Grécia: greve gigante contra a lei anti trabalhista
Milhares de grevistas manifestaram-se, no dia 21, em Atenas, Tessalônica e dezenas de outras cidades na Grécia, recusando-se a aceitar a escravidão moderna, não importa quantas leis e disposições sejam introduzidas pelo Estado, por todos os governos ao longo dos anos e pelos empregadores em um esforço para consolidá-lo. Os grevistas dos setores privado e público afirmaram as suas justas reivindicações por direitos contemporâneos, por estabilidade no emprego e horas trabalhadas, por jornada diária de trabalho de 7 horas, 5 dias por semana, por acordos coletivos de trabalho com reajustes salariais dignos.
Os trabalhadores e os sindicatos inundaram Atenas com a sua grande manifestação de massa, sublinhando que “a jornada de 8 horas foi conquistada com as lutas e o sangue dos trabalhadores”, desafiando a intimidação dos patrões, a calúnia do governo sobre as lutas dos trabalhadores e o silêncio das lideranças dos sindicatos comprometidas com o governo.
Além de condenar o projeto de lei, reconhecido como uma monstruosidade, a manifestação transformou-se num espaço de expressão de ódio de classe e indignação de dezenas de milhares de trabalhadores e jovens, da população trabalhadora que por um lado vê os seus rendimentos serem erodidos e, por outro lado, são obrigados pelo governo a trabalhar 13 horas por dia. Trabalham como cães e são vítimas de um Estado completamente hostil, que adota uma política criminosa baseada na noção de custo vs. benefício.
Enquanto os trabalhadores se manifestavam fora do parlamento, os deputados do KKE lutavam dentro do parlamento, contestando o projeto de lei e expondo as grandes mentiras e enganações do governo. Apelaram aos trabalhadores e ao povo para que não mostrassem tolerância à barbárie de hoje e deixaram claro que o KKE continuará com a maior determinação na vanguarda da organização da luta dos trabalhadores e do povo para cancelar na prática a monstruosidade anti-trabalhista, buscando fortalecer o contra-ataque popular à barbárie capitalista.
DIMITRIS KOUTSOUMBAS (Secretário Geral do KKE):
O movimento operário deu uma resposta contundente à monstruosidade do projeto de lei e à política criminosa do governo da Grécia. Dimitris Koutsoumbas, Secretário Geral do CC do KKE, participou do comício de greve em Syntagma e fez a seguinte declaração:
“Hoje, o movimento operário e sindical em todo o país deu uma resposta contundente ao governo, ao estado, aos patrões e à liderança comprometida da Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos (GSEE), provocada pela lei anti-trabalhista – monstruosidade – apresentada no Parlamento.
Além disso, os trabalhadores deram uma resposta contundente à grande mentira e ao logro do governo sobre a progressão salarial de três em três anos, bem como à política econômica criminosa que destrói as vidas, propriedades e direitos do povo grego com base na noção de custo versus benefício, servindo aos lucros de poucos. É por isso que a única solução é: Todos por um e um por todos”.Partido Comunista da Grécia (KKE)
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)