Não encostem em Amarildo!
Na tarde de sábado, 12 de abril de 2014, mais um ocorrido na Ilha de Santa Catarina nos chama a atenção com tristeza e revolta, mal passados 15 dias da truculenta e absurda ação da Polícia Federal e Militar no Campus da Universidade Federal de Santa Catariana e também recentes ações de repressoras da PM nas ocupações Palmares e Contestado, nos fazem refletir e perceber com clareza o Estado mostrando para que existe e mantém a força policial, e em particular a PM, que por meio de sua tropa de choque, age, com o uso legitimo da força, para defender a propriedade privada da terra e atacar os movimentos sociais, agindo nestes termos até mesmo para um pedaço de terra que fora grilado e pelo movimento provado ser pública, mas que, localizada ao norte nobre da Ilha não pode ser utilizada como moradia para a classe trabalhadora. Registramos aqui e em nossas ações o repúdio ao Estado Burocrático Burguês que se utiliza de tais expedientes militares para reprimir e exterminar a classe trabalhadora, a juventude pobre, negra e criminalizar qualquer ação de movimentos sociais que lutem por condições de vida.
Manifestamos nossa solidariedade militante à luta pela terra, trabalho e teto travada bravamente pelos núcleos da Ocupação Amarildo, que com organização e muito trabalho produziram e resistiram na terra, em seus barracos, suas cozinhas coletivas, vivendo, construindo e possibilitando um outro e novo mundo possível.
A luta não para, dela não sairemos, continuaremos na luta pela reforma agrária e popular e e pelo direito a cidade. A mudança, agora, nos soa como um grito de vitória, por tudo conquistado nestes meses de ocupação as vivências, as alegrias das crianças a consciência coletiva e transformadora gerada pelo exercício do Poder Popular.
Chamamos a todas e todos para que desde hoje dia 14 de abril estejamos em vigília, a pressionar o Governo do Estado para encaminhar a melhor decisão para estas famílias de lutadoras e lutadores conscientes de suas condições e necessidades. Atentos para o dia 15 de abril, nos mantermos na pressão para que o Estado indique para este novo momento do movimento, uma solução segura que caminhará para a conquista da terra, para lá continuar a lutar, resistir e produzir.
Por terra trabalho e teto!
Reforma agrária e urbana já!
Pelo Poder Popular!
Partido Comunista Brasileiro
Comitê Regional de Santa Catarina