundo inteiro foi abalado pela tragédia em Odessa…

S.K.: Penso que o massacre de Odessa é uma questão que deve estar no centro da política europeia e mundial. A tragédia de Odessa é a quinta-essência do que se passa na Ucrânia. Muitos políticos europeus limitam-se a dizer: “É uma questão muito complexa e muito embrulhada”. Mas isto não é uma resposta. Do mesmo modo que não basta dizer que os dois lados são culpados, como asseguram certos media ucranianos.

Para começar, é preciso compreender que o conflito não se limitava ao afrontamento dos dois campos. Havia no local neo-nazis e apoiantes de futebol, e pessoas que protestavam contra o regime de Kiev. Mas havia ainda a polícia, que é controlada pelo governo. Ou seja, pelo menos três partes participavam no conflito.

Em 2 de Maio, apoiantes de futebol e destacamentos das forças de auto-defesa de Maidan começaram a chegar a Odessa. Eles queriam organizar o que chamam a Marcha pela unidade da Ucrânia, que em outras cidades terminou por tumultos sangrentos. Daí uma primeira questão muito séria ao governo de Kiev: porque, nas condições de guerra civil, não proibiram os nacionalistas de desfilarem?

Duas mil pessoas foram levadas a Odessa desde diferentes cidades da Ucrânia. Algumas estavam armadas. Outra questão ao governo: por que deixaram passar uma tal concentração de pessoas armadas na cidade?

Em seguida, houve o ataque contra os activistas da Marcha pela unidade da Ucrânia. Eles foram agredidos por desconhecidos, mascarados e ostentando fitas scotch vermelhas no braço. Estes homens agiram com a conivência da polícia, que está sob o controle de Kiev. Consequentemente, nova pergunta: e que dirige a polícia? Evidentemente não os activistas do movimento anti governamental.

No acampamento da oposição, no polo Koulikovo, havia principalmente pessoas idosas, mulheres, protestatários pacíficos que não tinham armas. Eles refugiaram-se na Casa do Sindicatos. Os neo-nazis atearam fogo a este edifício, muitos foram queimados vivos, muitos morreram ao saltarem pelas janelas e muitos foram mortos a golpes quando já estavam em terra.

Na Casa dos Sindicatos perdemos um camarada, Andreï Brajevsky. Ele saltou do segundo andar do edifício em chamas e ainda estava vivo, mas os fascistas bateram-no até à morte com bastões. Sua mãe encontrava-se no local naquele momento. Ela viu outro dos rapazes lançar-se pela janela, depois os fascistas bateram-no em terra. Então ela lançou-se sobre ele e cobriu-o com o seu corpo – e salvou-o. Ela não sabia que naquele mesmo minuto seu filho também era espancado pelos fascistas e que não escaparia.

Não basta constatar que houve uma “tragédia”. Do que se trata é de um massacre planeado, muito bem pensado e organizado, em pleno centro de uma das maiores cidades da Ucrânia.

S.P.: No dia 7 de Maio, em Moscovo, o presidente suíço e Vladimir Putin anunciaram um novo plano de pacificação na Ucrânia. Ele tem futuro?

S.K.: Antes disso houve os acordos de Genebra, com conteúdo semelhante. Mas era evidente que o poder de Kiev não tinha intenção de respeitá-lo e, mesmo se tivesse tido a intenção, não tinham absolutamente força. Porque é preciso saber uma coisa: quando se fala da necessidade de desarmar todos estes bandos neo-nazis deve-se compreender que o governo de Kiev não tem nenhum controle sobre a maior parte deles e não dispõe de tropas fieis que poderiam se encarregar disso. O governo de Kiev é, ele próprio, refém destes bandos e nada pode fazer.

S.P.: Que pensas da eleição presidencial de 25 maio?

