A fúria do Imperador: o caos tomará o mundo!
No centro do caos, o Presidente Obama, de olhar ameaçador, ataca cegamente, alheio às consequências, disposto a arriscar um descalabro financeiro ou uma guerra nuclear. Reforça sanções contra o Irã; impõe sanções à Rússia; constrói bases de mísseis que podem atingir Moscou em cinco minutos; envia drones assassinos contra o Paquistão, Iémen e Afeganistão; fornece armas aos mercenários na Síria; treina e equipa curdos no Iraque e financia a selvajaria de Israel contra Gaza.
Introdução: O caos está instalado e vai-se espalhando à medida que chefes de estado enfurecidos nos EUA, na Europa e seus clientes e aliados prosseguem guerras genocidas. Guerras mercenárias na Síria; o bombardeio terrorista de Israel em Gaza; guerras por procuração na Ucrânia, Paquistão, Iraque, Afeganistão, Líbia e Somália.
Dezenas de milhões de refugiados fogem de cenários de destruição total. Já nada é sagrado. Não há santuários a salvo. Casas, escolas, hospitais e famílias inteiras constituem alvo de destruição.
Caos por encomenda
No centro do caos, o Presidente Obama, de olhar ameaçador, ataca cegamente, alheio às consequências, disposto a arriscar um descalabro financeiro ou uma guerra nuclear. Reforça sanções contra o Irão; impõe sanções à Rússia; constrói bases de mísseis que podem atingir Moscovo em cinco minutos; envia drones assassinos contra o Paquistão, Iémen e Afeganistão; fornece armas aos mercenários na Síria; treina e equipa curdos no Iraque e financia a selvajaria de Israel contra Gaza.
Nada funciona
O presidente responsável pelo caos ignora o facto de que impor a fome aos adversários não assegura a sua submissão: promove a unidade na resistência. A mudança de regime, impondo intermediários pela força e usando subterfúgios, pode destruir o tecido social destas complexas sociedades: milhões de camponeses e trabalhadores tornam-se refugiados desenraizados. Movimentos sociais populares são substituídos por grupos criminosos organizados e exércitos de bandidos.
A América Central, produto de décadas de intervenções militares diretas e por intermediários, que impediram as mudanças estruturais mais básicas, tornou-se um inferno caótico, insuportável para milhões. Dezenas de milhares de crianças fogem da pobreza em massa induzida pelo “mercado livre”, estado militarizado e violência gangster. Crianças refugiadas na fronteira com os EUA são detidas em massa e presas em campos de detenção improvisados, sujeitos a abuso psicológico, físico e sexual por funcionários e guardas lá dentro. Cá fora, estas crianças miseráveis são expostas ao ódio racista de um público norte-americano assustado, não ciente dos perigos a que estas crianças escapam e do papel do governo os EUA na criação deste inferno.
As autoridades de aviação de Kiev, apoiadas pelos EUA, redirecionaram companhias aéreas internacionais de passageiros para voar sobre zonas de guerra repletas de mísseis antiaéreos, enquanto aviões de Kiev bombardearam as cidades rebeldes. Um voo foi abatido e cerca de 300 civis morreram. Imediatamente se seguiu uma explosão de denúncias de Kiev culpando o presidente russo Putin, inundado meios de comunicação ocidentais, sem factos reais para explicar a tragédia / crime. O beligerante Obama e os primeiros-ministros lacaios da UE dispararam ultimatos, ameaçando converter a Rússia num estado excluído. “Sanções, sanções por toda a parte… mas primeiro… A França deve dar por terminada a sua venda de 1,5 mil milhões à marinha russa.” E Londres protege os oligarcas russos, livres das sanções, envolvidos como estão na lavagem de dinheiro feita nesta cidade, na economia parasita do estilo FIRE (Fire, Insurance and Real Estate). A Guerra-fria regressou e deu uma destas voltas… À excepção dos negócios.
A confrontação ent
r e os poderes nucleares está
i minente: e os maníacos estados do Báltico e a Polónia reclamam mais alto pela guerra com a Rússia, esquecendo a posição em que estão, na linha da frente de fogo.
A cada dia, a máquina de guerra israelita dizima mais crianças em Gaza, enquanto continua a deitar mentiras cá para fora. Judeus israelitas assistem, entusiásticos, das suas colinas fortificadas, e celebram cada míssil que atinge os prédios e as escolas do bairro Shejaiya, densamente povoado, numa Faixa de Gaza cercada. Um grupo de empresários ortodoxos e seculares em Brooklyn organizou excursões para visitar as cidades sagradas durante o dia e desfrutar a pirotecnia em Gaza durante a noite… óculos para visão nocturna estão disponíveis por pouco mais, para ver as mães em fuga e as crianças queimadas.
