Recordando o filme “Avatar”
A super produção de James Cameron “Avatar” não é tão original como parece: de fato, ela vem sendo reproduzida há décadas e séculos. Normalmente são as grandes potências mundiais que exploram territórios ricos em recursos naturais sem levar em conta as populações que ali se encontram estabelecidas. Frequentemente este choque de intenções leva a sangrentas guerras: os habitantes destes territórios resistem a perder sua pátria ou a entregá-la sem motivos ao inimigo.
Algo similar vem acontecendo com a Palestina há décadas, durante as quais os colonos sionistas vêm se estabelecendo em distintas zonas da Palestina ocupada contra a vontade dos autóctones. O episódio mais extremo, passada a Guerra de 1967, acontece na Cisjordânia, onde os militares israelenses sob o argumento de evitar supostos atentados construíram um muro… DENTRO dos territórios palestinos (e não na fronteira internacionalmente reconhecida). De forma muito clara o objetivo deste muro é confiscar mais terras e ampliar as colônias e assentamentos ilegais dentro dos territórios militarmente ocupados.
Não é por acaso, portanto, que, toda sexta-feira, na cidade de Bilin na Cisjordânia concentram-se numerosos ativistas palestinos caracterizados como a tribo dos “Na-vi”, que no filme “Avatar” defende-se dos invasores terráqueos. Uma luta que dura muito tempo e que foi concluída com uma sentença judicial favorável: há três anos, o Tribunal Supremo de Israel ordenou o seu Governo a mudar o traçado do muro. Mesmo assim as autoridades sionistas ainda não fizeram nenhum movimento. É de se esperar que este sinal de esperança contribua para reavivar a pacífica resistência destes cidadãos palestinos que, em algumas ocasiões, preferem recriar a ficção para ver de outro modo a realidade.
ASSISTA AO VÍDEO DO PROTESTO:
http://www.palestinalibre.org/boletin.php?a=21026
Traduzido por Roberta Moratori
Fonte original http://www.palestinalibre.org