Janeiro de 1918: nasce o Partido Comunista Argentino

Fundamos a Liga Argentina pelos Direitos do Homem (a mesma que, hoje, tem papel fundamental na condenação dos genocidas da ditadura militar), participamos de numerosas revoltas populares, lutamos contra a onda privatizante da década de 1990, marchamos em defesa das minorias e pela diversidade sexual, defendemos as causas ambientais. Estivemos e estamos, enfim, nas grandes lutas que se travam neste país.

Centenas de comunistas aparecem nas sombrias listas de assassinados em todos esses anos (durante a ditadura civil-militar que terminou nos anos 1980, mais de 150 comunistas figuram entre os presos que desapareceram). Milhares foram presos e outros tantos obrigados a exilar-se. Incontáveis militantes foram perseguidos e perderam seus empregos.

Homens e mulheres de enorme valor passram por nossas fileiras. Antonio Berni, Juan Carlos Castagnino, Carlos Alonso, Cesar López Claro, Mercedes Sosa, Atahualpa Yupanqui, Hamlet Lima Quintana, Raúl González Tuñon, Héctor Agosti, Armando Tejada Gómez, Floreal “el Negrito” Avellaneda, Marcelo Feito (“o tenente Rodolfo” em El Salvador), Antonio Alac, Juan Ingalinella, Danilo Nadalutti, Tito Messiez, Graciela Acosta e centenas de militantes anônimos deram o melhor de suas vidas para construir uma sociedade justa e democrática: o socialismo.

No projeto político do Partido Comunista Argentino ocupa lugar destacado a questão da unidade dos que lutam e resistem, com profundidade e amplitude, para construir um poder popular alternativo, que conduza à segunda e definitiva independência de nossa pátria. Lutamos por um futuro em que ninguém seja discriminado. Celebramos nosso aniversário com a certeza de que a contribuição que trouxemos e continuamos trazendo está densamente permeada de um profundo sentimento patriótico, anti-imperialista, popular, democrático e revolucionário.

Saudações, companheiras e companheiros !

Tradução: Jacques Gruman