Exposição sobre arquivos da ditadura é inaugurada no Rio

Esta semana está sendo inaugurada no Rio de Janeiro uma importante exposição, Arquivos a Ditadura, no Centro Cultural Justiça Federal, na Avenida Rio Branco, que funcionará até o dia 21 de setembro, diariamente, das 12 às 19 horas.

Na abertura da mostra estiveram presentes o ex-militante Antonio Roberto Espinosa, parentes de Dora e Chanel Schreier e representantes da Comissão da Anistia.

Nela, o visitante poderá ver instalações sonoras e fotografias de identificação policial de presos políticos criadas a partir do filme Retratos de identificação (2014), de Anita Leandro.

A exposição é resultado da parceria entre a UFRJ e a Comissão de Anistia através do seu projeto Marcas da Memória cujo objetivo é apoiar iniciativas produzidas pela sociedade civil que procuram manter viva a memória do que se passou nos porões dos tempos da ditadura no Brasil. O objetivo dos organizadores é agregar à política estatal a reparação de um processo de reflexão e aprendizado coletivo fomentando ações locais, regionais e nacionais

que permitam a emergência de diversos olhares sobre o passado, conectando-os com as mazelas do presente e com as tarefas da democratização ainda em curso.

Fotos dos militantes da VAR – Palmares Chael Charles Schreier, morto sob tortura nas dependências da Vila Militar do Rio de Janeiro; de Maria Auxiliadora Lara Barcelos, banida do país e refugiada na Alemanha onde suicidou-se, de Antônio Roberto Espinosa, da ALN e depoimento de Reinaldo Guarany são apresentados ao visitante. Nas instalações sonoras, Espinosa e Maria Auxiliadora contam como foi as tortura e morte de Chael.

Concluindo com chave de ouro, em setembro, do dia 12 a 18, e coroando a exposição, haverá mostra de filmes com um Programa Luiz Alberto Sanz, incluindo três filmes: Não é hora de chorar, parceria de Sanz com Pedro Chaskel; 76 anos, Gregório Bezerra, Comunista e Quando chegar o momento (Dôra), parceria com Lars Säfström.

Este programa será apresentado nos dias 13, às 14h30 e 14, às 16hs. Não é hora de chorar também fará parte da programação do último dia, 18, às 14h30, antes da exibição de Retratos, de Anita Leandro e do documentário 70, de Emília Silveira.