ARGENTINA: Primeira greve nacional do sindicato estatal da era macrista: marcha gigante ao Ministério do Trabalho
Resumen Latinoamericano, 29 de dezembro de 2015 – Vários milhares de trabalhadores da Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) marcharam pelo Centro da cidade para terminar concentrando-se em frente ao Ministério do Trabalho, onde entregaram uma carta dirigida ao presidente Mauricio Macri em que expõem as principais e urgente reivindicações do sindicato. Tudo isto se deu no marco de uma greve nacional e as administrações provinciais e municipais exigindo um bônus de 5000 pesos e a reabertura de paritárias.
Entoando consignas críticas ao governo macrista, os trabalhadores estatais foram acompanhados pelo agitar de bandeiras e o soar de dúzias de bumbos e tambores. Entre os presentes, destacaram-se uma delegação do Sindicato de Municipais de Jujuy, encabeçada pelo dirigente Carlos “Perro” Santillán, também integrantes da Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), a Coordenadora Sindical 1º de Maio e outros movimentos sociais. Encabeçando a marcha era possível ver os dirigentes históricos da ATE, Víctor de Gennaro e Carlos Custer, a Ricardo Peidró, da Associação de Agentes de Propaganda Médica, Estéban “Gringo” Castro (da CTEP).
Uma vez frente ao Ministério, com um palco repleto de dirigentes, o secretário geral da ATE, Hugo Godoy e seu homólogo da província de Buenos Aires, Oscar de Isasi, exigiram a continuidade laboral e o passe permanente dos mais de 600 mil trabalhadores contratados pelo Estado. Godoy insistiu na reabertura das paritárias para enfrentar a perda de poder aquisitivo do salário. “Nossa unidade é a garantia de que podemos obter um Estado a serviço das maiorias populares da Argentina”, expressou Godoy, enquanto a multidão entoava: “Não se fode, com a ATE não se fode”, apontando com o dedo o ministério presidido por Jorge Triaca, filho daquele que foi um dos máximos dirigentes colaboracionistas com a ditadura.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)