Argentina: organizações de esquerda, sindicatos e comissões de fábricas marcharam até a Praça de Mayo

imagemMilhares de manifestantes repudiaram a política do Governo

Resumen Latinoamericano, 22 de dezembro de 2015 – Desde às 17:30 horas, em torno de 20 mil manifestantes da esquerda sindical e política, agrupados em organizações sociais, grêmios e diversos núcleos estudantis, protagonizaram uma imensa marcha a partir da interseção das avenidas 9 de Julho e Belgrano até a Praça de Mayo, em reivindicação de um bônus natalino de emergência de cinco mil pesos.

A jornada foi precedida pela solidariedade com os trabalhadores da empresa Cresta Roja que, nesta terça-feira, foram brutalmente reprimidos pela polícia.

Entre os sindicatos que estiveram presentes, destacaram-se a Federação de Trabalhadores Azeiteiros, seções ferroviárias como a do Sarmiento, e comissões de ATE, Kraft, Pepsico, Donnelley, Suteba, Banco Provincia, Gráficos, Imprensa, e outros. Entre as colunas de organizações políticas e sociais se destacaram as do Partido Obrero, do PTS, MAS, Izquierda Socialista, COB-La Brecha, TPR, Frente Popular Darío Santillán, o Movimento Popular Patria Grande, a OLP-Simón Bolívar, MST e muitas outras.

Os discursos no ato final realizado na Praça de Mayo repleta de manifestantes tiveram como base tanto o repúdio ao governo de Macri como à burocracia sindical. Pautou-se, também, por sérias críticas àqueles que “depois de acordar participar em um marco unitário decidiram não participar no último momento”, segundo expressou o dirigente do Subte, Claudio Dellacarbonara. A exigência do bônus de 5000 pesos “para aliviar a megadesvalorização sofrida por todo o povo, porém, em especial, pelos mais humildes” e o protesto pelas ameaças do Governo de criminalizar a luta social foram dois temas igualmente centrais nas falações de cada um dos protagonistas do ato.

Também falaram, entre outros, Soledad Sosa (Secretária adjunta da CTA Mendoza), que pontuou que “12 dias após a chegada de Macri ao governo, estamos aqui para dizer que repudiamos seu ajuste e a repressão”. Depois, o dirigente ferroviário da ferrovia Sarmiento, Rubén “Pollo” Sobrero, expressou que “se acabaram os globos amarelos e agora o que se vê são os paus para os trabalhadores. O que foi feito na Cresta Roja, também foi feito pelo governo anterior na Panamericana”. O dirigente Ezequiel Roldán (da Federação de Azeiteiros) advertiu que “nós não nos vendemos por 400 pesos nem ficamos em casa, mas que saímos às ruas para lutar”.

O ato terminou com a promessa lançada no palco de que “vamos continuar ocupando as ruas, mobilizados contra este governo de ajuste e de repressão”. Os manifestantes começaram a retirar-se lentamente, gritando consignas de apoio aos trabalhadores da Cresta Roja e pela unidade dos trabalhadores e trabalhadoras.

FOTOS RESUMEN LATINOAMERICANO

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=7aiBW7gkiFk

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2015/12/23/argentina-organizaciones-de-izquierda-sindicatos-y-comisiones-internas-fabriles-marcharon-a-plaza-de-mayo-miles-de-manifestantes-exigieron-un-bono-navideno-de-emergencia-y-repudiaron-la-politica/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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