A armada israelense assaltou o barco de mulheres Zaytouna-Oliva em águas internacionais
A armada israelense voltou a atuar com total impunidade e contra toda legalidade internacional assaltando um barco civil que navegava rumo a Gaza em águas internacionais do Mar Mediterrâneo.
As organizações de apoio à flotilha de Mujeres Rumbo a Gaza [Mulheres Rumo a Gaza] advertiu que perderam o contato com o barco Zaytouna-Oliva quando navegava em águas internacionais, a menos de 50 milhas náuticas da costa de Gaza. O barco saiu de Barcelona em 14 de setembro.
A cadeia Al Jazeera, que tem uma redatora e uma operadora de câmera no barco, confirmou que não conseguiu se comunicar com elas nas últimas duas horas e suspeita que Israel tenha intervindo no sinal da embarcação.
Segundo a página web Middle East Monitor, o exército de Israel abordou o Zaytouna e exigiu que a capitã, a coronel Ann Wright da armada estadunidense, desse a volta ou as 13 ativistas, entre as quais se encontra a espanhola Sandra Barrilaro, seriam detidas.
O Exército de Israel poderia conduzir o Zaytouna ao porto de Ashdod, no norte de Gaza, onde as ativistas seriam detidas e entregues às autoridades.
Centenas de palestinos permaneceram várias horas no Porto de Gaza, preparando a bem-vinda à Flotilha e para dar graças às ativistas desta nova edição da iniciativa que luta contra o bloqueio à Faixa. Israel lançou bombas de som sobre as barracas nas quais se preparava o recebimento da flotilha.
O Zaytouna se aproximou a 70 milhas da costa de Gaza. As organizações que apoiam a Flotilha perderam o contato com a embarcação.
Esta nova flotilha, a primeira integrada por mulheres, conseguiu mais próximo de Gaza que a do ano passado, interceptada por Israel quando o barco Marianne se encontrava a 140 milhas da costa. “Nunca tinham chegado tão longe, nos pegaram de surpresa”, assegurava então a Diagonal Laura Arau, do coletivo Rumbo a Gaza.
A resposta mais violenta de Israel contra esta iniciativa se produziu em 31 de maio de 2010, quando soldados israelenses assaltaram o barco Mavi Marmara matando nove de seus tripulantes.
A Corte Penal Internacional de Haia emitiu, em 6 de novembro de 2014, um parecer no qual explicava que existia uma base razoável para considerar que se cometeu um crime de guerra durante o ataque à Flotilha da Liberdade por parte de Israel.
Diversas organizações espanholas decidiram:
- Pediremos a condenação de nosso governo a este ato que consideramos de pirataria e, também, solicitamos proteção consular para a cidadã espanhola Sandra Barrilaro.
- Exigiremos a imediata colocação em liberdade das mulheres sequestradas e a devolução do veleiro com todos os pertences a bordo.
- Queremos que se peçam responsabilidades políticas e legais às autoridades por parte do governo do Estado espanhol ante esta violação do direito à livre navegação, assim como o fim do bloqueio a Gaza, crime coletivo proibido pelo artigo 33 do IV Convênio de Genebra.
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Fonte: http://www.palestinalibre.org/articulo.php?a=62327
Vídeo:
https://youtu.be/nqSbBCiDHKU