Não ao genocídio do povo palestino

Desde 7 de julho passado, um massacre brutal e imoral contra o povo palestino se desenvolve por parte do militarizado estado de Israel. Até a presente data, o número de pessoas assassinadas pelos constantes bombardeios e incursões de tropas terrestres superou o milhar, segundo o Ministério Palestino de Saúde. A maioria das vítimas desta nova agressão é de civis, incluindo uma grande quantidade de meninos e meninas.

Não podemos falar de uma guerra, ou um conflito, quando uma das principais potências militares do mundo agride uma nação sem exército, bombardeando dia e noite hospitais, escolas e habitações, estado que defende um criminoso bloqueio econômico, marítimo, científico, humanitário contra a Palestina e, pela força, removeu dezenas de milhares de pessoas de territórios soberanos do povo agredido. Estamos ante um genocídio.

Todos os povos do mundo devem exigir, em primeiro lugar, o fim imediato do genocídio israelense na Palestina, sem condições, a retirada do exército de ocupação, a suspensão de toda forma de bloqueio, a retirada imediata de todos os colonos israelenses ocupantes de territórios que sejam de palestinos – conforme a resolução das Nações Unidas, em 1967 –, a libertação de todos os presos políticos palestinos em Israel e, finalmente, a instalação do estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.

Hoje mais que nunca, os estados e os povos devem somar ações e esforços contundentes para pôr fim a este novo Holocausto. O mundo inteiro deve impor um isolamento diplomático, comercial e bloqueio militar contra o estado de Israel que, até a presente data, atuou quase com total impunidade em seu plano de extermínio à Palestina. Plano este que contou com o claro apoio de sucessivos governos dos EUA, que encontraram na fictícia criação deste estado uma ponta de lança para a defesa de seus interesses imperialistas no Oriente Médio.

Israel e Paraguai

Nosso país não está tão distante desta realidade. Desde a chegada de Horacio Cartes ao poder, agentes provenientes do Mossad (Instituto de Inteligência e Operações Especiais de Israel, seu significado traduzido para o português) são os encarregados da “segurança” do presidente, que encomendou a esta organização terrorista internacional a realização de um “mapeamento” secreto de todo o norte de nosso país, cujos objetivos não foram explicados publicamente.

Não é coincidência que esta incursão do Mossad venha acompanhada da abertura de negociações com a empresa estatal israelense de água Mekorot, denunciada inúmeras vezes ante a ONU por impor uma sorte de “apartheid” contra o povo palestino e por outras múltiplas violações aos direitos humanos em vários países. Em 26 de julho passado, o vice-presidente Juan Afara anunciou que “Planeja-se a instalação de uma Planta de Água com toda mecanização requerida, a fim de que possa brindar à ESSAP (Empresa de Serviços Sanitários do Paraguai) com um apoio”.

Ante isto, o Partido Comunista Paraguaio e sua organização juvenil faz um chamado às organizações sociais e políticas democráticas de nosso país para assumir com mais força a condenação ao genocídio na Palestina, exigir a ruptura de relações diplomáticas com o estado de Israel, a expulsão da agência terrorista “Mossad” e da empresa estatal israelense de água Mekorot.

Partido Comunista Paraguaio

Comitê Central

26 de julho de 2014

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)