S.K.: Não reconhecemos esta eleição, uma vez que foi organizada por um governo autoproclamado, que pisoteia os direitos e os procedimentos. Este governo iniciou e introduziu alterações à legislação, segundo as quais esta eleição poderá ser considerada como tendo-se verificado mesmo que decorresse num único gabinete de votação! Pode-se considerar uma tal abordagem como democrática? Em numerosas ocasiões apelámos aos candidatos para que se retirassem da eleição. Infelizmente, o Partido Comunista da Ucrânia considera que deve dela participar, o seu candidato apresenta-se. Mas nós não queremos tomar parte nesta farsa.

S.P.: E que pensas dos referendos de Donetsk e de Lougansk?

S.K.: À partida, éramos bastante críticos em relação a estes referendos, considerávamos que era preciso, antes de organizá-los, esperar uma certa estabilização da situação. Mas nas condições actuais de violência e de terror, compreendemos aqueles que organizaram e participaram nestes referendos. A proclamação de uma república no Donbasse não é o resultado de qualquer acção de Putin – mas a consequência directa das operações do governo de Kiev que, pelas suas mentiras e seu cinismo, ultrapassam todos os piores espécimes de propaganda fascista.

S.P.: Que erros cometeu na luta política?

S.K.: O movimento Borotba, que sempre esteve orientado para a mobilização maciça da classe trabalhadora e da juventude, supunha que ainda tínhamos, no futuro, alguns anos de democracia relativa, que nos encontraríamos em condições, de um modo ou de outro, em que os direitos de reunião pacífica, de liberdade de imprensa seriam respeitados. Infelizmente, este cálculo verificou-se ser um erro. Não estávamos preparados para o terror directo. E nosso erro é provavelmente de teremos ficado, nestas condições, sem armas. Na prática, nossa organização está hoje derrotada em todo o país. Nestes últimos dias, começaram repressões abertas contra as forças de esquerda. No escritório de Kharkiv foi atacado por desconhecidos em uniformes negros, que levaram tudo o que ali se encontrava: bandeiras vermelhas, projector, todo nosso equipamento de agitação. O trabalho da organização na cidade está bloqueado. Em Odessa, fomos informados da prisão iminente do líder local do Borotba, Alekseï Albou, que se apresenta na municipalidade. Ele foi constrangido a deixar a cidade. Em Kiev, foi efectuada uma busca ao apartamento de Andreï Mantchouk, que é o mais célebre jornalista de esquerda na Ucrânia. Homens armados com fuzis automáticos irromperam na casa dele. Na generalidade, hoje encontramo-nos todos em situação ilegal. Uma parte dos nossos camaradas deixou temporariamente a Ucrânia. Aqueles que permaneceram vivem na ilegalidade e nós lhes temos pedido para evitar toda actividade pública e concentrarem-se no trabalho ilegal.

Eu próprio estou actualmente em Atenas, onde participei numa conferência sobre as “Ameaças do fascismo na Europa”. Eu não previa deixar a Ucrânia por longo tempo. Mas a 9 de Maio aterrei em Berlim para tomar parte numa conferência na Alemanha. E na Ucrânia fui informado da minha possível prisão e, portanto, decidi ficar aqui um momento.

Os nazis já fizeram listas dos “inimigos da nação ucraniana” e preparam-se para fazer com que sofram repressão todos os que nelas figuram. E estas listas mencionam quase todos os militantes do Borotba, mesmo que pouco activos e referenciados. Mas elas mencionam também pessoas que ali figuram por acaso. Ou seja, centenas e centenas de pessoas que estão ameaçadas, em perigo… Hoje, as autoridades também estão em vias de estabelecer suas listas de suspeitos e portanto penso que no decorrer dos próximos meses a Ucrânia vai viver numa atmosfera de terror de direita. Mas devemos atravessar isso e enfrentá-la. Não temos outra escolha.

31/Maio/2014

[*] Dirigente do Borotba .

O original encontra-se em svpressa.ru/society/article/87307/?rss=1 e a versão em francês em www.lecourrierderussie.com/…

Esta entrevista encontra-se em http://resistir.info/ .