Depois de passar 45 dias na prisão: LIBERTARAM MALAK AL-KHATIB, A MENINA DE 14 ANOS QUE FOI PRESA PELO EXÉRCITO SIONISTA

No dia 21 de janeiro, Malak al-Khatib, de 14 anos de idade, foi condenada a 2 meses no cárcere israelense. Malak estava presa desde 31 de dezembro de 2014, e sua detenção foi prolongada em várias ocasiões durante esse tempo. Ela é acusada de ter “atirado pedras” nos soldados de ocupação israelense no anel rodoviário de colonos, caminho fechado aos palestinos, próximo de sua escola.

Sua detenção foi postergada três vezes desde sua prisão. Ela é uma das, aproximadamente, 500 a 700 crianças palestinas que são detidas e presas pelas forças de ocupação israelenses a cada ano. A maioria das acusações contra as crianças palestinas é por “atirar pedras”.

Algemada e com lágrimas nos olhos, Malaak al-Khatib, de 14 anos, da aldeia de Beitin, no distrito de Ramallah, foi transferida do tribunal militar israelense Ofer para começar a cumprir os dois meses de condenação no cárcere.

Depois de ficar detida durante 23 dias, Malak foi condenada a dois meses de prisão e uma multa de 6000 shekels (US$ 1523), apesar de ter esperança de ser libertada para reunir-se com sua família, que vive na angústia desde sua detenção em 31 de dezembro de 2014.

Ali al-Khatib, o pai de Malak, antes de sua filha ser detida supostamente sob o pretexto de ter lançado pedras em soldados israelenses no anel rodoviário próximo de sua escola, disse à agência WAFA que estes fatos não tinham ocorrido.

Ele declarou que “ela saía da escola depois de fazer se último exame do primeiro semestre quando, de repente, os soldados se lançaram sobre ela, algemaram suas mãos e a levaram com eles”.

Supostamente, o conselho militar devia se reunir em 4 de janeiro. No entanto, o tribunal adiou sua audiência para 11 de janeiro.

O pai de Malak, Ali, disse aos meios de comunicação: “Nós esperávamos que fosse na sessão de ontem. Estávamos otimistas, porém a decisão do juiz nos surpreendeu. Malak, de repente, rompeu em prantos”.

Recordou o dia da detenção de Malak: “Quando fui ao centro de detenção para ver Malak, pensando que era um mal-entendido, os soldados me disseram: ‘certamente não é uma criança. Assustou-nos e ameaçou a vida de um soldado’”.

A detenção de Malak se prolongou várias vezes e ela passou em torno de 23 dias esperando sua sentença. Nesse momento, o defensor está tentando reduzir a multa, disse brevemente o pai à WAFA.

Agora, ela está cumprindo sua condenação no centro de detenção de Hasharon com outras três mulheres presas que estão, segundo seu pai, cuidando de Malak e apoiando-a emocionalmente.

Malak é considerada a prisioneira mais jovem que, atualmente, cumpre uma condenação nos cárceres israelenses. Ela é uma das 7.000 crianças palestinas que foram detidas desde o início da segunda Intifada em setembro de 2000, muitas dos quais estão cumprindo condenações.

O advogado, Ayed Abu Qutesh, disse à WAFA que, apesar do direito internacional permitir a detenção de menores, esta deve ser sempre a última decisão a ser tomada por qualquer tribunal ou o estado. Todas as partes interessadas deveriam tentar encontrar outras possibilidades à detenção e ao encarceramento real das crianças, como multas e penas alternativas.

A família de Malak não pode visitá-la no centro de detenção. Somente a viu na corte, em 11 de janeiro, pela primeira vez após sua prisão. Então, seu pai disse que ela se encontrava assustada e angustiada. “Depois de tudo o que ela passou… Ela só tem 14 anos”, explicou desesperadamente.

De acordo com a Defesa das Crianças Internacional Palestina (DCI- Palestina), “Israel é o único Estado que, automática e sistematicamente, processa as crianças nos tribunais militares, que carecem de normas básicas do devido processo”.

Segundo um informe sobre a detenção de menores por parte de Israel, algo “em torno de 500 a 700 crianças palestinas, algumas de tão somente 12 anos, são presas e processadas no sistema de detenção militar israelense a cada ano. A maioria das crianças palestinas detidas é acusada de ‘atirar pedras’”.

Um informe da UNICEF chegou à conclusão de que “os maus tratos sofridos pelas crianças palestinas no sistema de detenção militar israelense parece ser ‘generalizado, sistemático e institucionalizado’”.

“Ao redor de 700 crianças palestinas comparecem, por ano, ante ao tribunal militar de Israel”, disse a ONU.

A ONU disse que cerca de 726.000 homens, mulheres e crianças palestinos passaram pela corte desde a ocupação dos territórios palestinos, em 1967.

Fonte: http://lavozarmenia.blogspot.com.br/2015/02/despues-de-pasar-45-dias-en-prision.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+LaVozArmenia+(LA+VOZ+ARMENIA)

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)