Tráfico de petróleo do Estado Islâmico pela Turquia: a Rússia publicou as provas!
Numa conferência de imprensa, em 2 de dezembro, o Ministério da Defesa Russa tornou público certo número de provas concernentes às principais rotas de transporte de petróleo e de hidrocarbonetos entre os campos de petróleo sírios e iraquianos controlados pelo Estado Islâmico e a Turquia. A Rússia –por representantes de alto nível – acusa agora o presidente Erdogan e seu governo de possuir ligações com o Estado Islâmico notadamente com o tráfico de petróleo que é uma das principais fontes de recursos do EI. O ataque da Turquia contra a aviação russa na Síria provocando a derrubada de um bombardeiro e a morte de seu piloto poderia ser o resultado das tentativas da aviação russa de “fechar” a fronteira entre a Turquia e a Síria, de acordo com o requerido pelo governo sírio como também de uma grande parte da comunidade internacional (após uma virada de 180° de Fabius* constrangido e forçado pelos atentados de 13 de novembro em Paris, França).
Segundo o general russo Sergei Rudoskoy há três rotas principais entre o Estado Islâmico e a Turquia:
– Uma rota à oeste que une os portos turcos na costa do Mediterrâneo;
– Uma rota ao norte em direção à refinaria de Batman na Turquia;
– Uma rota à leste em direção à uma grande zona de transbordo na cidade de Cizre.
As fotos e vídeos apresentados – um certo número delas, aliás, já circularam há tempos nos circuitos diplomáticos, por exemplo por ocasião do último G20 segundo alguns meios da imprensa – permitem verificar a amplitude do tráfico de petróleo entre o EI e a Turquia.
Segundo as fotos de satélites, Rudskoy afirma que a rota oeste permite o transporte de hidrocarbonetos dos campos de petróleo de Rakka por caminhões – principalmente à noite – entre o noroeste da Síria, antes de atravessar a fronteira perto de Azaz (Síria) e Reyhanli (Turquia) em direção aos portos turcos de Dortyol e Iskenderun. Uma parte do petróleo seria carregada em navios, a outra se destinaria ao mercado interno turco. Rudskoy sublinha que, em tempos normais, não há, em média, mais que um navio petroleiro nesses portos, mas as fotos de satélites provam a presença de numerosos petroleiros (por exemplo no dia 25 de novembro).
A rota do norte ligaria os campos de petróleo da margem direita do Eufrates à Turquia, notadamente a região de Deir er Zor que é uma das principais zonas de produção e zona logística e industrial controlada pelo EI. Ali se encontra um grande número de refinarias.
Em 18 de outubro os dispositivos do satélite de inteligência localizaram 1722 caminhões petroleiros estacionados. Esses caminhões partem de Qamishli (Síria) –Nusaybin (Turquia) e em seguida tomam a direção da grande refinaria turca de Batman, a 100 km da fronteira síria.
Esta última rota liga os depósitos petrolíferos do noroeste da Síria e do noroeste do Iraque à Turquia, através dos pontos de passagem entre Kara Chokh e Cham Khanik na Síria e Tyan e Zako no Iraque. As fotografias aéreas divulgadas pela Rússia revelam a presença duma massa impressionante de caminhões-tanques (petroleiros) dando a impressão de formar um verdadeiro oleoduto sobre as estradas, ultrapassando o número de mil caminhões, em certos dias.
Em 14 de novembro, um dia após os atentados terroristas em Paris, uma foto aérea permitiu verificar a presença de cerca de 3000 caminhões-tanques (petroleiros).
Considerando um comprimento de 13 m por veículos isto representa uma fila de cerca de 40 km. E tudo isto teria escapado dos aviões franceses e também dos senhores Fabius e Holland? Dos aviões americanos? Isso é uma piada?
Toda a informação disponibilizada pela Rússia na conferência de imprensa está disponível online aqui: http://syria.mil.ru/news/more.htm?id=12070708@cmsArticle
Na imagem: Oficiais superiores do exército russo durante uma entrevista diante de uma foto aérea de caminhões petroleiros na fronteira entre a Turquia e a Síria. © Vadim Savitsky/Ministério de Da Defesa Russo Serviço de Imprensa via AP
*Nota do Tradutor: Fabius- Trata-se Laurent Fabius, Ministro das Relações Exteriores da França
https://www.rt.com/news/324263-russia-briefing-isis-funding/
Estado Islâmico-Turquia: 8500 caminhões-tanques, 200.000 barris de petróleo por dia.
O exército russo afirma ter destruído no curso dos últimos dois meses 32 instalações de transformação de petróleo, 11 refinarias de petróleo, 23 estações de bombeamento de petróleo e 1080 caminhões petroleiros transportando petróleo ou seus derivados, provocando a cólera da Turquia. Depois de certas estimativas, a intervenção russa teria reduzido a cerca da metade a capacidade de tráfico de petróleo estimada em 3 milhões de dólares por dia!
Além do discurso belicista do governo francês e dos esforços de comunicação do eixo Euro-Atlântico, todos deveriam se perguntar o que é feito concretamente para drenar os recursos do Estado Islâmico não só no plano financeiro como também no do armamento. O tráfico estimado em torno de 200.000 barris de petróleo por dia por uma frota de cerca de 8500 caminhões, corresponde a mais de 2 milhões de dólares por dia para o EI. E quanto mais para os seus cúmplices? Isso sem contar o restante dos tráficos (patrimônio cultural, algodão, etc.). Lembremo-nos de que, até recentemente, Fabius e Hollande apoiavam, oficialmente, os “rebeldes” na Síria, fornecendo armas e financiamento.
Na Grã-Bretanha, o líder da oposição e chefe do partido trabalhista Jeremy Corbin exigiu que o parlamento britânico obtivesse informações que apontassem quais os países que traficam com o Estado Islâmico.
Lembremo-nos que a União Europeia, logo após a derrubada do avião russo pela Turquia, anunciou o aceleramento do processo de reaproximação com a Turquia para quem vai entregar 3 milhões de euros;
aqueles 3 milhões de euros que foram negados à Grécia. As máscaras estão caindo e mostram de uma vez por todas que a União Europeia é a própria guerra imperialista e a miséria para os povos.
JBC pour www.initiative-communiste.fr site web du PRCF d’après source d’agence.
Trafic de pétrole de DAECH vers la Turquie : la Russie publie des preuves !