Mais uma vez, o Senado dos EUA vota unanimemente em apoio à última campanha de genocídio israelita; parece que não há crime suficientemente deplorável para abanar os escrúpulos dos líderes dos EUA. Ficam próximo de um texto assinado pelos 52 presidentes das maiores organizações judaicas dos EUA. Todos juntos abraçam a besta do Apocalipse, agarrados à carne e aos ossos da Palestina.
Mas, helas! os sionistas franceses dominam o “presidente socialista” Hollande. Paris bane qualquer manifestação contra Israel apesar dos relatórios inequívocos de genocídio. Os manifestantes que apoiam a resistência em Gaza são gaseados e batidos pelas forças especiais antimotim. O “socialista” Hollande serve as exigências das poderosas organizações sionistas, desprezando as tradições republicanas do seu país e os seus sagrados “Direitos do Homem”.
Os jovens manifestantes de Paris responderam com barricadas e pedras da calçada nas melhores tradições da Comuna de Paris, agitando as bandeiras de uma Palestina Livre. Nem uma “bandeira vermelha” em vista: a esquerda “francesa” escondeu-se debaixo da cama ou então foi de férias.
Há sinais preocupantes longe dos campos de batalha. As bolsas de valores agitam-se enquanto a economia estagna. Os especuladores selvagens regressaram no seu esplendor, aumentando a distância entre a economia fictícia e real que havia antes do “dilúvio”, o caos que anuncia outro crash inevitável.
Em Detroit, outrora grande centro da América industrial, a água potável é fechada a dezenas de milhares de pobres que não podem pagar serviços básicos. Em pleno Verão, famílias urbanas têm de fazer as necessidades em ruelas, azinhagas e descampados. Sem água, os sanitários entopem, as crianças não se lavam.
De acordo com os nossos economistas famosos, a economia de Detroit está “a recuperar … os lucros subiram, apenas as pessoas sofrem”. A produtividade duplicou, os especuladores estão satisfeitos; as pensões são cortadas e os salários descem; mas os Detroit Tigers estão em primeiro lugar.
Os hospitais públicos fecham por todo o lado. Em Bronx e em Brooklyn, serviços de urgência estão à pinha. É o caos. Os internos fazem turnos de 36 horas… e os doentes e feridos arriscam a sorte perante um médico com privação de sono. Entretanto, em Manhattan, os clínicos privados e a cirurgia estética para as elites prosperam.
Os escandinavos apoiam o poder instalado por via de um golpe de estado em Kiev. O Ministro dos Estrangeiros sueco Bildt grita por uma nova guerra fria com a Rússia. O emissário dinamarquês e líder da NATO
(OTAN) , Rasmussen, saliva obscenidades ante a perspetiva de bombardear e destruir a Síria, repetindo a “vitória” da NATO sobre a Líbia.
Os líderes alemães patrocinam o genocídio israelita em Gaza; estão confortavelmente protegidos de qualquer consciência moral pela sua nostálgica “culpa” pelos crimes nazis de há 70 anos.
Terroristas da Jihad no Iraque financiados pela Arábia Saudita mostraram a sua “misericórdia infinita” simplesmente retirando milhares de cristãos da antiga Mossul. Quase 2 000 anos de contínua presença cristã foi o bastante. Pelo menos muitos escaparam ainda com a cabeça entre as orelhas.
Caos por toda a parte
Mais de cem mil agentes da Agência de Segurança Nacional dos EUA são pagos para espiar dois milhões de cidadãos e residentes muçulmanos nos EUA. Mas, por todas as dezenas de milhares de milhões de dólares gastos e dezenas de milhões de conversas gravadas, a caridade islâmica é alvo de processos e há filantropos que são apanhados em emboscadas.
Onde caem as bombas ninguém sabe, mas as pessoas estão a fugir. Milhões fogem do caos. Mas não têm para onde ir!
Os franceses invadem meia dúzia de países africanos mas os refugiados veem recusado asilo em França. Milhares morrem no deserto, ou afogados a atravessar o Mediterrâneo. Aqueles que conseguem são chamados criminosos ou relegados para guetos e campos.
Reina o caos em África, no Médio Oriente, na América Central e em Detroit. Toda a fronteira dos EUA com o México se tornou um centro militar de detenção, um campo prisional multinacional. A fronteira está irreconhecível para a nossa geração.
Reina o caos nos mercados, mascarado de sanções de natureza comercial: ontem o Irão, hoje a Rússia, amanhã a China. Washington deverá tomar cuidado! Os seus adversários estão a encontrar terreno comum, a estabelecer comércio, a forjar acordos, a construir defesas; os seus laços estão mais fortes.
Reina o caos em Israel. Obcecados pela guerra, os israelitas descobrem agora que o povo eleito de Deus também sangra e também morre, os seus corpos também perdem membros e olhos nas ruas de Gaza, onde homens e rapazes pobres defendem a sua terra. Quando as celebrações derem lugar a lamentações, irão reeleger Bibi, o seu açougueiro de serviço? Os seus irmãos do outro lado do oceano, que financiam Israel, os homens dos lobbies e os comentadores beligerantes, irão automaticamente adoptar uma nova face, sem questões, arrependimentos, ou (Deus não permita!) autocrítica; se é “bom para Israel e para os Judeus”, tem de ser justo.
