Responder às novas medidas anti-povo com uma greve geral

A coligação governamental ND-PASOK-Esquerda Democrática tomará novas medidas bárbaras no valor de pelo menos 13,6 mil milhões de euros. Trata-se de medidas tais como o chamado “salário mínimo” como o qual eles erradicarão de modo permanente o conteúdo do Acordo Colectivo Geral Nacional, ou seja, o que é nele salvaguardado (escalas de pagamento, férias, benefícios e outros direitos). Eles anunciaram, entre outras coisas, reduções em salários e pensões públicos e privados, cortes em benefícios, a demissão de 150 mil trabalhadores do sector público, privatizações ampliadas de empresas e organizações do estado, o encerramento e fusão de hospitais, novos e ainda mais bárbaros cortes em cuidados de saúde, educação e bem-estar, o aumento do imposto de rendimento e a tributação até das propriedades mais pequenas, zonas industriais especiais que proporcionarão apoio provocatório ao grande capital com condições de trabalho medievais e direitos trabalhistas não existentes e o aumento dramático do preço do óleo para aquecimento e da electricidade.

Estas medidas que a coligação governamental e a troika preparam-se para “apresentar” ao povo levarão a pobreza em massa e a privação a uma faixa ainda maior de famílias dos estratos populares.

A secretária-geral do CC do KKE, Aleka Papariga, fez a seguinte declaração em 28 de Agosto acerca das novas medidas do governo-UE:

“Há uma série de medidas que cairão sobre os ombros do povo e dele tomarão tudo o que lhe foi deixado. Naturalmente, pode haver variações nas fórmulas de administração. O povo não deve esperar para ver se uma opção ou outra prevalecerá, de que bolsos tomarão o dinheiro e como eles manusearão a questão. O que é importante é que o povo deve fazer frente às medidas com uma greve geral, com escalada de lutas entre as mobilizações da grande greve. Cada sector deve lutar por suas exigências e ao mesmo tempo apoiar as mobilizações gerais. Não é possível para nós ouvir acerca de uma nova rajada de medidas que serão trágicas e simplesmente permanecer em casa e queixar-se de um modo desiludido e fatalista. Isto simplesmente ajudaria o governo”.

Um apelo semelhante foi feito pela Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME) enquanto as forças com orientação de classe do GSEE avançaram com uma proposta para greve geral em escala nacional a qual, dentre outras coisas, sublinha que “toda discussão com o governo e o patronato, o qual tem como seu objectivo principal tentar massacrar os direitos dos trabalhadores, deve cessar. Nenhum diálogo social! Nenhuma participação nele, pois leva à submissão, compromisso e capitulação quaisquer que sejam os direitos do trabalho permaneçam. Ele ajuda as medidas anti-trabalhador e anti-povo. O Comité Executivo do GSEE não tem legitimação formal ou real para participar neste diálogo.

Em 28 de Agosto uma reunião conjunta dos secretariados do PAME, PASEVE, PASY, MAS e OGE em Salónica discutiu a preparação da manifestação que será efectuada naquela cidade em 8 de Setembro. Como foi observado, os três pilares da estrutura do PAME para a mobilização são:

  • Resistência às novas medidas do governo, bloqueá-las com a actividade do movimento de massa.
  • Organização da classe trabalhadora e de outros estratos populares a partir de baixo, fortalecendo a aliança social como o único caminho de saída da crise capitalista favorável ao povo, pela perspectiva de um outro caminho de desenvolvimento.
  • Apoio em massa à proposta para a abolição do memorando e dos acordos de empréstimo.

29/Agosto/2012

O original encontra-se em http://inter.kke.gr/News/news2012/2012-08-29-strike/

Esta declaração encontra-se em http://resistir.info/ .

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