RJ: Cláudio Castro, inimigo nº 1 dos trabalhadores
Nathália Mozer – dirigente estadual do PCB/RJ e candidata a deputada estadual
O processo eleitoral deste ano de 2022 está sendo marcado por uma polarização intensa em nível nacional, e o Rio de Janeiro, sendo um dos estados centrais na luta política no Brasil, não fica de fora dessa polarização. A cada dia, pequenas ameaças de golpe e os ataques à institucionalidade buscam agitar a base de apoio e esconder os crimes cometidos por esse governo.
O Rio de Janeiro é berço do bolsonarismo, tendo se tornado assim uma espécie de “estado modelo” para agitação das políticas protofascistas que se querem implementar em nível nacional. Nos últimos anos o governo estadual seguiu à risca a cartilha do governo federal. Como consequência, por um lado, buscou se enraizar fortemente no interior do Estado; por outro, suas políticas causaram e causam impactos visíveis no dia a dia da classe trabalhadora fluminense.
Nos últimos quatro anos a população do Rio de Janeiro vem sentindo na pele os males de uma gestão neoliberal e protofascista: a classe trabalhadora sofre com o trabalho a cada dia mais precarizado, aumento do desemprego, perda de direitos e com os processos de privatização dos serviços públicos a todo vapor. Observamos ainda o avanço da militarização dos territórios, com uma prática violenta e ostensiva de controle territorial e político, em que as milícias têm encontrado terreno fértil para se expandir pelo Rio de Janeiro.
O processo de privatizações e terceirizações pelo qual passou o Rio de Janeiro nos últimos anos tem gerado piora completa das condições de vida da classe trabalhadora. Além da diminuição dos postos de trabalho, gerou também precarização dos serviços públicos, como saúde e educação, afetando diretamente a população mais pobre. A privatização da CEDAE, por exemplo, contribuiu ativamente para manter e aumentar o número de pessoas sem acesso a saneamento básico de qualidade. É o tipo de política que não dará assistência alguma aos 20% de moradores que não têm banheiro em suas casas.
Na saúde, o Rio de Janeiro beneficia em muito a iniciativa privada através das Organizações Sociais, que em tese atuariam sem fins lucrativos, mas que na prática atuam como verdadeiras empresas na gestão de diversas unidades de saúde. Concretamente, o Estado transfere a função de execução das políticas e gestão dos serviços de saúde a essas entidades que se orientam pela lógica da iniciativa privada, em detrimento das necessidades reais da classe trabalhadora, além de retirar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da área da saúde. No caso da educação, os profissionais da educação estadual recebem salários mais baixos do que muitos municípios, além de muitas áreas desse setor conviverem com a terceirização – profissionais administrativos, merendeiras, inspetores, etc. As unidades escolares estaduais, em grande parte, estão em péssimas condições de estrutura. Um verdadeiro caos!
O PCB no Rio de Janeiro apresenta um projeto de mudanças que realmente interessam e beneficiam a classe trabalhadora. Os comunistas estão integral e incondicionalmente ao lado da classe trabalhadora, da juventude, das mulheres, dos setores explorados e oprimidos. Nosso programa tem total compromisso com a vida e nenhum compromisso com os lucros dos ricos. Entendemos que tal programa só poderá ser implementado com a mobilização e organização da nossa classe, que deve ser protagonista em todo esse processo.
É urgente a necessidade de mudar os rumos do Estado do Rio. Assim, nosso projeto defende:
1) TARIFA ZERO com a estatização completa do transporte coletivo, para garantir à população do Estado um sistema realmente público de transporte!
2) Expansão e melhora do SUS, com maior qualidade e rapidez no atendimento. Fim dos contratos e convênios com as OS e OSCIPs!
3) Criação de duas novas polícias, uma civil judiciária e uma guarda-civil uniformizada, visando superar os problemas estruturais das polícias atuais do Rio.
4) Construção de 150 mil unidades habitacionais para gerar emprego em saneamento e infraestrutura, além de criar moradia para a população em situação de abandono nas ruas.
5) Para enfrentar a fome e a miséria, será desenvolvido um programa emergencial de alimentação popular com distribuição de cestas básicas e restaurantes populares; garantia de renda mínima complementar.
6) Criação de Conselhos Populares regionais e temáticos, de caráter deliberativo, para ampliar a participação da população na tomada de decisões políticas do Estado.
7) Apoio a micro e pequenas empresas industriais, comerciais e agrícolas, com crédito preferencial, política de compras do Estado, fornecimento de infraestrutura e outros mecanismos de apoio, inclusive técnico.
O Estado do Rio de Janeiro precisa tomar um novo rumo guiado pelos interesses da classe trabalhadora, precisa de um projeto que avance na melhora das condições de vida dos mais pobres. Contribuindo assim para a construção do poder popular na perspectiva do socialismo!
Por um Rio socialista!
Pelo Poder Popular!