O caos reina em Nova Iorque. Julgamentos favorecem os piratas e os seus fundos depredatórios, que exigem um retorno de mil por cento em fundos argentinos. Se a Argentina rejeitar esta chantagem financeira, as ondas de choque irão sentir-se nos mercados financeiros globais. Os credores irão tremer de incerteza: irá crescer o medo de um novo crash financeiro. Conseguirão sacar mais um resgate de triliões de dólares?
Mas onde está o dinheiro? As máquinas trabalham dia e noite para o imprimir. Há poucos botes salva-vidas… o suficiente para os banqueiros e Wall Street, os outros 99% terão de nadar ou servir de comida para os tubarões.
A imprensa financeira corrupta agora aconselha os senhores da guerra sobre que país bombardear, e os políticos sobre como impor sanções económicas; já não fornecem informação escorreita sobre economia, nem aconselham os investidores sobre os mercados. Os seus editoriais irão incitar um investidor a correr para comprar este mundo e o outro enquanto os bancos vão à falência.
O presidente dos EUA está quase a ter um esgotamento: é um mentiroso de proporções dantescas e com um caso grave de paranoia política, histeria bélica e megalomania. Está fora de controlo, aos berros: “eu mando no mundo: são os EUA ou o caos”. Mas, cada vez mais, o mundo tem outra mensagem: “São os EUA e o caos”.
Wall Street abandona-o. Os russos traíram-no. Os mercadores chineses fazem agora negócios em todos os lugares onde estávamos e deveríamos estar. Jogam com dados viciados. Os teimosos somalis recusam submeter-se a um presidente negro: rejeitam este “Martin Luther King dos drones”… Os alemães mordem os dedos, furiosos, à medida que os americanos monitorizam e gravam cada uma das suas conversas… para sua própria segurança! “As nossas corporações são ingratas, depois de tudo o que fizemos por elas”, rosna o primeiro presidente negro. “Fogem dos nossos impostos enquanto subsidiamos as suas operações!”
Soluções finais: o fim do caos
A única solução é continuar: o caos gera o caos. O Presidente esforça-se por proteger a sua “liderança”. Faz aos seus conselheiros mais próximos perguntas muito difíceis: “Por que razão não podemos bombardear a Rússia, como Israel bombardeia Gaza? Porque não construímos uma ‘cúpula de ferro’ sobre a Europa e anulamos os misseis nucleares russos, enquanto abrimos fogo sobre Mosco
u das nossas novas bases na Ucrânia? Que países deverá a nossa ‘cúpula’ proteger? Tenho a certeza que os povos da Europa de Leste e dos estados bálticos farão de bom grado o sacrifício supremo. No fim de contas, os seus líderes espumavam por uma guerra com a Rússia. A sua recompensa, uma devastação nuclear, será um preço pequeno para assegurar o nosso sucesso!”
O lobby sionista insistirá que a nossa ‘cúpula de ferro’ deverá proteger Israel. Mas os sauditas poderão tentar subornar os russos a poupar os campos do petróleo enquanto Mosco
u aponta às bases de mísseis dos EUA perto de Meca. Os nossos aliados nucleares no Médio Oriente terão mesmo que mudar para uma nova terra sagrada.
Obama e os seus conselheiros pensarão em reduzir a população asiática em um ou dois milhões? Estarão a plane
j ar várias centenas de Hiroshimas pelo facto de os chineses terem pisado as “linhas vermelhas” do Presidente? A economia e o comércio chineses cresceram demasiado depressa, expandiram-se demasiado depressa, tornou-se demasiado competitiva, demasiado competente, demasiado bem-sucedida em obter quotas de mercado, e os chineses ignoraram os nossos avisos e o nosso poderio militar sem paralelo.
A maior parte da Ásia irá respirar poeira nuclear, milhões de indianos e indonésios morrerão como danos colaterais. Os que sobreviverem irão banquetear-se com peixe radioactivo pescado num mar contaminado.
Para além do caos: um novo american way
Porque a nossa ‘cúpula de ferro’ irá falhar, teremos de reemergir das cinzas toxicas e sair dos nossos abrigos, sonhando com uma América livre de guerras e da pobreza. O reino do caos terá chegado ao fim. A “paz e a ordem” irão reinar no cemitério.
Os imperadores serão esquecidos.
E nunca chegaremos a saber quem disparou o míssil que atingiu o malogrado voo malaio com os seus 300 passageiros e tripulação. Teremos perdido a conta aos milhares de palestinos, entre pais e filhos, esmagados em Gaza pelo povo eleito de Israel. Não saberemos no que deram as sanções contra a Rússia.
Não importará, numa era pós-nuclear, depois do caos.
Tradução de André Rodrigues