FLÁVIO TAVARES SAÚDA O PCB

Neste 25 de março, data de fundação do Partido Comunista Brasileiro em 1922, recebam meu abraço e, mais do que tudo, meu aplauso pela distinção post-mortem conferida agora a Octávio Brandão.

Pioneiro da organização das lutas sociais, teórico do marximo, Octávio Brandão foi figura exemplar.

No hoje distante ano de 1954, conheci em Moscou uma exposição sobre o período em que Octávio Brandão andou pela União Soviética. Mesmo que tenham passado 57 anos e apesar da distância, não esqueço o que sobre ele vi, li e ouvi .

Moro no litoral do Estado do Rio de Janeiro e, neste momento, encontro-me em São Paulo, a trabalho na edição de um novo livro, e só por isso não estarei presente à cerimônia de hoje, com a qual me solidarizo.

E, mais do que tudo, até para cultuar a memória de Octávio Brandão, vos felicito pelas posições que o PCB vem tomando, ao desmascarar a vergonhosa adesão (de fato) do governo do Brasil à política de dominação imperial dos Estados Unidos, outra vez demonstrada agora nos brutais ataques à população civil da Líbia.

Com meu abraço,

Flávio Tavares

25 março 2011


*Flávio Tavares é jornalista e escritor. Colunista político durante quarenta anos, ele acompanhou de perto, como jornalista e militante de esquerda, episódios que levaram ao golpe militar de 64, à repressão e à luta armada. Momentos que marcaram o caráter da política brasileira, especialmente nas décadas de 60 e 70. Ele já reuniu em dois livros – Memórias do Esquecimento, de 1999, e O Dia em que Getúlio Matou Allende, que acaba de ser lançado – fatos, observações e análises em torno de políticos e personalidades que fizeram a recente história política brasileira que Flávio Tavares ajuda a recontar agora com novos detalhes. Foi preso e tortura em 69, fez parte do grupo de 15 prisioneiros políticos trocados pelo embaixador americano (TV Cultura).

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