O Syriza sem máscara. A serviço do grande capital

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Há dois anos o Syriza aparecia ainda a intelectuais progressistas europeus e latino americanos como um partido de esquerda que vencera as eleições para promover no governo uma política de rutura com a submissão às imposições da União Europeia e ao imperialismo, vassalagem tradicional na Nova Democracia e no Pasok.

Mas essa ilusão acabou logo que Tsipras assumiu as insígnias do poder político. Capitulou perante as exigências de Bruxelas e, de tombo em tombo, de cedência em cedência, é hoje um partido integrado no sistema, ao serviço do capital.

Em Atenas e nas principais cidades gregas multiplicam-se os protestos contra o governo Sirriza-Akel e aumenta o número de greves setoriais.

Em Salónica, no passado dia 10, realizou-se uma grande manifestação. Convocada pelo PAME-Frente Militante de Todos os Trabalhadores da Grécia – terminou com um desfile pelas ruas da cidade em que participaram muitos milhares de pessoas, sobretudo desempregados, jovens e pensionistas. O secretário executivo da organização, Leónidas Stoltidis, dirigindo-se à multidão, advertiu que os trabalhadores dos setores públicos e privado, os camponeses, as mulheres, os jovens da Macedónia e da Tessália não aceitam a pobreza e a miséria impostas por um governo de traição nacional.

Há dois anos, Francisco Louçã participava com entusiasmo de um comício em Atenas ao lado de Tsipras. Hoje, em Portugal, os dirigentes do Bloco de Esquerda abstêm-se prudentemente de comentar a galopada para a direita do governo Syriza-Anel. Mas povo tem memória. Não esqueceu que muitos desses dirigentes há menos de dois anos apresentavam o Syriza como exemplo para a esquerda europeia. O oportunismo e o falso radicalismo do Bloco de Esquerda são transparentes.

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