FORA RODAS E O PSDB DA USP!
Na USP, com a presença de uma polícia sabidamente despreparada para lidar civilmente com situações corriqueiras e com uma cultura historicamente autocrática, está acontecendo o que especialistas, professores, funcionários e estudantes previam: um crescendo de conflitos cotidianos da PM com a comunidade acadêmica.
Mal começou o semestre letivo e já vemos uma grave ocorrência no Centro de Convivência da USP, quando um sargento e um soldado da Polícia Militar de São Paulo agindo de maneira tresloucada agridem o estudante da USP-Leste, Nicolas Menezes Barreto. O fato, grave de per si, ganha dimensões profundas quando o sargento André Luís Ferreira, claramente transtornado, interpela furiosamente o estudante em questão, diga-se, o único negro presente na local e, após pedir a identificação do estudante aos gritos, saca a arma e o ameaça. Ato contínuo, o expulsa do local a empurrões e tapas.
Nesse episódio de extrema gravidade, verificam-se várias situações de ilegalidade da ação policial. De um lado a agressão pura e simples a um cidadão e de outro o fato de o único estudante agredido ser negro. Caracteriza-se ai um racismo explícito onde as imagens do vídeo divulgado no Youtube falam por si.
A PM tem agido com truculência no Campus da USP, sentindo-se à vontade para assim agir porque respaldada tanto pelo “reitor” biônico, senhor João Grandino Rodas – homem sem legitimidade acadêmica, com um histórico de conivência com o arbítrio e com a autocracia – como, e principalmente, pelo governador Geraldo Alckmin.
A indicação de Rodas para o cargo de reitor por José Serra, a criminalização dos movimentos políticos, a perseguição ao Movimento estudantil e aos sindicalistas são partes integrantes dos objetivos do PSDB de implementar a privatização das Universidades estaduais paulistas, em particular a USP.
O PCB vem a público condenar as arbitrariedades e a truculência que ocorrem numa das mais importantes Universidades do mundo. É inaceitável a permanência de uma política antiacadêmica que despreza o diálogo, a inteligência e a democracia, que ignora a especificidade do mundo universitário e atua com a polícia militar como braço armado do mandonismo e do arbítrio.
Os comunistas entendemos que é necessário dar um basta às violações da ética e da democracia universitárias e da política do PSDB de destruição da Universidade pública.
Apoiamos firmemente a luta dos estudantes, funcionários e professores pela liberdade de expressão e de organização, condições vitais para a livre produção do conhecimento e a luta pela defesa da Universidade Pública.
Exigimos a renúncia de Rodas, a bem da Universidade de São Paulo, na defesa da democracia, da liberdade acadêmica e na defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade.
Fora Rodas e o PSDB da USP!
A Comissão Política Regional do PCB de São Paulo