Declaração do Partido Comunista de Israel
O Partido Comunista de Israel (CPI) e o Hadash exigem urgentemente o fim imediato da guerra genocida contra o povo palestino
Isso inclui interromper a destruição da Faixa de Gaza — suas cidades, vilas e campos de refugiados —, bem como findar a anexação, a expansão de assentamentos e as deportações forçadas na Cisjordânia ocupada. Cada minuto que passa deste conflito em curso resulta em mais massacres e deslocamentos, que devem cessar sem demora.
O chamado “plano Trump” para pôr fim à guerra em Gaza é uma iniciativa perigosa, liderada pelos EUA e coordenada com o agressor. Está repleto de armadilhas políticas e não apresenta um cronograma claro para a retirada de Gaza, revelando seu verdadeiro objetivo: fortalecer e prolongar a ocupação. Este plano sequestra a soberania política palestina, ameaçando estender as ações de ocupação para além de Gaza, a todos os territórios palestinos, especialmente a Cisjordânia. Desconsidera os crimes diários cometidos pela ocupação e suas milícias, obstruindo o caminho rumo a um Estado palestino — um direito reconhecido por 80% dos países do mundo, habitados por 90% da população mundial.
O plano prevê a imposição de uma administração civil e política sobre Gaza, liderada por figuras alinhadas à ocupação, como o próprio Trump e Tony Blair, conhecidos agentes dos interesses imperialistas na região. O atual governo de direita dos colonos em Israel lidera esta guerra com quase nenhuma oposição parlamentar, avançando implacavelmente com sua agenda destrutiva. Nesse contexto, o PCI, o Hadash e seus aliados mantêm-se firmes na oposição, resistindo corajosamente à guerra genocida contra o povo palestino e a todas as formas de opressão enfrentadas pelos palestinos em Israel e pelas forças democráticas judaicas.
Neste momento crítico, a maior prioridade é o fim imediato da guerra, da fome e da deportação. A ajuda humanitária deve fluir sem obstáculos, e os prisioneiros de ambos os lados devem ser libertados imediatamente como parte de um acordo de paz abrangente para pôr fim a este conflito.
Este momento perigoso exige uma posição palestina unida, inabalável diante dos planos concebidos para minar seu direito à autogovernança, à autodeterminação e ao estabelecimento de um Estado palestino independente. Apesar das ameaças constantes, acreditamos firmemente na derrota inevitável da ocupação e no triunfo final da justa causa do povo palestino.
Haifa, 1º de outubro de 2025