Tribunal militar israelense condena Ahed Tamimi a 8 meses de prisão
Ramallah, 21 mar (Prensa Latina)
Um tribunal militar israelense condenou, neste dia 23 de março, a adolescente palestina Ahed Tamimi e sua mãe a oito meses de prisão, aplicando ainda uma multa de mil e 500 dólares para cada uma, depois de um acordo judicial entre a defesa e a promotoria.
O julgamento foi realizado a portas fechadas no acampamento militar de Ofer, próximo de Ramallah, já que o juiz recusou uma petição da defesa para que o processo fosse público.
Tamimi, de 17 anos (16 quando foi presa em dezembro de 2017), foi acusada de esbofetear um soldado israelense que invadiu a casa de sua família na aldeia de Nabi Saleh, próxima de Ramallah.
Sua mãe, Nariman, foi presa no mesmo dia por filmar o incidente e colocar o vídeo na internet, ato pelo qual foi acusada de ‘incitação’.
Antes da audiência neste 23/03, as Tamimis tinham enfrentado quase 10 audiências judiciais desde sua detenção.
A prisão e o julgamento da jovem palestina desencadeou uma onda de protestos internacionais contra as autoridades israelenses, bem como numerosas demonstrações de apoio à causa palestina e a sua resistência à ocupação.
De acordo com um comunicado da Anistia internacional, que condenou o caso, a Convenção dos Direitos da Criança, da que Israel é signatária, estabelece que a captura, detenção ou encarceramento de menor só pode ser usado como medida extrema e pelo período mais curto possível.
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