Combater a fome é tarefa número 1 no Maranhão

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O Maranhão é muito rico em recursos naturais, água abundante, terras férteis, existência de gás natural, entre outras riquezas. Temos uma localização geográfica privilegiada e isto fica mais evidente com a grande extensão litorânea, o que facilita a movimentação de riqueza com todas as partes do mundo, como já é configurado via complexo portuário em São Luís. Temos também o mais importante: trabalhadores e trabalhadoras dispostos e dispostas a construir condições de vida digna.

Apesar desse cenário favorável, os indicadores sociais apontam uma profunda desigualdade social. Em pleno século XXI o Maranhão acumula os piores indicadores sociais do Brasil, com a taxa de trabalhadores informais acima de 60%, com o rendimento médio de todos trabalhadores no Maranhão sendo o mais baixo entre as Unidades da Federação, representando apenas 59% da média nacional (IBGE 2021); a média nacional de médicos por mil habitantes é de 2,11 e no Maranhão é de apenas 0,89, a menor entre os estados brasileiros (julho 2021 DataSUS). Outro indicador que demonstra que os governantes, incluindo o de plantão, não se preocupam com o povo do Maranhão é o alto índice de analfabetismo: de 14,6%, enquanto em nível nacional é de 6,1% (IBGE 2019) e o mais agravante, com 57,90% da população submetida a viver abaixo da linha da pobreza (FGV Social 2021).

Os governos burgueses, apesar do proselitismo, na verdade não têm objetivo de reverter esse cenário de profunda desigualdade social, e essa é a razão de décadas e mais décadas em que a situação do povo trabalhador está quase estagnada e muitas vezes até piorada. De forma demagógica, os governos da burguesia anunciam que é incentivando os grandes grupos econômicos privados que haverá geração de empregos e melhorias nas condições de vida da população.

Desde a era Sarney sempre foi esse o lenga lenga. Apesar de falarem ser oposição, a frente ampla de oposição ao Sarneysmo adotou o mesmo receituário, inclusive o atual governo de Brandão. O resultado dessa política foi a concentração das terras nas mãos de poucos que hoje são proprietários de grandes fazendas do chamado agronegócio (criação de gado, milho, soja e eucalipto) e algumas atividades industriais como alumínio, celulose, carne bovina e etc. Essas atividades promovem uma forte exploração de nossas riquezas naturais, mas acontece no limite de uma bolha em que poucos são beneficiados e pouquíssimos se apropriam dessa riqueza. Na verdade, a maioria do povo maranhense continua literalmente a ver navios no sai e sai de nossas riquezas pelo complexo portuário em São Luís. A lógica desse tipo de desenvolvimento não serve para resolver o problema da fome, não gera riqueza nem emprego para a maioria dos trabalhadores.

A proposta da candidatura de Frankle Costa e seu vice Zé JK ao governo do Maranhão pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) é que, diante de uma situação de calamidade, de fome, desemprego, informalidade do trabalho, baixa renda, péssimas condições de moradias e saneamento básico, agravados pelas péssimas condições da saúde e educação, propomos um plano emergencial de empregos com a criação de frentes de trabalhos urbanos associados a obras de saneamento, habitação, reforma de escolas e hospitais.

Defendemos o fomento à organização de cooperativas com apoio de políticas públicas para a produção agroecológica, armazenamento e escoamento de gêneros para alimentação; implementação de políticas públicas de compras para fornecimento às redes escolares, hospitalares, restaurantes populares e outras redes semelhantes; investimentos dos recursos públicos direcionados a atividades econômicas de interesse do conjunto dos trabalhadores e da maioria do povo para incentivar as cooperativas agrícolas, cooperativas de serviços, cooperativas da indústria e cooperativas comerciais organizadas pelos trabalhadores.

Propomos ainda a recriação do Banco do Estado do Maranhão, tendo como principal objetivo fomentar atividade econômica no setor agrícola, industrial, serviços e comércio, priorizando as atividades que mais geram emprego. Estaremos irmanados com a nossa candidata à Presidência da República Sofia Manzano com o propósito de defender a reforma tributária com mudança no foco do imposto sobre o consumo básico para o imposto sobre os lucros e dividendos, as heranças, as grandes fortunas e o consumo de luxo. Vamos implementar políticas públicas de reforma agrária; apoio à redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução de salários para todos trabalhadores. Lutamos pela revogação da lei de teto de gastos públicos, revogação da reforma trabalhista e previdenciária, revogação da lei de responsabilidade fiscal e criação da lei de responsabilidade social.

Incentivamos a criação de comitês de Poder Popular para garantir toda atividade política, econômica, social e cultural de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras, jovens e da maioria do povo. Com essas medidas estaremos iniciando a caminhada para reverter a desigualdade social e construir um Maranhão dos trabalhadores, fraterno e feliz.

Frankle Costa (Frankle da Costa Lima, Imperatriz/MA, 1 de outubro de 1978) é funcionário público municipal, militante há mais de uma década do PCB-Partido Comunista Brasileiro na célula Gregório Bezerra-PCB-Imperatriz/MA. Também é militante da corrente sindical Unidade Classista. Defensor das ideias marxista, compartilha da opinião que “o comunismo é a proposta mais generosa que a humanidade já produziu.”

Zé JK (José Pereira Barbosa, Regeneração/PI, 20 de abril de 1957) é fotógrafo autônomo, militante há mais de uma década do PCB-Partido Comunista Brasileiro na cidade de Imperatriz/MA. Também é militante da corrente sindical Unidade Classista. É firme defensor da construção do Poder Popular rumo ao socialismo.

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