Massacre dos indígenas: o genocídio prossegue célere

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Fração Nacional Indígena do PCB

[Foto: Povo Guarani Kaiowá / Divulgação]

Setembro segue mortífero para os povos indígenas: em menos de 15 dias se conta um Pataxó ( Bahia ) assassinado a tiros,
três Guajajara ( Maranhão ) também abatidos à bala, e, nesta semana, um Guarani ( Mato Grosso do Sul ), fuzilado em plena luz do dia.

Em comum, a pistolagem e a negativa por parte do latifúndio e dos setores a este associado do direito aos territórios ancestrais desses povos. Igualmente comum em todos os casos, a leniência e passividade das investigações quanto às ocorrências.

Realmente não se pode esperar muito, na verdade quase nada, quando em regiões onde ocorreram esses e outros assassinatos em tempos recentes, são comuns as informações de que membros das forças de segurança comandam e/ou integram os grupos de sicários que agem a mando de latifundiários e outros agentes econômicos.

A omissão do governo Bolsonaro, já conhecida nacional e internacionalmente por conta de uma política de extermínio físico e cultural dos povos originários, mais uma vez se manifesta com toda evidência, pois, não houve uma só palavra ou ação por parte dos órgãos federais de proteção aos direitos dos povos indígenas. O silêncio o faz cúmplice.

A expressão genocídio a conta-gotas ganha relevo quando nos deparamos com essa postura, que, repete-se, não é nova.

A Fração Indígena do Partido Comunista Brasileiro vem a público se solidarizar com as famílias dos indígenas assassinados e com os povos originários, ao tempo que cobra a mais contundente investigação sobre essas e outras mortes como dever absoluto do Estado, repudiando veementemente a barbárie praticada pelo latifúndio.

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