Toda solidariedade a Rita von Hunty!

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A influenciadora e drag queen Rita von Hunty passou a receber vários ataques nas redes sociais após criticar o lançamento da pré-candidatura do PT-PSB à Presidência da República e defender um “voto radical no primeiro turno”. Rita afirmou que o “cenário político do é o que tem para hoje não pode se normalizar” e vai exigir, para as eleições deste ano, “muita postura crítica e muita capacidade de organização”.

A influenciadora louvou as pré-candidaturas de Sofia Manzano do PCB e de Leonardo Péricles da UP, pedindo que seus seguidores acompanhassem a divulgação destas pré campanhas. E colocou seu perfil pessoal à disposição do Partido Comunista Brasileiro e da Unidade Popular.

Em virtude desse posicionamento, passou a ser atacada por aqueles que aceitam acriticamente a aliança do PT com representantes da burguesia e da direita, conformada na chapa Lula-Alckmin. Setores da militância petista acusaram-na de fazer o “jogo da direita e do bolsonarismo”, o que reflete uma postura hegemonista e sectária, que não aceita as divergências políticas no interior da chamada esquerda brasileira.

O PCB sempre primou pela defesa da mais ampla unidade de ação nas lutas populares, no combate ao governo Bolsonaro e aos ataques do capital contra a classe trabalhadora, contribuindo de maneira efetiva e destacada nas manifestações de massa que, em especial, durante todo o ano de 2021, ocuparam as ruas pelo “Fora Bolsonaro” e pelo firme enfrentamento às contrarreformas liberais, à retirada de direitos sociais e trabalhistas, às privatizações, ao extermínio da juventude negra e periférica, ao massacre dos povos indígenas, ao recrudescimento do racismo, do machismo, da lgbtfobia e ao avanço do fascismo.

Por isso mesmo não acreditamos em alianças com a burguesia para a superação do quadro de intensa crise econômica, social e política em que vivemos. Conforme afirmou, em entrevista recente, a camarada Sofia Manzano, nossa pré-candidata a Presidente: “É um erro acreditar que é possível fazer algum tipo de aliança mais orgânica com a direta, que representa seus próprios interesses — por mais variados que sejam — e que estes acordos serão cumpridos … Se a classe trabalhadora não estiver organizada a partir dos seus próprios interesses, independente das estruturas do Estado, ela não alcança os objetivos mínimos e, por mais que o Estado possa fazer alguma política de auxílio, quando ela não está organizada, esses direitos são rapidamente desmontados, como vimos em todas as reformas.”

Sendo assim, vimos a público repudiar os ataques à influenciadora e a todos os que venham a se posicionar a favor de alternativas políticas da esquerda socialista, entendendo que as organizações revolucionárias têm todo o direito de apresentar suas proposições nos períodos eleitorais. Devem ser respeitadas por isso e pelo papel que desempenham na luta contra o capitalismo e por uma sociedade que realmente represente os interesses e as necessidades da classe trabalhadora.

O PCB segue propondo a mais ampla unidade de ação contra os ataques do capital e dos governos burgueses aos direitos da classe trabalhadora e se manterá nas ruas, nos locais de trabalho, moradia e estudo mobilizando o povo trabalhador pela construção, com total independência de classe, de uma alternativa anticapitalista para o Brasil, no rumo do poder popular e do Socialismo.

Comissão Política Nacional do PCB

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