BENVINDOS OS CAMARADAS DO COLETIVO UNIÃO COMUNISTA
O mais significativo desta adesão é a possibilidade, a atualidade e a riqueza do convívio fraterno dentro da mesma organização revolucionária de camaradas que têm distintas leituras do colapso do processo de construção do socialismo na União Soviética e em outros países, sobretudo do Leste Europeu. No PCB, que tem como referência principal o legado de Marx, Engels e Lênin, levamos em conta também as contribuições, os erros e acertos de outros revolucionários, mesmo os que suscitam discussões apaixonadas e, por vezes, maniqueístas.
O XIV Congresso do PCB, realizado há poucos meses – ao debater o balanço e as perspectivas do socialismo – teve a sabedoria de não aprovar um texto obrigatório para seus membros, mas um documento que, sendo resultado do acúmulo existente no nosso Partido sobre o tema, sirva de referência para a continuidade deste necessário debate, que exige uma discussão ainda mais profunda e desapaixonada, até porque, do ponto de vista histórico, é muito recente.
O centralismo democrático num Partido Revolucionário não significa que todos tenham a mesma visão acerca da história do movimento comunista, nacional e internacional. E nem mesmo sobre os rumos da Revolução Brasileira. O centralismo democrático, caminho de mão dupla, é a unidade de ação e a disciplina partidária em torno das resoluções das instâncias partidárias e dos fundamentos do Partido.
No presente, o que une os comunistas que nos empenhamos na reconstrução revolucionária do PCB é a resolução aprovada no Congresso, que trata da ESTRATÉGIA E TÁTICA DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA, que será amplamente divulgada nos próximos dias.
Sejam benvindos, os comunistas brasileiros, a um Partido que não tem qualquer vantagem para oferecer a ninguém, não é legenda eleitoral e que pretende crescer com qualidade revolucionária, organização leninista, disciplina consciente e inserção no movimento de massas.
Ivan Pinheiro
Secretário Geral do PCB
Rio de Janeiro, março de 2010