A retomada do julgamento de extradição de Miguel Olate
A defesa do militante do PC Manuel Olate está surpresa com a retomada do julgamento de extradição, solicitada pela Colômbia. A acusação apresenta como “prova” um organograma de uma suposta célula das Farc no Chile no qual aparecem os deputados Guillermo Teillier, Lautaro Carmona, Hugo Gutiérrez, também o dirigente Juan Andrés Lagos.
O advogado Alex Caroca informou que, na audiência de quarta-feira, o Ministério Público colombiano, que representa os interesses do governo da Colômbia, apresentou um capitão da polícia colombiana que entregou supostos “antecedentes” sobre as relações das Farc na América Latina e do suposto vínculo de Olate.
Alex Caroca disse que há claramente um ataque do Ministério Público, com fins políticos, que é preocupante.
Caroca afirmou que de um ponto de vista estritamente jurídico não se cumpre nenhum requisito para que se possa realizar a extradição de Manuel Olate à Colômbia, menos ainda com “provas” tão suspeitas.
O presidente do PC, deputado Guillermo Teillier disse que isto mostra o desespero do governo da Colômbia e a conivência entre o Ministério Público e o Ministério do Interior do Chile. A reabertura do processo de extradição contra o chileno Manuel Olate Céspedes começou quarta-feira, conforme solicitação do Estado colombiano, por ter supostos vínculos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Lembremos que no primeiro julgamento, o juiz Sergio Muñoz, decidiu rejeitar o pedido da Colômbia considerando os argumentos como insuficientes. No entanto, seus colegas na Câmara Criminal do Supremo Tribunal Federal decidiram anular a decisão de Muñoz por causa de supostos defeitos no processo e realizar um novo julgamento.
O Presidente do Partido Socialista, Osvaldo Andrade, declarou que as acusações de um policial colombiano, segundo o qual além de Manuel Olate os três deputados comunistas seriam parte de uma célula das FARC no Chile, são parte de um amontoado de suposições sem nenhum fundamento e levam os acusadores ao total desprestígio.
Para Andrade, não há razão para que a Suprema Corte modifique as decisões em primeira instância do Ministro Sergio Munoz, e sem dúvida deve recusar a extraditar Olate.
Para o presidente do Partido Socialista seria muito ruim para o país acolher a petição do Ministério Público colombiano.
Fonte: http://www.pcchile.cl/index.php?option=com_content&task=view&id=2755
Traduzido por Dario da Silva